A escolha

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Acordo com a luz do sol em meus olhos, vejo que Fernando não está na cama, coloca minha cueca, e vou caça-lo.
Acho ele no telefone dizendo algo, me escondo na parede, e tento escutar o que ele dizendo:
_Você chega amanhã?
_Também estou com saudades.
_Beijos também te amo.
Ele diz com a voz tremula.
Ele desliga o telefone.
Lembro que, Fernando é noivo, me sinto culpado.
Vejo que ele vem para minha direção, sai correndo para o quarto, e deito na cama.
Finjo que estou dormindo.
Fernando entra, sobe encima de mim, e começa a beijar meu rosto, carinhosamente.
Eu finjo que acordei sorrio, pois aquilo estava me fazendo feliz, mais a culpa não saia da minha cabeça.
_O sol está lindo lá fora? Diz ele.
_Aham. Ignoro-o fingindo que estou com sono.
_Aé. Diz ele me pegando no colo igual uma noiva após seu casamento, se isso ainda existe.
Me sinto horrível. No colo dele.
_Digo me larga. Irritado.
_Não. Diz Bravo.
Já estamos fora do chalé dele perto do lago, entra na água, mais ainda não chego tocá na água.
_O que você está pensando em fazer? Pergunto preocupado .
_Isso. Ele diz, me soltando na água.
Me levanto de uma vez, respirando fundo, e com muito frio.
_Você é louco. Digo para, ele que está caindo na gargalhada.
Ele nem me dá atenção.
Pulo encima dele, e o derrubo, na água, e começo a rir.
Começamos uma luta na água, ele me jogava na água, eu jogava água em sua cara, nós derrubávamos um ao outro na água, como duas crianças.
Vou jogar água ele segura meus braços e me beija.
Vejo um carro escuro com o vidro aberto nos olhando.
Paro de beija-lo
Ele também vê.
Ele continua me segurando.
_Fernando.Digo.
_O quê? Pergunta ele irritado.
_Não acha, que já pode me soltar.
Ele me solta, o carro sai.
Ele sai correndo d'água.
Vou indo atrás dele, e pergunto entrando no chalé.
_Quem era? Pergunto sério.
_Meu avô. Diz ele em choque e nervoso.
_Calma. Digo tentando abraça-lo.
_Não tem como ficar calmo. Diz ele aos gritos me empurrando muito forte, fazendo eu cair.
Ele vê o que fez e, tenta me levantar.Dizendo:
_Desculpas... desculpas.
Bato na, mão dele, me levanto sozinho.
_É não tem como ficar calmo. Digo aos berros.
Ele se assusta.
_Eu sabia, sempre soube, que isso nunca ia dar certo. Mais, você tinha que ter me irritado, ou ser tão perfeito. Digo sem perceber com lagrimas saindo, dos meus olhos.
_Você é noivo, o que eu pensei, que você ia largar, dela pra ficar comigo, ou melhor eu ser feliz. Digo chorando.
Vou até o quarto começo a me trocar.
_Não é assim, por favor Deniel fique, não sei ficar mais sem você. Diz ele preocupado, em desespera.
Termino de me trocar digo:
_Na vida temos que fazer escolhas.
_Eu escolho você? Diz ele tentando me beijar.
O empurro.
_Me escolhe? Com medo, medo do que as pessoas pensem, como o medo quê você tem de ser engenheiro, ou de não ser o orgulho do seu avô, ser a vergonha.
Digo no sarcasmo, e já saindo pela porta.
_Eu te amo. Grita ele.
Olho para ele, com os olhos cheios de lagrimas e e fecho a porta.
_Vou chorando a caminho do chalé da Lana. Vejo um carro prateado muito lindo parando, rapidamente enxugo as lágrimas, o vidro abaixa vejo que é Jackson.
_Deniel, quer uma carona? Diz ele sorridente.
Agora que tinha reparado em Jackson ele era bonito.
_Sim, sim. Digo entrando no carro.
Ele me leva até, a casa de Lana, para na frente.
_Obrigado. Digo.
Sinto sua mão encima da minha.
_O quê? Digo.
Ele segura meu pescoço e me beija.
