Algumas rápidas palavras antes de começarmos.
Olá a todes! Alguns podem já terem visto comentários meus em algumas das incríveis fanfics Narol que há aqui! Antes de a novela acabar que estava querendo escrever - tenho mais 2 rascunhos - mas a vida foi acontecendo e acabou que hoje eu topei com 2 tweets maravilhosos da Tata (eitavoleifa) em que ela deu a ideia de um beijo Narol depois da discussão das duas no casamento do Pedro e da Taís, e em outro comentando a mesma cena, ela falou sobre a Natália sumir e levar uns meses fora.
https://x.com/eitavoleifa/status/1793707112595648546
https://x.com/eitavoleifa/status/1793707112595648546
Pois bem, eu acabei tendo a ideia de juntar essas duas ideias. Não vai ser algo longo, no meu planejamento, diria que esse prólogo e mais 3 capítulos. Não garanto dia e hora de atualizações. De toda forma, espero que gostem. Capa feita por euzinha mesma (foto do background da capa: também minha).
Título é um trecho do refrão de Sleepless, música da banda nacional e autoral de metal, AllenKey.Prólogo
Certain as the sun
rising in the east
(certo como o sol
nascendo no leste)
Beauty and the best - Céline Dion
O sol começava a se pôr no horizonte, o céu tingindo de um laranja quase carmim, alguns tons de azul e lilás. O mar tão claro e calmo, poderia ser facilmente um espelho. As gaivotas riscavam o céu, mergulhavam e levantavam voo novamente e Natália estende sua câmera - a digital - para capturar e eternizar o momento.
De onde está consegue observar, à sua esquerda a praia cheia: pessoas solitárias, famílias, grupos de amigos, todos haviam se encaminhado para apreciar um dos momentos mais aguardados por todo e qualquer turista que colocava os pés no que já fora, em um passado não tão distante, apenas uma pequena vila de pescadores.
Do alto da pedra do lado esquerdo, não era capaz de ouvir o barulho das pessoas lá embaixo e agradecia por isso. Prestava atenção no som dos pássaros, e das ondas quebrando. Talvez, assim, calasse um pouco seus pensamentos. Ou diminuísse o volume. O quer que fosse possível no momento. Queria apenas aproveitar esse momento como qualquer outra pessoa que ali estava.
E enquanto, muitos estavam ali por apenas alguns dias, já faziam alguns meses que Natália Cardoso chamava Arraial do Cabo, na região dos lagos do Rio de Janeiro, de casa. Após o primeiro mês, passara a evitar os pontos turísticos por estarem cheios, e por vezes, por isso, também buscava outras atividades que não a levassem até a Praia Grande para assistir o pôr do sol, apenas para evitar pessoas. "Acho as pessoas chatíssimas" ouvira-se dizer há não muito tempo para aquela que era grande parte do motivo de se esconder na cidade costeira.
E esse era outro motivo pelo qual evitava a Praia Grande e o pôr do sol. Contemplar o sol sumir por detrás do Atlântico tão azul, inevitavelmente lembra-a de Ana Carolina. E não porque o oceano a lembrava dos olhos de sua amiga - não, os olhos da cientista eram de um verde que fazia-na pensar em florestas e pedras preciosas - mas, sim, pela constância da ação. O sol sempre iria se pôr naquela praia, assim como sempre nasceria na Praia dos Anjos, e não importa as condições do clima. Mesmo em um dia de muitas nuvens, tempestades, mesmo que nenhum ser vivo presenciasse, continuaria acontecendo até o fim dos tempos.
Assim como o amor de Natália por Ana Carolina.