Tamaya
Estava beliscando-me a cada momento que podia. Às vezes parecia tão irreal, que era difícil acreditar que algo assim estava de verdade acontecendo comigo. Depois de tanta luta, briga e contradições, era natural; não é mesmo?
Esther estava terminando de lavar a louça, que por muita teimosa ela logrou que eu deixasse, não queria que no dia mais especial para nós, em que havia pedido ela em namoro, ela se preocupasse com isso. Mas sua teimosa é algo irredutível. E nunca tem como vencer muitas das vezes. Ela é irritante quando quer algo a sua maneira.
Aproximei-me por detrás do seu corpo, encaixando minhas mãos em volta da sua cintura, e pousei meu rosto em seu ombro, onde beijei sua bochecha, que estava toda em amostra, já que seu cabelo estava preso em um coque alto.
— Oi — falei, cheirando sua nuca e pescoço, deixando uma trilha de beijos no caminho.
Esther sorriu, e isso me fez sorrir também.
— Olá, angel — respondeu, e fechou a torneira, virando seu corpo em direção ao meu.
E essa era a cena mais encantadora que eu vivenciava: Campbell vestindo minha camiseta larga, com minhas pantufas de leão nos pés, cabelo preso em um coque e o sorriso mais radiante adornando seu rosto. Isso, sim, era o paraíso — algo tão simples, mas que para mim tinha um significado imenso.
Coloquei minhas mãos em ambos os lados do seu corpo, sobre a pia, e fixei o olhar em seus olhos, que se mantinham nos meus. Um pequeno sorriso se formou em meus lábios; eu estava contente e não podia evitar sorrir toda vez que me aproximava de Esther.
— Gosto de ver que você ainda usa o colar de víbora que te presenteei, fica lindo em você.
Seus olhos giraram, e isso provocou um arrepio em minha barriga, pois eu estava hipnotizada. Seu rosto se aproximou do meu, e ela pressionou seus lábios contra os meus, passando sua língua venenosa e saborosa sobre eles, causando o caos dentro de mim.
Essas provocações eram o perigo, e eu adorava isso.
— Nunca deixei de usar, Maya, só não deixava tão em amostra assim.
Respondeu com naturalidade, como se isso fosse bonito. Semicerrei os meus olhos em direção aos seus, analisando sua sem-vergonhice em admitir isso. Levei minhas mãos em sua cintura, ficando na altura do seu rosto, apertei-a com força, fazendo-a soltar um gemido de dor.
Tive que me esforçar para não agir no impulso e fodê-la na pia, pois seus gemidos eram o meu ponto mais fraco.
— Deixe sempre à mostra, adoro ver você usando os presentes que te dou. E gosto ainda mais de como fica evidente que você é minha, completamente minha e eternamente minha, compreendeu? — mordisquei sua boca com meus dentes, sentindo falta do seu contato.
Sua cara transformou-se em safadeza, e suas mãos apoiaram-se na pia, deixando-me mais próxima.
— Possessiva, você é possessiva — respondeu em tom baixo, olhando-me com os olho quase fechados, ao sentir o meu dedo alisar sua cintura, por cima da blusa.
Apertei sua pele mais para mim, queria mostrá-la que sim, eu era mesmo, e não sentia vergonha por isso.
— Você é a única coisa que pode causar isso em mim, Campbell, então, sim, sou possessiva, muito, possessiva e não tenho vergonha de sentir isso, o mundo tem que entender que nada e nem ninguém pode te tirar de mim.
Sua boca deslizou-se sobre a minha, e seus braços envolveram-se em volta do meu pescoço, juntando-nos ainda mais.
— Seria ruim assumir que gosto da sua possessão sobre mim? — perguntou mais para si, do que para mim.
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Odiosa fascinação [+18]
RomanceQuando dizem por aí, que o proibido é sempre mais gostoso, muitas vezes não entendemos o que isso quer nos dizer. Mas quando provamos dessa adrenalina, tudo começa a fazer sentido. Tamaya não pretendia provar do perigo, não pretendia porque sabia q...