Lúcio: Ladrão Descalço.

A Dança dos Cadarços

Após sua aventura com o sapato falante, Lúcio estava pronto para mais uma travessura. Desta vez, ele tinha ouvido falar de uma competição de dança peculiar que aconteceria em Soleira. Mas não era uma competição comum; os jurados eram cadarços mágicos que podiam julgar a habilidade de dança de qualquer um.

Lúcio, que não sabia dançar, achou que seria divertido participar. Ele se inscreveu na competição como “El Lúcio”, um dançarino misterioso de um país distante. Vestindo um par de sapatos velhos e um poncho colorido, ele entrou no palco com confiança.

A música começou, e Lúcio tentou seguir o ritmo, mas seus pés não cooperavam. Ele tropeçava e girava, fazendo movimentos que mais pareciam acrobacias do que dança. A multidão começou a rir, não de escárnio, mas porque Lúcio era genuinamente engraçado.

Cadarços: (com vozes finas e animadas) “Oh, vejam só! Ele tem estilo único! Uma mistura de… bem, não sabemos o quê!”

Lúcio continuou, cada passo desajeitado arrancando mais risadas e aplausos da plateia. Ele girou, pulou e até caiu, mas sempre se levantava com um sorriso.

Lúcio: (ofegante, mas feliz) “Eu posso não saber dançar, mas sei como fazer um espetáculo!”

No final da música, Lúcio fez uma reverência exagerada, e os cadarços, impressionados com sua capacidade de entreter, o declararam o vencedor inesperado da noite.

Cadarços: (em coro) “Lúcio, você nos mostrou que dançar é sobre se divertir e ser você mesmo!”

Lúcio foi premiado com um par de sapatos novos, que ele decidiu doar para uma criança da cidade que sonhava em ser dançarina. Ele percebeu que ganhar não era tão importante quanto trazer alegria para os outros.

E assim, Lúcio aprendeu que mesmo as habilidades mais simples, como fazer alguém rir, podem ser as mais valiosas. Com seu coração leve e um novo par de sapatos para doar, Lúcio já estava pensando em sua próxima grande aventura.