Capítulo 3: ''Dor''

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[MÚSICA]

["LUGAR FRAGMENTADO" – BRASIL – NOITE]

POV: LETÍCIA MENDONÇA

A horda de monstros se aproximava de nós com velocidade e desordem. Os movimentos deles, embora animalescos e selvagens, pareciam exprimir algum nível de desespero para nos alcançar. Os corpos dos Zumbis de Sangue são normalmente fracos. A exposição ao Paranormal, ou a um local com a Membrana enfraquecida, traz os corpos de pessoas mortas "de volta à vida", porém as deformações geradas pelo Sangue deixam o corpo sensível em todos os sentidos, fragilizado de certa maneira.

Estudando os cadáveres desses monstros me fez compreender não só as alterações do Paranormal nesses corpos, mas também as fraquezas. Acertar nos tendões expostos facilita as coisas, mas um dano considerável na cabeça é o ideal pra garantir que não se levantem mais.

Pra falar a verdade, acho que nunca entrei em combate assim. Sempre fiquei mais reclusa nas minhas análises no Laboratório com outros colegas como o Leandro ou os meninos do C.R.I.S. como o Kaiser, o Samuel e a Lê Mantra. Só de pensar que eu me meti nessa confusão agora... bem, pelo menos eu tô com o V.

As criaturas avançavam no corredor. V, estranhamente, deu alguns passos e entrou em posição de combate com a espada.

Letícia: "Ele não... vai lutar com rituais? Vai ver ele é do tipo que mescla os dois tipos de luta. No máximo, acho que posso ajudar com essa belezinha aqui." – Pensei, guardando a lanterna e acoplando um bracelete ao redor do meu pulso.

Chamo esse aparelho de "Batch Glove". Dentro do campo da programação, Batch é um modelo informacional que permite a otimização, o processamento e a execução de tarefas similares de maneira simultânea como forma de agilizar processos. O que a luva faz é melhorar a emissão do elemento da minha Afinidade, Energia, pra potencializar e ativar outras habilidades parecidas sem precisar usar rituais ou selos. Na prática, é como uma "trapaça", mas que pode ser bem útil pra pessoas como eu.

O bracelete cria uma espécie de tecido de energia roxa que envolve minha mão e energiza a pistola modificada que eu carrego. Ao segurar o bracelete, meus olhos brilham em azul com alguns raios e a modificação aleatória da vez foi feita para as munições, tornando-as do tipo "Dum Dum".

V: Fica pronta, Lê!

De repente, vejo V atirando a espada na direção das criaturas que estavam bem próximas. A espada foi envolvida em uma aura de Medo impossível e começava a fatiar alguns dos monstros que avançavam até nós. Ela continuou cortando alguns até ser cravada na cabeça de um dos monstros, que caiu no chão prontamente. Esse movimento já eliminou uma parte deles.

Letícia: "Que maneiro...!!" – Pensei, me aproximando e empunhando a arma.

Começo a disparar nos Zumbis de Sangue que se aproximavam do V e de mim. A cada disparo, uma luz roxa ou azul era emitida da minha arma e as balas, ao atingirem os monstros, expandiam o impacto e explodiam parcialmente os corpos deles. Mesmo com a concentração, não podia evitar de sentir medo. Era minha primeira vez em campo, mas, por sorte, as modificações que eu fiz foram pra prever eventos assim, então isso me trazia algum conforto.

V: "Perturbação – Forma Verdadeira!" ~AS TATUAGENS DO V BRILHAM EM DOURADO ENQUANTO SEUS OLHOS VERDES MUDAM PARA A MESMA COR, COMO SE QUEIMASSEM PURO CONHECIMENTO. SIGÍLOS DO OUTRO LADO SURGIRAM NAS LATERAIS DA SUA BOCA. OS ZUMBIS DE SANGUE QUE SE APROXIMAVAM, AO MENOS 5 OU 6 DELES, PARALISARAM COM OS OLHOS EM CHAMAS~

Ordem Paranormal: Caçada SangrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora