De santo nao tem nada

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      Estou com treze anos agora, e ando tratando Lucifer melhor do que antes, estou alcançando seu ombro, e pensar que um dia considerei ele alto. Depois de ver o que Adam fazia com o Luci, fiquei com ódio acumulado é claro, nunca vou me esquecer do que ele ainda faz com "meu" loiro, ele ainda não é meu.


   Ainda continuo amigo de Ashely, e estamos mais próximos, tanto que ela sabe sobre a minha "obsessão"? Isto é uma obsessão? Acredito que não. Apenas gosto de passar tempo com ele, ele é gentil me trata bem, e gosta de minha presença...?  Continuo com o mesmo jeito de pensar, eu não acho necessário criar outras fontes de amor, só alguém pode ser recebido com o meu carinho
— Você é doido mesmo — Ash reclama puxando meu cabelo
— Você não vai entender... — eu digo me deitando na carteira, a professora ainda não chegou, vai ser aula de ensino religioso
— Vou pedir para o padre te exorcizar! — ela fala rindo batendo fraco em minhas costas, eu não gosto disso
— Não me bate, eu odeio contato físico — eu me levanto segurando seu punho
— Ah sim, odeia sim. Vou falar tudo isso para o Lucifer ta? Vou falar que você machucou meu punho— ela diz choramingando, mas logo ela me encara com uma cara confusa — Então você... você é? — A ruiva fala baixinho para os outros não ouvirem
— Não sei ao certo? — respondo ficando com curiosidades sobre sua pergunta
— Tadinho do Lucifer! Imagina ele ficar com alguém magrelo, feio, cabelo todo embaraçado, cego, com essa boca que guarda um defunto ai dentro e nem sabe tomar um banho sozinho! — ela diz apontando para mim tirando sarro da minha aparência — quero é ver mesmo se ele vai querer você— eu prefiro ficar quieto para não me irritar.


  A freira que é responsável por ensino religioso veio junto a uma menina com um cabelo curto e albino, ela é alta e tem olhos azuis cristais. Ela deve ser nova, seus olhos estavam um pouco inchados devia estar chorando e face da freira estava como se tivesse nojo da menina
— Silêncio por favor — a responsável diz em um tom de ameaça — Bem, está é a nova benção do dia.Se apresente querida — a mulher empurrava a de cabelos brancos para se apresentar
— Me chamo Rosie, e tenho 14 anos —




  A menina se senta no nosso lado, ela é mais velha que eu, Ashely tira a minha atenção da garota nova me beliscando e me dando um bilhetinho escrito "Ela parece ser gente boa, vou tentar conversar com ela depois, então você vai ficar sem minha pessoa ao seu lado na hora da reza" junto com uma carinha feliz desenhada e uns corações, eu apenas a encaro e volto a olhar o quadro.
   Depois de uma hora daquela aula entediante vamos em filas até um lugar que parecia uma igreja. Eu busco ver uma cabecinha loira pelo local, e felizmente vejo Lucifer sentado na beirada da primeira fileira. Eu me sento ao seu lado acenando um sorriso
— Você não vai se sentar com a sua amiga? — ele sussurra
— Não, ela vai tentar conversar com Rosie, uma menina nova— eu o respondo com o mesmo sorriso presente em meu rosto
— Rosie?...  Me disseram que ela era agressiva, tentou bater no próprio pai, mas acho que deve ter algum motivo para ela ter agido daquele jeito. Vou conversar com ela depois! — ele falava as vezes gesticulando com as mãos, fazendo com o que o pano descesse e mostrasse alguns machucados profundos e outros superficiais
— Quem fez isto em você? — eu pergunto fingindo que não sabia a resposta
—... Melhor a gente prestar atenção no que o padre esta falando antes de levarmos uma bronca— ele bagunça meus cabelos com suas mãos delicadas e brancas. Queria que ele confiasse o suficiente para contar que precisava de ajuda, mas prefere sofrer calado.

  

    Depois daquele discurso entediante, nos podíamos nos levantar e ir comer o "lanche da tarde" esqueci como se é o nome adequado que chamam. Eu andava observando cada um que passava por mim, nesse meio tempo vi Vox, ele ao passar por mim tenta me fazer cair com sua perna, mas apenas esquivo e sigo ate onde Ashley sempre fica sentada, no pátio central em uma mesinha perto de uma grande árvore. Vejo ela com Rosie, ela ao me ver acena e me grita.
— Al! — ela se levantava e corria em minha direção— A Rosie é muito legal! Tenho certeza que vocês vão se dar bem! — ela diz animada enquanto me puxa, eu apenas afirmo com a cabeça com meu sorriso sempre presente.

私の聖人-my saint.    RadioappleOnde histórias criam vida. Descubra agora