Liria: As Ruínas de Valoria. LIVRO III

Capítulo 5: O Eco da Ausência

Capítulo 5: O Eco da Ausência

O castelo de Valoria erguia-se solitário contra o céu cinzento, suas torres outrora orgulhosas agora envoltas em trepadeiras e desespero. O rei Alaric e a rainha Elyssa vagavam pelos corredores silenciosos, o eco de seus passos uma lembrança constante da filha desaparecida, a princesa Lídia.

"Já fazem meses," murmurou a rainha Elyssa, sua voz um sussurro fantasmagórico. "Nossa filha, nossa querida Lídia, onde você se escondeu?"

O rei Alaric, um homem outrora forte e decidido, agora parecia apenas uma sombra de si mesmo. "Nós a encontraremos," ele disse, mas as palavras soavam vazias, até para ele. "Nossos melhores rastreadores estão procurando. Nossos aliados estão alertas."

Mas no fundo, ele sabia que a esperança diminuía a cada dia que passava sem notícias de Lídia. A floresta de Valoria, uma vez um símbolo de vida e magia, agora parecia um labirinto sombrio, escondendo segredos e tragédias.

Enquanto isso, nas profundezas do castelo, um conselheiro sombrio chamado Lord Verrick observava os monarcas com olhos calculistas. Ele havia se juntado à corte de Valoria sob o pretexto de ajudar na busca pela princesa, mas suas intenções eram muito mais sinistras.

"Se me permitem," disse Lord Verrick, aproximando-se dos reis com uma reverência exagerada. "Talvez seja hora de considerarmos a possibilidade de que a princesa Lídia tenha escolhido este destino. Talvez ela tenha fugido..."

"Silêncio!" a rainha Elyssa exclamou, sua dor transformando-se em fúria. "Minha filha jamais nos abandonaria. Há algo mais em jogo, e eu sinto isso em meu coração."

Lord Verrick recuou, um sorriso malicioso escondido nas sombras de seu rosto. "Como desejarem," ele disse, mas em sua mente, os planos já estavam se formando.

Fora do castelo, o povo de Valoria murmurava em descontentamento. A ausência da princesa não era apenas uma tragédia pessoal para a família real; era um presságio de tempos sombrios. Sem a presença de Lídia, a terra parecia menos fértil, o ar mais pesado, e uma sensação de desolação se espalhava como uma doença.

Entre os aldeões, uma figura se destacava: uma mulher chamada Maelis, conhecida por sua sabedoria e bondade. Ela ouvia as preocupações do povo e oferecia palavras de conforto, mas em seu coração, ela guardava um segredo. Maelis sabia mais sobre a floresta e seus mistérios do que deixava transparecer, e ela suspeitava que a chave para o desaparecimento de Lídia estava escondida nas sombras das árvores antigas.

O capítulo termina com Maelis caminhando em direção à floresta, determinada a descobrir a verdade, enquanto o castelo de Valoria permanece imerso em incerteza e medo, esperando pelo retorno de sua princesa perdida.

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