XII - ɱιɳԋα ƈαʂα

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Quarta-feira
07:10

--V.D.--

Dazai chegou no estúdio de dança. Tinha ficado muito tarde, então eles deixaram a ida a casa de Osamu para o dia seguinte.
-Oi, tampinha.
-Oi. Hoje tá muito frio, né? - o ruivo perguntou vestindo o seu casaco.
-Sim.
Os dois saíram do estúdio e se dirigiram ao balneário. Osamu se sentou no banco ao lado da porta.
-Você vai morrer congelado, entre. - Chuuya o chamou.
-Hm? Ah, tabom. - o moreno entrou e se sentou em um dos bancos ao lado das coisas de Nakahara.

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O ruivo saiu do banho de toalha à cintura e foi até ao seu saco retirar os cremes e o difusor.
Osamu observou as costas musculadas do menor. Havia uma grande cicatriz lá. Vinha desde o pescoço até ao quadril, a toalha nem sequer permitia vê-la toda.
-Como é que--
-Bullying.
-Mas... É tão grande... É recente? Você está bem?

--V.C.--

Chuuya esperava insultos, julgamento... E recebeu preocupação. Mas não era fingida, era genuína. Osamu estava preocupado com ele.

𝕗𝕝𝕒𝕤𝕙𝕓𝕒𝕔𝕜 𝕠𝕟

O grupo empurrou-o sem piedade contra a porta do cubículo. Sua testa e sua perna sangravam. Ele derramava lágrimas, mas não conseguia gritar por ajuda.
Doía. Depois de todo o seu esforço para se integrar, o seu troco era... Nada.
Os seus cabelos foram puxados com força e a sua cabeça foi enfiada na privada do cubículo.
-Dou descarga, Itazura?
-Sim, já o devia ter feito - ele riu. Um riso maldoso. O mal que aquele rapaz fazia chegava a ser desumano.
O rapaz deu descarga e todo o rosto de Nakahara ficou submerso. Ele não conseguia respirar, e não tinha força para sair daquela posição. A água entrou-lhe pelas narinas e ele engasgou-se. Por fim, os seus cabelos foram soltos e ele caiu no chão. O seu rosto pingava. Os seus cabelos estavam colados à testa. A sua respiração era rápida, desregulada, desesperada. Ajuda. Ajuda. Ajuda! Ele precisava de ajuda.
Itazura o virou de costas e levantou sua camisa social já manchada. Retirou uma tesoura do bolso e cravou-a no topo das costas de Nakahara, próximo ao pescoço.
Ele gritou.
-Está doendo? - Itazura cravou ainda mais a tesoura na pele salpicada de sardas.
-P...pare... Por... Favor...
Ao ouvir as súplicas trêmulas, Ichiro apenas sorriu e começou a traçar riscos pelas costas do ruivo com a tesoura, fazendo-o perder ainda mais sangue. Ele gritava, gemia de dor, contorcia-se.
-Eu disse... Pare!...

<<Será que nunca vou sair daqui?...>>

𝕗𝕝𝕒𝕤𝕙𝕓𝕒𝕔𝕜 𝕠𝕗𝕗

-Chibi? Chibi? Você tá bem???
Osamu se levantou e agarrou nos ombros do menor, que estava petrificado enquanto lágrimas escorriam pelas bochechas. Ele acordou do seu transe.
-Ah... Sim?
-Porque você paralizou do nada? Tá tudo bem?
-Eu... Eu só... Me lembrei de um negócio antigo, sabe... E não se preocupe, já foi à três anos.
O ruivo secou as lágrimas com as mãos e pegou em seus produtos, se aproximando de um pequeno espelho na parede para arrumar o cabelo.

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--V.D.--

Era quarta-feira, e naquele colégio, as aulas terminavam antes do almoço naquele dia da semana. A última aula estava terminando. O professor Fukusawa deu a aula como terminada, e logo os alunos se levantaram bruscamentes, contentes por finalmente poderem ir para as suas casas. Osamu estava arrumando as suas coisas e Nakahara se aproximou ansioso. Estavam indo para a casa do moreno agora.
-Vamos?
-Sim.
Os dois se levantaram e saíram da sala.
No corredor, se cruzaram com Itazura. Ichiro discretamente empurrou Chuuya.
Não tinha sido muito forte, mas suficiente para apanhar o ruivo desprevenido. Por pouco ele não caiu. Nesse momento os dois perceberam que o ruivo não caiu no meio do chão porque ele e Osamu estavam de mãos dadas. Nenhum deles tinha percebido até esse momento. Os dois coraram. Por fim, Osamu puxou Nakahara.
-Já arranjou namorado, Chuu--
-Não diga o nome dele. Seu imundo.
-Credo, grosso - Itazura saiu rindo para disfarçar. Osamu ainda lhe metia um certo medo. - Que estúpido patético, tem medo de mim.
-Sim... Obrigado. Nem sei como não percebemos - Chuuya levantou as mãos dadas. Rapidamente os dois largaram e começaram a rir.

