XXXIII - Dois Mil e Doze

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"E se você pedir
Papai vai te comprar um passarinho
Eu vou te dar o mundo
Eu vou comprar um anel de diamantes para você
Eu vou cantar para você
Eu farei de tudo por você, para vê-la sorrir
E se o passarinho não cantar e aquele anel não brilhar
Eu vou quebrar o pescoço do passarinho
E vou voltar ao joalheiro que vendeu o anel
E fazê-lo comer cada quilate, não fode com o papai"

Mockingbird - Eminem

Quando o som do carro se afastou e Ayla teve certeza de que estava sozinha, ela encontrou Lúcifer no andar de baixo, furiosa

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Quando o som do carro se afastou e Ayla teve certeza de que estava sozinha, ela encontrou Lúcifer no andar de baixo, furiosa.

— Que merda tu pensou que tava fazendo? — ela começou com um tom indignado. Logo o sorriso debochado do demônio se amenizou.

— Colocando-o em seu devido lugar.

Ayla ficou o encarando de boca aberta sem saber o que falar e então sentou-se na cabeceira da mesa e escondeu o rosto entre as mãos.

— Nunca mais faça algo do tipo.

Ele ficou sério e analisou o semblante indignado da garota.

— Está defendendo ele?

— O quê? Não! Só não acho certo tu aparecer do nada e assustar ele assim!

— Você é inacreditável.

Ela levantou o rosto e fitou o olhar de indignação que suas íris de um vermelho vivo proporcionaram.

— O quê?

— Inacreditável, Ayla, é isso que você é. Pelo amor de... — ele se limitou a falar. — Jericó entra na nossa casa, come da nossa comida, entra no nosso quarto e senta no meu lugar e você ainda o defende?

A cada palavra com ênfase, Ayla podia jurar que seus dentes iriam se quebrar.

— Tá, a parte de onde ele se sentou eu também não concordo, mas não era pra tanto!

— Não era pra tanto, Ayla? Ele invade o meu íntimo e eu tenho que tratá-lo com hospitalidade? Por favor!

— Não quero dizer isso, apenas que não precisava quase matar ele de susto.

Ele suspirou fundo.

— Então vá viver com ele.

— O quê?

— Se ele é tão bom assim, então vá viver com ele Ayla, vá pedir ajuda para ele, peça para ele te salvar quando precisar. Peça para ele te dar carinho.

Ayla abriu um sorriso, não estava achando aquilo engraçado, mas sim revoltante ao ponto de só conseguir expressar sua raiva através de um sorriso.

— Lúcifer, tu tá se fazendo de vítima?

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