Capítulo 43

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Duas semanas era o tempo em que eu ficaria longe da minha garota

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Duas semanas era o tempo em que eu ficaria longe da minha garota.

Isso, porque o aniversário da Luana estava próximo e fui convidado para a festa. Mas a minha maior preocupação era ela. A pequena borboleta.

Se tornou uma rotina dormir e acordar com a minha garota em braços. Sentiria falta do seu toque suave pela manhã, os beijos doces e os meus sorrisos lindos. Eu sentiria falta dos nossos banhos e toda a intimidade que tínhamos construindo.

A verdade é que, ficar sem a presença dela era uma grande tortura. Sufocante. Como se uma parte minha faltasse, e detestava esta sensação.

Eu a queria 24h ao meu lado.

Ninguém disse que seria fácil, mas ter uma relação à distância era horrível. A saudade apertava o peito, fazia cada dia parecer uma década, e as horas em ligações, apenas segundos.

Não era suficiente. Vê-la pelo celular, o tempo curto em que nos falávamos. Eu estava viciado naquela garota, precisava do seu abraço, da sua companhia, dos nossos momentos. Precisava dela, simples assim.

Bufando em frustração, rodei em minha cadeira, tentando não ficar tão ansioso, mas saber que tinha um voo marcado para daqui duas horas fazia o meu foco sumir e uma onda de adrenalina consumir o meu corpo.

Era o efeito que a falta da minha pequena causava em mim.

No entanto, havia fotos a serem editadas, e elas não fariam o trabalho sozinhas. Nicolas pareceu farejar a minha inquietação, pois cruzou a porta da minha sala com um sorriso imenso em sua boca, aquele cheio de provocações.

Meus olhos se reviraram e apertei a ponte do nariz, tentado a colocá-lo para fora.

Era uma droga ter uma pessoa que te conhecia muito bem, e, agora, que sabia dos meus sentimentos pela pequena borboleta, meu melhor amigo fazia questão de ficar me irritando com suas piadinhas.

— Algum problema? — indaguei, minha sobrancelha se arqueando no processo.

Nicolas cruzou os braços e ficou apenas me encarando. Ergui a outra sobrancelha, não entendendo o seu comportamento.

— Trago boas notícias — disse em seguida, uma centelha de divertimento brilhava em sua face.

— E seria?

— O seu voo foi adiantado, maninho. Vamos, a sua garota está te esperando.

Travei por breves minutos, suas palavras deixaram-me sem reação.

Como assim adiantado?

— Se for uma brincadeira sua, Nicolas...

— Não é — me interrompeu. — Agora, anda, não posso resolver tudo por você.

O convencido sempre dizia isso, porém se eu precisasse de algo, era o primeiro a vir ao meu socorro.

Que ele não ouvisse da minha boca..., mas não poderia mesmo viver sem sua presença. E não digo apenas por toda a ajuda que me dá, Nicolas é um irmão, ele vibra as minhas conquistas, puxa a minha orelha quando faço besteira, me irrita a maior parte do tempo e tem um ego gigante. Ainda assim, este enxerido é o cara mais destemido e leal que eu conheço.

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