Dazai era um quadro preto e branco, um quadro sem vida, a qual suas cores mostravam dor, cansaço e medo.
Chuuya era a tinta que faltava no quadro de Osamu Dazai, era a cor que faltava em uma obra de arte tão melancólica, a cor que Dazai tanto espera...
Uma shot bem pequena, porém fofa...eu espero que gostem.
Boa leitura!
🤎🧡
Às vezes, só às vezes, precisamos de uma pessoa para conseguir respirar. Alguém que seja nosso fôlego, o pequeno fôlego que nos falta.
Osamu Dazai era o garoto problema. Mas não problema de alguém que arrumava confusões, na verdade era o garoto problema que não arrumava confusões.
Alguém quieto de corpo e de alma perturbada, alguém quebrado.
O garoto foi diagnosticado com depressão severa quando tinha apenas oito anos de idade, sem contar de sua ansiedade e adquiriu tendências suicidas, a qual o mesmo tentou diversas vezes.
Não se lembra de nada de sua família, tudo o que sabe é que foi abandonado num orfanato qualquer da cidade, a qual foi adotado por um homem que pelo visto adorava uma certa coleção de crianças sem pais. Mori ouga.
Dazai se lembra de ter que cuidar de seus irmãos enquanto seu pai saia para trabalhar no hospital e voltava apenas dias depois, mesmo os seus horários tendo acabado a horas.
Elise, Q, Akutagawa, gin e tachihara eram os irmãos adotivos de Osamu, e entre eles. Elise era a preferida do pai, e tendo Dazai como o preferido dos garotos para Mori.
Era horrível. Dazai odiava ter que ficar assistindo e ouvindo seu pai falar, brigar, bater, e qualquer coisa que fosse que ele fizesse com seus irmãos e com ele. Sua vida era um inferno.
Sua mente era barulhenta, odiava cada parte de si, odiava aquela vida, odiava cada pessoa naquele mundo, daquele colégio infernal a qual ele estudava, odiava se odiar, se sentia incapaz de merecer algo bom na vida.
Sua vida era um completo quadro preto e branco, um mundo sem cor, um mundo sem graça, sem humor, sem sentimentos.
O que Osamu Dazai não esperava era que a gotinha de tinta laranja pingaria em seu quadro, não esperava que em todo aquele breu, uma cor pudesse surgir.
Era assim que ele via o ruivo.
Chuuya Nakahara.
O garoto novo que tinha entrado no colégio, o garoto problema de confusão. O garoto da alma calma, e de corpo barulhento.
O garoto que o que tinha de arrogância lhe faltava em altura.
O garoto que deu cor a vida do moreno de bandagens
O garoto que viu seu interior barulhento e não foi embora.
O garoto que se entregou de corpo e alma para o suicida.
O garoto que tinha medo, mas exalava confiança.
A cor laranja do mundo preto e branco.
O garoto que chorou consigo no chão do banheiro da escola, segurando os braços de Dazai quando o mesmo teve uma crise.
O garoto que beijou cada cicatriz ensanguentada de Dazai.
O seu garoto.
O mesmo garoto que em um dia, surgiu na casa de Osamu, o agarrando para a rua na frente de todos e subiu em sua moto, fingindo com Dazai.
Não se importaram para onde iriam. Contanto que estivessem juntos, pois...
Chuuya Nakahara era o fôlego que faltava em Dazai, a cor que lhe faltava.
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