Capítulo 15: O Crepúsculo da Escuridão e o Guardião do Tempo
As muralhas do castelo de Valoria, que por séculos haviam resistido a incontáveis tempestades e conflitos, agora tremiam diante do avanço implacável do Espírito Mal. A batalha final havia começado, e o destino do reino pendia por um fio.
Caelan e Líria, de pé sobre as ameias desmoronadas, olhavam para o mar de sombras que avançava. O Espírito Mal, uma entidade de pura escuridão, erguia-se diante do castelo, sua presença uma mancha negra contra o céu de Valoria.
"Não há esperança," murmurou um cavaleiro ao lado deles, sua voz perdida no vento que uivava.
Caelan, no entanto, segurava firmemente a mão de Líria. "Enquanto estivermos juntos, haverá esperança," ele disse, sua voz um farol de determinação.
Líria, sentindo a verdade nas palavras de Caelan, assentiu. "Juntos," ela ecoou.
Eles se voltaram para enfrentar o Espírito Mal, suas mãos entrelaçadas não apenas como símbolo de seu amor, mas como um elo de poder. Caelan, através de suas viagens no tempo, havia se tornado o Guardião do Tempo sem saber, e agora, a magia que ele carregava se fundia com a magia da floresta que fluía através de Líria.
"**Pela luz da floresta, pelo tempo que flui,**" Caelan começou, sua voz se elevando acima do caos.
"**Pelo amor que nos une, pelo destino que nos escolheu,**" Líria continuou, sua voz harmonizando-se com a de Caelan.
Juntos, eles recitaram o encantamento, e uma luz brilhante irrompeu de suas mãos unidas, tecendo um tecido de magia que envolveu o Espírito Mal. A entidade rugiu, sua forma começando a se desfazer sob o poder combinado do Guardião do Tempo e da Guardiã da Floresta.
A batalha se intensificou, a luz e a escuridão colidindo em um turbilhão de energia. Os guerreiros de Valoria, inspirados pelo ato de bravura de seus líderes, reuniram suas forças restantes e se juntaram à luta, cada espada e cada flecha impulsionada pela esperança renovada.
E então, com um grito final que ecoou através das eras, o Espírito Mal foi aprisionado, sua essência sombria selada dentro do Amuleto do Tempo. A escuridão que havia ameaçado engolir Valoria foi dissipada, e a luz da vitória brilhou sobre o reino.
O capítulo termina com Caelan e Líria, exaustos mas triunfantes, olhando para o horizonte onde o primeiro raio de sol da manhã rompia as nuvens. Eles sabiam que a batalha havia sido vencida, mas a guerra ainda não havia terminado. A Bruxa do Crepúsculo, a última vilã, ainda estava à espreita, e eles teriam que estar prontos para enfrentá-la no próximo livro.
---
VOCÊ ESTÁ LENDO
Liria: As Ruínas de Valoria. LIVRO III
AdventureNo silêncio da floresta de Valoria, onde cada folha sussurrava segredos antigos, Caelan segurava o Amuleto do Tempo com mãos trêmulas. A luz da lua banhava as runas gravadas na pedra, e ele sentia o peso de cada escolha que estava prestes a fazer. O...