O empurro e digo:
_ Está louco.
Saio do carro irritado e bato a porta.
Entro no chalé dou de cara com Lana, não aguento e caio no choro, vou correndo e abraço ela.
Ela ja entende que foi por causa do Fernando.
Explico tudo a ela, a noite cai.
Fomos convidados ao um jantar na casa, do avô dela. Tenho o prazer de ir.
Chego la não encontro Fernando.
_Vou tomar um ar. Sussurro no ouvido de Lana e saio.
Tomo um ar encosto na parede, fecho os olhos e respiro fundo.
_Oi. Ouço uma voz feminina, eu olho e vejo Angel, lembro que ela é irmã mais nova do Fernando.
_Oi. A respondo.
_O que você está fazendo? Ela pergunta, se posicionando ao meu lado.
_Pensando. Respondo.
_Você parece abatido? Ela pergunta curiosa.
Olho confuso para ela.
_Ok não sei mentir. Diz ela aliviada.
_Eu sei de tudo. Continua ela.
_Sei de tudo? Pergunto.
_Tudo sobre você e meu irmão! Diz ela.
Olha chocado.
_Como? Pergunto.
_Ele me contou tudo. Diz ela.
Não aguento começo a chorar, me sento no chão, ela ao meu lado.
_Tudo? Pergunto baixinho.
_É... ele me falou de como se sente com você a alegria, que você traz a ele uma alegria que ele não sentia a anos.
Não consigo falar nada, só lagrimas escorrem pelo meu rosto.
_Sabe Deniel, quando meus pais morreram, eu tinha 3 anos, ele 16, ele sofreu muito com isso e a gente veio morar com meus avós, sabe como eles morreram? Diz ela.
Balanço a cabeça para os lados.
_Em um acidente de carro foi horrível e a ultima coisa que ele disse para meu pai, foi eu te odeio. Diz ela chorando.
_Você não sabe como é perder alguém que você ama tanto, e a ultima palavra que você disse a ela é eu te odeio.Fui a unica sobrevivente do carro, meu irmão ficou em casa, e nunca mais, ele vai poder ver o pai nosso pai, porque ele está morto. Diz ela chorando.
_Então não desista dele, não desista do meu irmão por favor, porquê não quero vê-lo triste de novo, por favor. Diz ela.
Nós nos abraçamos.
_Obrigado. Abraço ela, e solto um sorriso longo.
Eu vou com ela para dentro e quando chego, vejo Fernando abraçado com uma garota alta, branca com cabelos ruivos longos, olhos verdes, muito linda.
Travo, meu sorriso se apaga, e fico olhando chocado, Angel tem a mesma reação.
Não aguento vou para fora, começo a chorar, saio andando irritado. Me encosto em uma árvore e caio no choro.
Sinto uma mão em meu ombro.
Eu me viro e vejo, Fernando.
Começo a empurra-lo,e falo.
_Seu desgraçado, porque você, fez isso comigo?
E repito 3 vezes:
_Porquê.
_Porquê.
_porquê.
Ele segura meus braços e me abraça, fortemente, tento sair mais não consigo,meu corpo se solta, ficamos de joelhos no chão, ele continua a me abraçar,e nós dois começamos a chorar.
_Eu te amo tanto. Fala ele,emocionado.
_Eu também te amo. Digo.
Quando ele me solta um pouco, eu o empurro me levanto e saio correndo, e por um estante, vejo a mulher ruiva que estava com ele.
Vou até o estacionamento e caio no choro.
_Agora entendo, porquê você odiou tanto meu beijo. Ouço uma voz, a reconheço, era de Jackson, olho para ele e sorrio, enxugo as lagrimas.
_Te devo desculpas. Digo.
_Você não me deve desculpas. Ele fala.
_Quer uma carona? Ele pergunta.
Ele me leva até o chalé, desço e agradeço.
_Denny, uma dica, não deixe que as pessoas digam o que você deve fazer. Diz ele saindo.
Abro o chalé ligo a luz e dou de cara com o avô, da Lana.
_O quê você faz aqui? Pergunto?
_Vim parar você, de iludir meu neto.

Sperber (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora