" Dois loucos perdendo a sanidade que lhes restam"

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Pedrux fez suas anotações diárias, já não tinha mais o que fazer desde que o coelho dourado foi preso. Só coisas sobre o prefeito e tals. O que para si, não era divertido.

A melhor parte do dia era ver o Ex discípulo o olhando como se fosse louco enquanto falava como seu dia foi supérfluo.

Sua rotina era resumida em 4 coisas, acordar se tiver dormido. Estudar seus experimentos, pegar o jornal e ir falar com o prisioneiro. As vezes ele almoçava, as vezes esquecia de almoçar e jantar e se bobear ele esquecia dos dois e ainda esquecia de dormir pois ficava trancado estudando.

“Execução do projeto da brotheragem... blá blá bla. dessa vez nada de interessante. Antes era mais fácil ter notícias!” lamentou Pedrux voltando a caminhada até a beirada.

Como sempre fez, pegou seu barquinho de madeira e foi em direção a prisão de segurança máxima. Mas sinceramente, aquele lugar tinha a pior segurança possível. Talvez devesse pedir ajuda para Eokor, aí ele poderia falar com Danrique e poderia fazer algo realmente impossível de escapar! Mas sinceramente, acho que Eokor e Danrique não são fãs dos irmãos ametistas.

De qualquer maneira, ao entrar naquele lugar você sente uma pulga atrás da espinha que pede para virar de costas e nunca mais voltar. Mas, não é nem por causa dos outros presidiários. Pois não acho que uma tartaruga realmente dá medo.

E o motivo é óbvio, aquele homem capcioso sempre fica te observando! Tenho semi certeza que ele sabe escapar prontamente. “Devo pedir logo a automatização desse lugar.” pensou.

Cerrou os punhos, deu uma leve mordida no lábio inferior e finalmente olhou cara a cara com o homem.

Estava de costas, certamente sabia de sua presença ali. Mas não se importava, ele não pararia de brincar com suas mãos.

Seus movimentos eram leves com elas, era como se tivesse conduzindo uma ópera tradicional. Pedrux estava apenas vendo suas mãos indo de um lado ao outro graciosamente. “Eu soube que você era desenhista... Quer tanto desenhar que está desenhando com as mãos?” assim que dito, o movimento gracioso foi parado. O homem finalmente deu as caras para o cientista.

Rapidamente o mesmo ajustou a coluna cerrou os punhos e deu um passo a frente. “Estou correto?"

“Sim, talvez, quem sabe?” Pedrux demonstrou felicidade absurda. Talvez entender um louco seja melhor do que terminar uma pesquisa.

“Você está pálido, parece mais magro... A quanto tempo não come?” jazzghost não parecia se importar com a pergunta, deu de ombros. “Como irei saber, não há um relógio aqui. No tem como ver o céu ficar escuro também.” pedrux ficou enfurecido, como não sabia quanto tempo estava ali? O Foka não avisa que horas são ao presidiários? Isso é um absurdo!

“Está aqui a uma semana...”
“Pois então, não como a uma semana.”

Cerrou os dentes, e franziu a sobrancelha. “Você tá louco!? Assim não sobreviverá!” Jazz olhou bem no fundo de sua alma, como se tivesse sendo consumido vivo. Jazz por outro lado alvíssaras ao escutar aquilo. “Eu sou um.” Pedrux cruzou os braços e olhou para o teto como se nem quisesse escutar. “E você?”

“Me perguntou se estou com fome, ou se sou louco?” deu uma gargalhada, mesmo tendo dúvida na questão. “Se estás com fome. Pois se és louco eu já sei a resposta.” inflou suas bochechas “Ando comendo bem” disse em um tom um pouco mais alto que o normal.

" Pior das torturas " - RepostOnde histórias criam vida. Descubra agora