O tempo não espera ninguém

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Ela não deveria ter feito aquilo, não deveria ter dito para Carolina que era completamente e loucamente apaixonada por ela, Natália era o ser humano mais burro do planeta.

Agora ela estava ali, parada na entrada do aeroporto assistindo o avião decolar.

Ela viu o avião partir, de longe, com os olhos marejados, levando o amor de sua vida. Talvez demoraria para a dor passar, talvez ela nunca passasse, mas era disso que se tratava o amor. Ele machuca, ele dói, não deveria, mas dói.

Ela levaria aquele amor consigo, para o resto da vida, mesmo que doesse tanto.

Natália esperou 5 anos pela volta dela, mas ela nunca voltou, então Natália viveu a vida dela como se nunca tivesse amado ou conhecido Ana Carolina Soffredini.

Agora ela era uma fotógrafa conhecida internacionalmente, tinha uma família feliz e amigas que a incentivaram a continuar assim. Naquele dia ela deixou um pedaço de si entrar naquele avião, ela não permitiria que a outra parte vivesse em prol do sofrimento que aquilo trouxe.

Quatro anos atrás decidiu que teria um bebê, já tinha dois filhos criados e queria a felicidade e as risadas de uma criança correndo pela casa novamente. Foi assim que Sophia surgiu em sua vida, agora prestes a completar seu terceiro aniversário, a garotinha trouxe a mesma luz que os irmãos mais velhos trouxeram para sua vida.

Olhando para trás agora, Natália não diria que estaria feliz, não diria que teria uma garotinha correndo pela casa a chamando de mamãe. Ela não imaginaria que sua vida estaria tão boa.

Ela tinha Brinquedos espalhados pela sala, uma cadeira alta na mesa de jantar, um copinho com bico na pia, ela tinha a felicidade em forma de criança.

Ela tinha Brinquedos espalhados pela sala, uma cadeira alta na mesa de jantar, um copinho com bico na pia, ela tinha a felicidade em forma de criança

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Sophia Cardoso, 2 anos, o xodó dos irmãos.

- Sophia, estamos atrasadas, querida! - sua voz ecoou pela casa, sendo seguida de passos rápidos e um corpinho pequeno batendo em suas pernas.

- Não quelo ir pra aula hoje - a voz Infantil trouxe um sorriso para o seu rosto.

- Hoje você não tem aula, amor, hoje nós vamos pra casa do tio Pedro ver seus primos. - Pegando a garota nos braços, a bolsa e a câmera, ela seguiu para o carro.

Prendeu a menina na cadeirinha, deixando a bolsa e a câmera no banco do lado e entregando nas mãos dela um copinho com suco e um pote com biscoitos.

- Tente não derrubar na roupa, vamos ver os seus irmãos hoje. - Marcos e Lily estavam na casa do tio para que pudessem terminar a faculdade.

- O primo Anni vai estar lá também? - sua filha tinha um amor gritante pelos irmãos e pelos primos.

Se ajeitando no banco da frente, afivelando o cinto e arrumando o espelho para que pudesse ver completamente a rua atrás, Natália deu um sorriso para sua filha.

When I'm goneOnde histórias criam vida. Descubra agora