Só os tolos se apaixonam...

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"Homens sábios dizem que só os tolos se apaixonam

Mas eu não consigo evitar de me apaixonar por você

Devo ficar? Seria um pecado!

Se eu não consigo evitar de me apaixonar por você

Como um rio que corre certamente para o mar

Querido, assim algumas coisas estão destinadas a acontecer

Pegue minha mão, pegue minha vida inteira também

Pois eu não consigo evitar de me apaixonar por você"

(Can't Help Falling In Love - Elvis Presley)

Hermione conseguiu uma bolsa de pesquisa para estudar e desenvolver poções revolucionárias em uma pequena ilha de um país tropical. Ela pediu discrição à diretora Minerva sobre seu paradeiro. Tinha se formado em primeiro lugar em Hogwarts e queria continuar aprimorando o seu talento para poções. A diretora apoiou sem reservas a sua aluna preferida.

Fez uma festinha de despedida para os amigos na casa de Harry. Deixou a caixa-postal do corujal da faculdade bruxa para todos mandarem suas corujas, mas deu apenas o endereço da universidade em que desenvolveria o seu projeto, não o da sua moradia. Todos concluíram que ela ficaria nos dormitórios estudantis, pelo menos no começo.

- Um dia eu vou ser conhecida como uma mestra em poções. Vocês vão ver! - brincou ela.

Os amigos estavam muito felizes por ela. Todos admiravam sua força, sua coragem, sua inteligência.

Ela era realmente a bruxa mais brilhante da geração deles! 

- Sentiremos tanta saudade, Mione. - Harry choramingou.

- Pra quem vou contar as minhas novidades sobre o mundo bruxo??? - Gina brincou.

- Experimenta compartilhar as fofocas com seu irmão, Gina! Ron não admite, mas a-do-ra fofocar.

Eles riram. Muito.

Todos estavam bem, tinham sobrevivido à guerra, seguiam suas vidas.

Hermione fez as pazes com Neville. Ela nunca tirou satisfações com Luna ou com Carlinhos. Decidiram enterrar aquela história de uma vez por todas. 

Ficou até tarde, comendo, bebendo, dançando e rindo com os amigos. Partiu, na manhã seguinte, levando uma pequena mala de roupas, uma gigantesca mochila de livros e o abraço de todos os amigos no coração. 

Pansy passou a noite com ela para se despedir melhor e fez um pedido especial:

- Promete que vai me escrever lá da sua ilha misteriosa?

- Eu prometo!- Hermione a abraçou. Pansy nunca, nunca, nunca diria nada. Mas ela sabia. E Hermione sabia que ela sabia. Os olhares cúmplices das duas eram o suficiente. Como a amiga tão bem lhe ensinou: às vezes é necessário aprender a calar a boca! 

Quando chegou à ilha tropical, depois de resolver as burocracias na universidade em que faria a sua pesquisa, aparatou, numa noite estrelada, numa praia deserta da ilha, bem distante dos grandes centros. 

Ficou emocionada ao ver que o pequeno e charmoso chalé continuava no mesmo lugar de antes.

 - Eu sabia que você um dia me perdoaria. Por isso nunca saí daqui...- ele a esperava na porta, como se tivesse sentido a presença dela.

- É impressionante como você sempre sabe tudo sobre a minha vida! - ela riu e o abraçou. 

Ele a carregou no colo até o quarto. Havia flores espalhadas pela cama. Ele a colocou suavemente no chão e começou a beijá-la. Um beijo lento, doce, gentil. Um beijo de reencontro de almas feridas pela vida, cansadas de tanto sofrimento. 

Tiraram suas roupas devagar. Ele beijou o corpo dela inteiro, sem pressa. Penetrou devagar, sem urgência, como se o tempo tivesse parado apenas para contemplar a união deles. Ele olhava dentro dos olhos dela e comunicava coisas que nunca conseguiu expressar em palavras. Gozaram juntos. O orgasmo foi belo e profundo como um poema. 

Ela se sentia plena e em paz pela primeira vez nada vida. 

- Eu disse pra você que sexo doce também era bom. E eu sempre tenho razão!- ele brincou.

Ela sorriu. 

Tinham tanto a dizer, tanto a explicar. 

Tanto a perdoar. 

Tanto a construir juntos.

Olhou para ele, comovida. Não deveria amá-lo. Mas o amava. 

Quem manda no coração?

FIM.


Obsessão doentiaOnde histórias criam vida. Descubra agora