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- As evidências são claras - Eu dizia tranquilamente com a feição tão neutra que conseguia escutar os pensamentos alheios perguntando-se se eu sentia algum pesar por conta da situação As provas apontam para o senhor Mccall, assim como a sua palavra contradiz tudo o que ele havia dito no início, todos vocês estão de prova - Disse virando-me nos calcanhares e olhando para Sean -Como acreditar em alguém que tem exatamente duas palavras? Que chora e lamenta como se a dor fosse dele e depois deixa escapar que seu desejo carnal é mais importante, iremos deixar alguém que coloca o desejo acima do caracter sair impune?

Toda a sala estava em completo silêncio, olhei para o júri vendo que havia plantado exatamente o que queria em suas mentes, nem mesmo se Sean os tivesse comprado, o que eu sabia que ele provavelmente teria feito, eles deixariam o dinheiro decidir por eles naquele exato momento.

- Sem mais o que dizer meritisimo - Disse vendo-o afirmar e segui para meu lugar, ele também estava submerso em seus pensamentos, o silêncio reinou por alguns segundos.

O júri está dispensado para deliberar Um por um começaram a sair da sala.

Continuei com minha atenção voltada para frente, nem mesmo me importei em olhar para Karla que movia os dedos nervosamente por baixo da mesa me irritando com sucesso.

Mais alguns segundos se passaram e o júri voltou ao seu lugar, um homem calvo que fazia parte dele, entregou um envelope ao policial que o entregou a Foster, o analisei com atenção vendo- o abrir o envelope branco e ler com atenção, notei quando sua respiração ficou pressa por alguns segundos e então seu olhar encontrou o de Sean, voltando-se para mim em segundos, ficando vermelho por ter sido pego, ele sabia que se alterasse aquele resultado, eu descobriria, tinha olhos e ouvidos por todos os lados, seria questão de segundos para saber a verdade e acabar com sua carreira.

-Eu... - Limpou a garganta - Declaro Sean Mccall culpado - Bateu o malhete e saiu as pressas, Geena o procuraria, eu não tinha duvida alguma.

Me ergui tranquilamente pegando minha bolsa e caminhando em direção a pequena porta que me dava passagem para o lado da plateia.

- Talvez na próxima você consiga me vencer em algo, Donato, mas antes desse fato histórico, eu te aconselho a treinar em frente ao espelho - Pisco e saio junto a Karla e Kade.

O carro foi estacionado em frente ao restaurante e eu desci caminhando para dentro do prédio, vi o maitre caminhar em minha direção.

- É um prazer tê-la aqui, senhora Chankimha - Disse com um sorriso largo demais para meu gosto, tirei meus óculos the encarando.

- Minha esposa já está aquí? Perguntei seriamente.

- Sim, eu irei leva-la até lá, siga-me, por favor.

- Eu sei onde a mesa fica, leve-me uma taça de vinho branco, o de sempre.

- Sim senhora Caminhei em direção ao fundo do restaurante, sempre ficava naquela mesa, era a mais reservada do local.

Assim que ultrapassei as portas de correr negras, vi Rebecca sentada distraída com o jardim, me aproximei sentando-me á mesa ao seu lado após beijar-lhe os lábios.

- Chegou a muito tempo?

- Alguns minutos - Disse me olhando, afirmei com um maneio de cabeça abrindo o cardápio - E o julgamento?

- Ganho - Disse, logo o garçom estava ao meu lado deixando minha taça de vinho sobre a mesa -Salada de cogumelos com a carne ao ponto -Eu disse, lhe entreguei o menu pegando minha taça vendo Rebecca fazer o mesmo.

- Frango grelhado com a salada ao molho de laranja Ele afirmou saindo em completo silêncio assim como chegou.

- Temos um evento para ir essa noite, chegarei em casa às sete.

- Não poderei comparecer, tenho um desfile para ir, não deixarei de comparecer aos meus eventos por causa dos seus e você sabe bem disso - Revirei os olhos.

- Como quiser.

- Não me espere acordada.

-Como se eu esperasse.

- Certamente você estará acordada quando eu chegar e certamente irá querer uma transa rápida antes de dormir, certamente não queira a transar por estar cansada após o dia de hoje, mas não importa, só não me espere - Voltei a revirar os olhos, Rebecca era a única que me encarava de frente, outra pessoa não o faria jamais, mas em relação a mim não era diferente, apenas eu era capaz de desafiava-la ou de gritar com ela, de domina-la.

Tinha que admitir que éramos insanas, intensas e insaciáveis, nos dominavámos, mesmo eu odiando ser dominada, mas era bom.

Quando atravessei as portas na mansão era um pouco mais de dez horas, não muito tarde, subi para o quarto e ao adentrar tomei um longo banho, caminhei para o closet colocando um pijama de seda longo com um robe por cima e segui para o escritório para estudar um caso não muito importante, ao menos não no nível que fora o julgamento de Sean Mccall, mas era um caso e eu não perdia a vontade de ganhar, nunca era suficiente.

Sons de batidas na porta me despertaram, suspirei fechando a pasta e olhei as horas, já eram onze e meia, deixei a pasta sobre a mesa.

- Entre - A porta se abriu e a cabeleireira ruiva foi posta para dentro da sala - Sim Cassidy?

- A mamãe vai demorar? - Sua voz era baixa, parecia um pouco assustada.

-Creio que sim, algo de errado?

- Tive um pesadelo - Disse com os olhos lacrimejando, me mantive em silêncio por alguns minutos sem saber como agir, nunca soube como agir com uma criança, elas não faziam parte
da minha vida desde que Heng era uma e isso havia sido a muito tempo atrás. Suspirei me levantando após muito pensar e caminhei em sua direção lhe peguei no colo

sentindo-a me abraçar pelo pescoço e envolver minha cintura com as pernas enquanto deitava a cabeça em meu ombro, saí do escritório fechando a porta após apagar a luz e caminhei escada abaixo com a pequena ruiva nos braços.

Cheguei na cozinha deixando-a sobre o balcão e peguei um pouco de leite esquentando com un pouco de açúcar e canela, então lhe entreguei, vendo-a tomar tudo após alguns minutos encarando a caneca com uma careta.

- Melhor? - Ela afirmou me estendendo os braços enquanto bocejava, voltei a pega-la no colo ao deixar a caneca na pia e ela fez o mesmo de minutos atrás abraçando-me com pernas e braços.

- Você tem cheirinho de chocolate - Murmurou sonolenta, leite com canela, não havia melhor sonífero, mamãe sempre dava pra mim quando pequena.

- Tenho é?

- Uhum - Suspirou - Mamãe tem cheitinho de café com baunilha, eu gosto do cheirinho dela, é simplesmente espetacular - Novamente um bocejo - Você gosta?

- É um bom cheiro - Disse adentrando seu quarto vendo Caroline em um sono pesado a deitei na cama e ela bateu a mão para que eu fizesse o mesmo, então eu apenas fiz.

- Você a ama?

- Isso não é um assunto para crianças.

- Quando eu crescer, nós podemos falar sobre isso?

- Pensarei sobre isso -Ela afirmou aninhando-se ao meu corpo e me abraçando pela cintura sem me deixar escolha a não ser permanecer aonde estava, a encarei por um tempo e nem mesmo me dei conta de quando peguei no sono.

Por conveniência - freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora