XXVI - O Mal que Pune o Mal

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"Eu já nem Me reconheço
O que estou Me tornando?
Ele é o nosso filho, e Eu estou o matando"

Sangue Inocente_Vlad Drácula - Chrono

Helena revezou entre olhar para Ayla e Damiano, ela se arrepiou completamente ao ouvir aquela voz de novo e seu coração ainda estava acelerado, mas agora tinha alguma coisa estranha acontecendo

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Helena revezou entre olhar para Ayla e Damiano, ela se arrepiou completamente ao ouvir aquela voz de novo e seu coração ainda estava acelerado, mas agora tinha alguma coisa estranha acontecendo.

— Como você... — Damiano balbuciou ainda vidrado em Ayla e imóvel feito uma estátua.

— Eu não preciso de mais do que alguns segundos para saber tudo sobre uma pessoa, Jericó.

— Jericó? — ela perguntou.

Finalmente Damiano, ou Jericó, saiu do seu transe, mexendo a cabeça levemente para a direção dela.

— É o meu nome verdadeiro, eu uso Damiano com pessoas que não tenho muita intimidade...

Helena abriu a boca e a fechou, foi enganada por um nome falso, era inacreditável. Jericó a enganou sem vergonha na cara. Helena apenas concluiu que fez o certo em não ter aberto o jogo desde o início com o exorcista.

— Beelzebub.

— Jericó.

— Finalmente, hein! — ele riu e Ayla, ou Beelzebub, sorriu falsamente.

Era bizarro, nem mesmo o sorriso pertencia a ela, era como se outra pessoa estivesse apenas usando o corpo dela — o que na verdade, era exatamente isso. Era uma curva estranha, como se ele não soubesse sorrir, era um arreganhar de dentes.

— Sua frustração foi como música para os meus ouvidos e colírio para meus olhos.

— Eu imagino que sim. Você vai embora agora?

— Se você quiser que eu vá — ele deu de ombros.

— Quero que vá embora da Terra, para sempre.

— E por que eu faria isso?

— Porque Deus está ordenando.

— Não estou ouvindo nada — ele olhou para cima, pondo as mãos em volta dos olhos simulando um binóculos.

— Talvez seja porque seus ouvidos são podres demais pra ouvir a voz de Deus.

— Está dizendo que Ayla tem cera de ouvido?

Jericó fechou os olhos e respirou fundo recuperando a paciência que perdeu há poucos minutos.

— Me responda, Beelzebub, por que está aqui?

— Ué, porque você me chamou, não era isso que você queria? Que eu conversasse com você?

— Estou me referindo a Ayla.

O demônio permaneceu encarando o exorcista por um momento.

— Achei que Helena já tinha explicado a parte do "o que eu estou fazendo aqui", mas aparentemente não, o que deixou as coisas ainda mais interessantes.

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