No Limite da Sanidade: O Intruso de Seattle || SOPE

Capítulo 1

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𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈: Um dia normal ou não

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tw// homofobia e violência.

A sua garganta doía de tanto gritar, braços fortes o agarrava mais forte ainda quando tentara sair.  Aquilo não podia estar acontecendo, era seu único pensamento.

— ME SOLTEM!!! — gritava pulmão à fora. Ninguém parecia ouvir ou estar disposto ajudar aquele pobre e miserável garoto. Ele não sabia o que estava acontecendo ou como aquelas pessoas foram parar em frente sua porta. — VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO!! — berrou e chorou o mais alto que conseguia. Era tarde da noite e poucas pessoas estavam acordadas, por consequência do barulho que o garoto fazia. Eles sabiam o que estava acontecendo, mas ninguém queria ajudar por medo ou por não querer se meter e acabarem igual.

— Por favor.. me soltem. — sussurou já cansado de relutar. Nada que falara pareceu fazer o mínimo de efeito nos dois grandes homens que o carregava. Sua cabeça girou e tudo começou a ficar preto, perdeu a conciência e tudo o que viu pelas próximas horas foi uma escuridão imensa, sem fim.

[...]

Antes do acontecimento..

Bufou, estava atrasado novamente para chegar a universidade. Pegou os livros em cima da mesa que sintuava no meio do cômodo.

Abriu a porta muito rápido saindo sem olhar para os lados e acabou que não viu a carroça que vinha em sua direção.

— SAÍ DA FRENTE SEU MOLEQUE!! — percebeu só naquele momento que quase fora pisoteado pelos cavalos, mas conseguiu desviar antes da tragédia acontecer. — OLHA PARA O LADO DA PRÓXIMA VEZ!! — conseguiu ouvir o homem falar depois de uma considerável distância. Era só o homem de algumas casas de distância, ele sempre o odiara. A cidade em que Hoseok morava, Seattle, era muito pequena. As casas eram uma próxima da outra, todos naquele vilarejo se conheciam.

Suspirou alto e continuou a caminhar, ainda precisava passar na casa do seu amigo para os dois irem juntos. Como sabia que o amigo ainda o esperava? Ele nunca ia sem Hoseok para a escola.

— Porra.. — sussurrou baixinho para si próprio, seu coração ainda batia forte e a respiração era pesada.

Não demorou nada para chegar, bateu na tão familiarizada porta de madeira acabada da casa do amigo.

Bateu repetidamente o pé no chão, impaciente. Ouviu a porta ser destrancada e deslumbrou da visão do  amigo saindo para o lado de fora da casa.

— Finalmente. — falou e o amigo o olhou. O puxou e começaram a andar rumo a universidade.

— Desculpa. Tava tomando café. — a voz era suave e calma, totalmente diferente da voz do outro que soava desesperada.

— Tudo bem.. mas você sabe que estamos atrasados, né? — olhou para o amigo que mantia uma expressão calma.

— Sim, eu sei. — Hoseok se irritou com a forma calma que o amigo estava levando aquilo.

— E por que você tá calmo com o nosso atraso, seu paspalho. — bateu levemente na parte de trás da cabeça do outro que era levemente mais alto que si.