Já se passava dás oito quando encerrei meu dia de trabalho e sai de minha sala após fechar tudo, segui para o elevador vendo minha outra secretária em sua mesa.
- Até amanhã senhora Chankimha - Apenas acenei com um maneio de cabeça e logo estava adentrando as portas de metal.
Ao chegar ao térreo saí do grande prédio indo em direção ao carro que já estava com a porta aberta.
- Boa noite senhora -Maneei a cabeça antes de entrar e logo abri uma das pastas que estava em minhas mãos começando a estudar o caso mais uma vez, já que a audiência seria no dia seguinte.
Quando meu carro foi estacionado em frente a grande casa que agora também era minha, juntei todos os papéis e a porta foi aberta, saí e caminhei em direção a porta, abri e adentrei vendo a assistente de Rebecca vindo em minha direção com algumas pastas nas mãos.
- Boa noite senhora - Maneei a cabeça tirando meu casaco e abrindo a porta do armário para guarda-lo e logo segui para as escadas subindo-as.
O som de risos ecoavam por trás da porta encostada, assim que abri pude ver Rebecca deitada na cama com as gêmeas sobre seu corpo, as três me olharam brevemente e eu segui para o closer começando a me despir, joguei as peças de roupas no cesto de roupas sujas e me cobri com o roupão, separei a roupa do dia seguinte e a de dormir, depois segui para o banheiro, tirei o roupão adentrando o Box e abri a água fechando os olhos.
O som de batidas na porta minutos depois fizeram meus olhos abrirem, acreditei ser Rebecca ela era a única que entrava no banheiro quando eu estava.
- Está aberta - Disse e olhei sobre os ombros quando a porta foi aberta e uma das gêmeas adentrou o banheiro, não consegui distinguir, a vi seguir para o vaso e sentar-se após levantar o vestido.
Fechei a água pegando o sabonete e a bucha passando pelo corpo sem me importar com a figura do outro lado do Box e continuei meu banho, a porta logo foi fechada, terminei meu banho saindo do Box, me cobri com o roupão após me secar e segui para o closet passando pelas três, em poucos minutos estava fora do closet, me direcionei a porta do quarto que ligava o escritório e me sentei em frente a mesa abrindo a pasta que minutos antes estudava e me perdi ali ainda escutando as brincadeiras e conversas vindas do quarto.
Não notei quanto tempo passou, nem quando passou, estava concentrada demais no que fazia para focar em algo que não fosse o trabalho, o som do quarto já era inexistente, parecia que nem mesmo um mosquito qualquer zumbia por lá, suspirei fechando a pasta e olhando as horas, já se passava de meia noite e meia pelo que marcava.
Levantei seguindo para o quarto, Rebecca estava deitada, mas eu não sabia se dormia, o que era o mais provável por conta do horário, guardei a pasta na minha bolsa e segui para a cama me livrando do robe, o deixei de lado e deitei, eu precisava dormir, precisava ganhar a audiência que teria em algumas horas e eu não sossegaria enquanto ela não estivesse ganha, não demorei a dormir, eu realmente estava cansada.
Em poucas horas depois já estava de pé novamente, desci após me arrumar e segui para a sala de jantar vendo a mesa posta, Rebecca assim como as meninas dormiam, então o silêncio reinava na casa.
Me sentei servindo-me com uma xícara de café e comecei a comer a salada de fruta que havia sido posta ali antes mesmo que eu descesse do quarto, olhei para as horas e me levantei limpando os lábios com o guardanapo, saí de casa após pegar meus pertences e vi Rodolf que já me esperava com a porta do carro aberta.
- Bom dia senhora - Maneei a cabeça enquanto colocava meus óculos escuros e adentrava o carro.
Em poucos minutos os bancos estavam cheios de papéis espalhados, haviam algumas fotos por ali também, as usaria no julgamento, só esperava que aquilo não durasse tempo demais e que não me rendesse dores de cabeça, eu realmente não estava afim de tê-la logo no início do dia.
O carro foi parado em frente ao tribunal superior onde vários fotógrafos e jornalistas estavam na frente, seguranças vieram ao meu encontro para me escoltar para dentro do prédio, Rodolf abriu a porta e eu desci após arrumar os óculos no rosto.
- Senhora Chankimha, a senhora acredita que Sean Mccall possa sair livre desse tribunal?
- É verdade que a senhora não tem provas suficientes para incrimina-lo?
- O que tem a dizer sobre o caso? - Apenas os ignorei e continuei meu caminho.
Ao subir as escadas e adentrar o prédio, eu avistei Kade parada a minha espera, ela era minha secretária a anos, além de minha cunhada, a única que eu confiava para o cargo, mesmo tendo uma outra assistente, afinal eu era uma mulher odiada, havia ajudado a colocar os mais perigosos criminosos na cadeia e destruido a carreira de diversos políticos e empresários.
Nenhum me intimidava, havia sofrido alguns atentados quando comecei a fazer o que ninguém tinha coragem, o que me fez colocar as mãos em cada um e eles sabiam que eu só pararia morta e que pioraria caso eu decidisse realmente seguir carreira como juíza.
- Vamos - Disse ao passar por minha cunhada lhe jogando minha pasta, seus passos apressados me seguiram, ela estava praticamente correndo enquanto eu caminhava tranquilamente sob meus scarpins.
Adentrei a sala seguindo para o meu lugar vendo Karla Wolf, minha cliente já sentada, me sentei com ao seu lado arrumando os documentos com a ajuda de Kade e em poucos minutos, Sean junto a Geena, sua advogada estavam na mesa ao lado.
A sala rapidamente encheu-se de pessoas, levantamos quando foi anunciada a chegada de Foster Dunn, o juíz que julgaria o caso e então sentamos, ele abriu a pasta onde o caso estava.
- Está aberta a sessão do caso 1906, caso de Karla Wolf, onde acusa Sean Mccall de violência doméstica e abuso sexual, a defesa da senhora Wolf está com a palavra - Me levantei passando a mão pelo vestido e saí de trás da mesa.
-Chamo o senhor Mccall para depor, meritíssimo.
- Prossiga -Sua voz ecoou e eu sorri de canto olhando para Geena, que os jogos comecem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por conveniência - freenbecky
ФанфикUma única solução para todos os problemas... Ο casamento. Afinal, o que pode dar errado em um contrato? Talvez se apaixonar pela esposa. Por um contrato e uma conveniência... Porque às vezes até o amor precisa de um empurrãozinho.