--V.C.--

Osamu era alguém que precisava de toque físico, Chuuya tinha percebido isso. E sinceramente, por mais que ele não gostasse muito disso, com ele era diferente. Com ele, ele não se importava.
Saíram do colégio. Durante o caminho, os dois conversavam sobre as músicas que Chuuya tinha adicionado na plalist dos dois. Chegaram à estação no exato momento em que as portas do metrô se abriram. Os dois correram e felizmente entraram a tempo.
Ambos se sentaram lado a lado nos últimos lugares disponíveis. Dazai partilhou seus fones como sempre. Eles ouviram várias músicas na viagem, como Twisted - MISSIO, Broklyn Baby - Lana Del Rey, Dernièr Danse - Indilla, God's Menu - Stray Kids, SHEESH - BABYMONSTER, Asshole - holigan chase, bad idea! - Girl In Red, Happy Pills - Weathers, ESOEMOEHOED - Leanna Firestone, Lemon Boy - Cavetown, sex money fellings die - Lykke Li.
Durante o caminho, Dazai ia entretido trançando aleatoriamente os fios ruivos de Chuuya, que não se importava. A certa altura, Nakahara sentiu a cabeça de Dazai encostada ao seu ombro. Olhou para o lado. O moreno não estava a dormir, mas parecia cansado.
-Pode dormir aí se quiser.
Osamu apenas sorriu e fechou os olhos, deixando o peso da sua cabeça sobre o ombro do ruivo.
-Seu cabelo cheira bem.
-Obrigado.
Eles continuaram a viagem dessa forma.

13:45

Osamu abriu os olhos ao ter o ruivo cutucando sua bochecha.
-Vem, ó bela adormecida, a gente chegou.
-Hmmmm...
Os dois se levantaram e saíram do metrô. Osamu guardou os fones e seguiram o curto caminho até casa a pé.
Osamu abriu a porta.
-Tio Oda, eu e o Chibi chegámos.
-Tudo bem, vão querer algo para lanchar?
-Não é necessário, obrigado pela preocupação - Nakahara sorriu enquanto cumprimentava Odasaku.
Os dois adolescentes subiram as escadas e entraram em um cômodo com a porta um pouco mais escura que as outras. Era estranhamente arrumado. Dazai não parecia ser o tipo de pessoa que mantinha tudo organizadinho, mas o seu quarto dizia o contrário.
-Meu Deus, tá ainda mais organizado que o meu...
-Quando fico ansioso, arrumo o meu quarto. Me acalma.
Havia uma pequena prateleira com rolos de ligaduras, cremes e pomadas para cicatrizes, desinfectantes... Chuuya se aproximou com uma feição preocupada.
-Você faz muito isso?...
-Às vezes... É muito forte, não dá pra controlar. Ainda me sinto culpado.
-Porquê? - questionou o ruivo - Se se sentir desconfortável, não precisa dizer, mas mesmo sem saber, eu tenho certeza de que a culpa não deve ter sido sua.
Eu confio nele. Desde que me ajudou no banheiro ontem e me protegeu, desde que não me julgou, ele virou um amigo de verdade. Em quem confio.
-Eu vou te dizer. Preciso só de tomar um calmante para conseguir falar sem surtar e começar a partir tudo... - Osamu se aproximou de sua mesa de cabeceira e abriu uma das gavetas, pegando uma caixa com calmantes. Tomou um e guardou o resto, em seguida pegou numa moldura e se sentou no chão encostado na cama, chamando o ruivo para perto dele.

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(1190 palavras)
*capítulo não revisado, qualquer erro comente para eu corrigir*
Obrigada por ler 😊😊😊 Espero que esteja gostando
*Qualquer desenho utilizado nessa fic daqui para a frente é da minha autoria e serão todos feitos em papel, não esperem grande coisa. Poderão utilizar em trabalhos vossos se indicarem que o desenho é meu*
Vota aí família
Bjs,
Martha

ιɠυαʅɱҽɳƚҽ ԃιϝҽɾҽɳƚҽʂ: ʂσυƙσƙυ - ԋιɠԋƚ ʂƈԋσσʅOnde histórias criam vida. Descubra agora