Capítulo 6: Aço e Promessas

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Capítulo 6: Aço e Promessas

O amanhecer trouxe consigo o som do aço e o murmúrio de promessas. Valoria despertava, não com o canto dos pássaros, mas com o clamor de espadas sendo afiadas e escudos sendo erguidos. Os estábulos estavam cheios de atividade, enquanto todos, desde o mais nobre cavaleiro até o mais humilde aldeão, preparavam seus cavalos para a batalha que se aproximava.

Entre o povo, conversas eram trocadas em tons baixos, mas carregados de determinação.

“Você acha que temos alguma chance?” perguntou um jovem soldado, ajustando a sela de seu cavalo.

“Contra a escuridão? Sempre,” respondeu um ancião, sua mão trêmula segurando firmemente uma lança. “Enquanto houver luz em nossos corações, haverá esperança em nossas lâminas.”

Enquanto isso, no coração do castelo, Líria e Caelan encontravam-se com o rei Alaric e a rainha Elyssa. O rei ainda olhava para Caelan com uma desconfiança que era difícil de esconder.

“Líria, minha filha, você está pronta para liderar nosso povo?” perguntou o rei, sua voz revelando a preocupação de um pai.

“Estou, pai. Caelan estará ao meu lado,” respondeu Líria, segurando a mão de Caelan como um símbolo de sua união.

O rei voltou seu olhar para Caelan, os olhos penetrantes buscando respostas nas profundezas da alma do Guardião do Tempo. “E você, Caelan? Está pronto para defender nosso reino… para defender minha filha?”

Caelan, com a postura de um homem que havia enfrentado o próprio tempo, respondeu: “Com minha vida, Majestade. Eu falhei uma vez, mas não falharei novamente. Valoria é meu lar agora, assim como é o de Líria.”

O rei assentiu, ainda não totalmente convencido, mas reconhecendo a sinceridade nas palavras de Caelan. Eles caminharam juntos pelos corredores do castelo, o rei questionando Caelan sobre cada decisão, cada momento que havia levado a este ponto.

“Você entende o peso de suas ações, Caelan? Entende o que significa mexer com a linha do tempo?” o rei indagou, sua voz carregada de um peso que só um governante poderia compreender.

“Eu entendo, Majestade. E carrego esse peso todos os dias,” Caelan admitiu, sua expressão sombria.

No fim de seu passeio, com o sol já alto no céu, o rei parou e encarou Caelan com uma intensidade que poucos poderiam suportar. “Você vai se casar com ela, não vai?”

Caelan, olhando nos olhos do rei, respondeu com uma certeza que vinha do fundo de sua alma. “Sim, eu vou. E juntos, vamos vencer.”

O rei, vendo a convicção em Caelan, finalmente assentiu, um gesto que selava não apenas a aceitação de um futuro genro, mas também a união de duas almas destinadas a liderar Valoria através da tempestade que se aproximava.

Liria: Luz e Trevas. LIVRO IVOnde histórias criam vida. Descubra agora