- Mãe! Mãe! Mãe! - A pequena versão de Luxanna chamou, dando três pulinhos consecutivos. - Vamos logo, ou eu vou acabar me atrasando no primeiro dia de aula! - Afirmou a loira puxando a bainha do paletó de sua mãe, esta que estava concentrada na ligação em seu fone executivo encaixado em uma das orelhas.Luxanna olhou rapidamente para baixo, encontrando os olhos azuis cristalinos lhe fitando com vigor. A loira sorriu e então segurou o microfone para não sair sua próxima fala na ligação. - Já estamos saindo, Lia. Vá lá buscar seu material enquanto a mamãe termina essa ligação. - Afirmou fazendo um leve cafuné nos fios dourados, a pequena fechou os olhos aproveitando aquele toque.
- Tá bom! Fala para o papai que eu mandei um beijo para ele! - Pediu antes de sair correndo entusiasmadamente em zigue zague, com os braços abertos imitando o som de um avião. Lux sorriu com aquilo.
" Deixa eu falar com ela, vai." A voz rouca do outro lado da linha logo tirou o sorriso meigo que enfeitava o rosto da mulher. Lux suspirou e então se encostou na bancada de maneira séria.
- Se você quiser falar com ela, trate de não falhar em buscá-la na escola hoje. - Repreendeu com firmeza. - E sem desculpas dessa vez, Sylas.
" Ah, como você consegue estar tão estressada e chata logo de manhã, amor? " Brincou o homem do outro lado da linha, fazendo a loira revirar os olhos e cruzar seus braços, seu silêncio logo fez Sylas entender que ela não estava para brincadeiras. O mesmo soltou um riso repuxado. " Tá, tá, eu sei das minhas responsabilidades, claro que vou pegar ela hoje. Você fala como se eu fosse o pior pai do mundo." Reclamou em um tom levemente dramático.
- Eu acho bom mesmo. Amanhã eu pego ela normalmente, então só preciso da sua ajuda hoje. - Não é como se o mesmo fosse responsável o suficiente para se comprometer em pegar e deixar Ophelia todos os dias. Lux tinha certeza desse pensamento, portanto jamais confiaria isso a Sylas.
" Beleza! Tudo certo, pode contar com o pai aqui. Mas só uma pergunta... que horas é para pegar mesmo?" Lux suspirou levando sua mão às têmporas, havia acabado de falar o horário e o homem já havia esquecido.
- Ao meio dia, Sylas. Vê se não se atrasa. - Lux ouviu o som de passos correndo e um assobio contente, logo viu Ophelia parar sorrindo na porta da cozinha, esperando sua mãe enquanto segurava as alças de sua mochila que também tinha função de rodinhas. - Eu preciso ir agora, Tchau Sylas. - Antes que pudesse ouvir mais alguma gracinha do outro, Lux levou sua mão ao ouvido finalizando a ligação.
- Já, mamãe? Vamos, vamos, Mal posso esperar para rever meus colegas!- Afirmou a loira mais nova com um sorriso banguela. De repente todo aquele mal humor de falar com Sylas havia se dissipado, Lux sorriu e então caminhou na direção de Ophelia.
- Que animação toda é essa para ir à escola, meu amor? - Lux segurou a cintura da menor e então levantou a mesma, abraçando-a enquanto a carregava. - Lembro que ano passado você não queria nem sair do carro. - Brincou, caminhando em direção à saída. Ophelia sorriu e então jogou seu corpo para trás, fazendo a loira se desequilibrar um pouco.
- Ano passado eu não sabia ainda o quão legal é estar na escola! - A pequena colocou suas mãos nos ombros de sua mãe, lhe olhando nos olhos com um sorriso meigo. - Mas agora é diferente, tenho vários amigos lá.
- Fico feliz que você tenha feito amizades, mas falando assim até parece que não vai sentir falta da mamãe. - Dramatizou de forma brincalhona, logo viu a expressão surpresa de Ophelia, a mesma balançou a cabeça para os lados negando.
- Tá tudo bem, porque sei que depois vou ver a senhora. Ano passado eu chorei porque pensei que tava me abandonando lá na escola. - Lux sorriu ao lembrar da cena, a mesma assim que chegou na porta de casa, abaixou um pouco deixando a loira menor no chão.
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Mestrado do Amor
RomanceMãe solo aos 32 anos, Luxanna desaprendeu muitas coisas sobre o amor. Com um cargo que a sobrecarrega na empresa que trabalha, um chefe antipático e um ex marido babaca, a vida da loira se resume em fazer sua amada filha Ophelia feliz. A criança de...