Inquietação ou ameaça?

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Enquanto April e a Senhora Cortez compartilhavam esse momento emocionante, a pequena Isabel entrou na sala, curiosa para ver o que estava acontecendo.

"O que está acontecendo, vovó?" perguntou Isabel, com os olhos brilhando de curiosidade.

A Senhora Cortez sorriu para a pequena menina . "Estamos planejando uma festa especial, querida. Sua mãe e você serão as convidadas de honra!"

Isabel pulou de alegria. "Uau, uma festa! Eu adoro festas, vovó!"

April se aproximou de Isabel e a abraçou com carinho. "Vai ser tão divertido, Isabel. Vamos ter uma festa incrível juntas!"

Isabel sorriu amplamente e abraçou April de volta. "Mal posso esperar!"

April olhou para Isabel com um sorriso suave. "Isabel, você sabe, a Senhora Cortez é minha chefe , mas acho que ela talvez não se sinta confortável sendo chamada de 'vovó'. Talvez seja melhor chamá-la de 'Senhora Cortez'."

Isabel assentiu,  "Tudo bem, mamãe. Vou chamá-la de Senhora Cortez então."

A Senhora Cortez interveio, tocando gentilmente o ombro de Isabel. "Isabel, querida, está tudo bem se quiser me chamar de vovó. Eu adoraria."

Isabel olhou para a Senhora Cortez, seus olhinhos brilhando com alegria. "Sério, vovó? Posso mesmo?"

A Senhora Cortez assentiu, sorrindo ternamente. "Claro, querida. Será um grande prazer para mim."

Isabel lançou um sorriso radiante para a Senhora Cortez. "Então, obrigada, vovó Cortez!"

April e a Senhora Cortez compartilharam um olhar cúmplice

April saiu daquele lugar se despedindo de todos e indo para sala de dança aonde tocava uma música suave

April  estava na sala de dança, imersa em seus próprios movimentos, deixando a música guiar seus passos. Ela dançava sozinha, perdida em seus pensamentos, quando uma lembrança repentina invadiu sua mente.

Era o som suave da voz de sua mãe, ecoando em sua memória. Ela se viu novamente pequena, sentada no colo da mãe, enquanto ela acariciava seu cabelo com ternura. As duas riam juntas, compartilhando um momento de pura alegria e amor.

As lágrimas começaram a se formar nos olhos de April, emocionada pela lembrança tão vívida de sua mãe. Ela parou de dançar por um momento, deixando-se absorver pela doce lembrança. A presença invisível da mãe ainda estava tão presente em seu coração, trazendo conforto e saudade ao mesmo tempo.

Sofia  que estava observando de longe, sentiu seu próprio coração se apertar ao ver a emoção nos olhos de April . Ela se aproximou silenciosamente e colocou uma mão reconfortante em seu ombro.

"Ape, você está bem?", perguntou Sofia  preocupada com a amiga.

April  piscou, afastando-se da lembrança, e forçou um sorriso. "Sim, estou bem. Só estava tendo um momento."

Sofia assentiu compreensiva, sentindo uma onda de compaixão pela amiga.

"Se precisar conversar, estou aqui para você", ofereceu Sofia gentilmente.

Isabel e Frank entraram na sala de dança da April com um entusiasmo contagiante. Isabel começou a dar piruetas leves e graciosas, enquanto Frank, com todo o seu charme desajeitado, começou a dançar a dança do Robô, movendo os braços e as pernas de maneira descoordenada, mas com um sorriso enorme no rosto.

April ficou parada por um momento, perplexa com a cena diante dela. Sua filha e seu pai dançando de forma tão inesperada e hilária era algo que ela nunca imaginou ver.

"O que está acontecendo aqui?", April perguntou, seus olhos indo de Isabel girando elegantemente para Frank fazendo seus movimentos robóticos.

Isabel riu, parando suas piruetas por um momento. "Vovô e eu estávamos apenas nos divertindo um pouco, April. Quisemos entrar no clima da dança!"

Frank parou sua dança do Robô e deu um passo em direção a April, com um brilho travesso nos olhos. "Isso mesmo! Às vezes, você só precisa soltar e se divertir um pouco!"

April não pôde deixar de rir diante da alegria contagiante deles. Embora ainda estivesse um pouco perplexa, ela se viu sorrindo diante da energia positiva de sua filha e seu pai.

"Bem, eu não posso dizer que esperava isso, mas parece divertido!", disse April, juntando-se a eles com alguns movimentos de dança próprios.

A pequena Isabel, com sua inocência infantil, interrompeu a alegre dança com uma observação sincera. "Só falta a vovó aqui, né?", disse ela com um olhar sonhador. "Eu queria tanto que a vovó , quer dizer a senhora Cortez estivesse com a gente."

Frank ficou tenso ao ouvir as palavras da filha e respondeu de forma abrupta: "Isabel, você sabe que não tem avó. Não deveríamos nem ter vindo para Nova York. Deveríamos ter continuado em New Hope."

As palavras duras de Frank deixaram Isabel abalada, e lágrimas começaram a escorrer pelo rostinho dela. April, segurando Isabel nos braços, sentiu o coração apertar ao ver a tristeza da filha.

"Vamos, Isa", disse April suavemente, envolvendo-a com carinho. "Vamos para casa. O seu  vovô precisa esfriar a cabeça um pouco."

Com um olhar preocupado para Frank, April guiou Isabel para fora da sala de dança, deixando Frank para trás para refletir sobre suas palavras e suas ações.

Após chegar no apartamento April conduziu Isabel até o quarto, acalmando-a com um abraço carinhoso antes de deitar-se na cama ao lado dela. Isabel, com seus olhos curiosos, olhou para April e perguntou com inocência: "Mamãe, por que o vovô não gosta da senhora Cortez?"

April suspirou, pensando na melhor forma de responder à pergunta da filha. "Eu não sei ao certo, querida", respondeu com sinceridade. "Mas vou descobrir. Prometo."

Enquanto acariciava os cabelos macios de Isabel até que ela adormecesse, April se viu imersa em pensamentos sobre a reação súbita e intensa de Frank. Por que ele estava tão nervoso? Por que parecia tão ameaçado pela presença da Senhora Cortez em suas vidas? Essas perguntas ecoaram em sua mente enquanto ela tentava encontrar respostas para acalmar não só sua própria curiosidade, mas também a inquietação de sua filha.

Feel The Beat : Minha Pequena IsabelOnde histórias criam vida. Descubra agora