Ué, mas lutadoras não gostam de heróis! (BNHA - Aizawa)

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Capítulo 22

Precisamos de conversar

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/Aizawa POV/

Aizawa: Nikki...

Nikki: Porque é que estás a mexer nas minhas coisas? - Ela perguntava, aproximando-se de mim. No tom de voz dela era perceptível a raiva. Mas mantive um rosto calmo, não a queria estressar mais.

Aizawa: Eu peço desculpa, mas agora tem umas coisas que eu preciso de conversar contigo, seriamente Nikki. - Nikki engoliu em seco, o corpo dela parecia tenso e sabia que a havia deixado nervosa.

Nikki: Não quero falar contigo agora - Ela falou, eu aproximei-me dela e antes que ela se afasta-se, segurei no braço dela. Não fiz força, nem a puxei. Só queria que ela sentisse que não precisava fugir, nem de se esconder.

Aizawa: Deixa-me falar, por favor. - Ela desviou o olhar e senti o braço dela tremer um pouco. - Tem calma, Nikki, respira fundo

Nikki: Queres falar sobre o quê? - Ela disse depois de respirar fundo. Tirei do bolso a pequena lâmina de metal brilhante que havia tirado da bolsa dela e mostrei-lhe.

Aizawa: Sobre isto e sobre as mensagens que recebes. - Ela olhou para a lâmina e depois desviou o olhar de mim. Olhava fixamente para a parede, provavelmente ansiosa e nervosa. - Nikki, tu usas isto para te auto-mutilares?

...

Ela não me respondeu. Ficou em silêncio, a respiração dela estava tremida e ela continuava fixada no mesmo ponto da parede da minha sala. Sentia um aperto no coração em vê-la assim.

Aizawa: Olha para mim... Respira fundo... Está tudo bem. Eu não estou chateado, nem desiludido contigo, por fazeres isso. Estou preocupado. Apenas. - Senti um alívio ao ver Nikki fazer o que eu lhe dizia. Ela olhou para mim, respirou fundo, e ouvia o que eu dizia atentamente.

Nikki: É que às vezes eu sinto-me tão... tão... mal que... - Ela tentou falar, mas parou, e ficou em silêncio a olhar para mim, sem conseguir se expressar.

Aizawa: Não faz mal, agora já passou. Mas apartir de agora, sempre que sentires necessidade de sentires dor, vem falar comigo. Não é preciso magoares-te. - Nikki concordou com a cabeça, e eu deixei sair um suspiro de alívio. A última fez que tive de lidar com uma situação destas foi com o Midoriya.

Nikki: M-mas..

Aizawa: Sem mas! Tu não mereces nada do que fazes a ti mesma, nem do que fazem a ti. E por falar nisso, aquelas mensagens que recebeste...?

Demorou um pouco para Nikki falar, mas eu respeitei o tempo dela. Sabia que muitas vezes ela demorava para conseguir se expressar, então esperei em silêncio, com ela. Provavelmente passou uns 5 minutos, mas nestas situações o melhor é ser paciente.

Nikki: É a minha madrasta... ela... ela manda muitas vezes... estas mensagens... bem, ela tinha parado mas estes dias ela veio a minha casa e depois isto voltou e...

Aizawa: Porque é que alguém iria ter tamanha paciência para estar a mandar estas mensagens?

Nikki: Ela não trabalha, não precisa porque tem o meu dinheiro, e por isso fica todo dia em casa. Enquanto ela espera que a Kkimu chegue a casa, ela manda-me estas mensagens

Aizawa: Não faz sentido, não faz sentido nenhum. Esta mulher é obsecada, Nikki, doente.

Nikki: Acredita, eu sei. Mas mesmo assim, afeta-me um pouco, no fundo não discordo do que ela diz e isso dá-me raiva de mim mesma.

Aizawa: Não discordas? Eu discordo e muito. Nikki-

Nikki: Eu sei o que vais dizer, okay? Vais dizer que eu não sou nada do que ela diz que sou. E não vai mudar nada. Não me conheces tanto quanto ela, ou eu mesma.

Aizawa: Acredita em mim. É fácil pra ela ofender-te sem razão e é fácil para ti acreditares nela, mas é difícil para mim mentir-te.

Nikki: Como assim?

Aizawa: Nikki, eu gosto muito de ti, e eu tenho muitas razões para gostar de ti. Eu quero que confies em mim. Quero que me leves a sério. - Ela pareceu um pouco surpresa no início mas logo olhou para mim e sorriu em resposta.

Nikki: Para com isso - Ela disse, cruzando os braços mas ainda a sorrir.

Aizawa: Com o que??

Nikki: Para de ser assim, não é justo, eu sou cardíaca homem. -

Aizawa: Nikki...!

Nikki: Mas tá tá, eu também gosto muito de ti e eu prometo que vou-me esforçar, tá?

Aizawa: Muito bem, agora vamos fazer alguma coisa mais divertida para aliviar este clima.