Capítulo 44

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Pedro estava aqui

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Pedro estava aqui.

Depois de duas semanas longe, tendo que vê-lo por vídeo chamada, o meu anjo finalmente estava comigo.

Podia não ter muita noção de como seria o meu futuro, mas de uma coisa tinha certeza. Eu quero este homem em minha vida, todos os dias. Quero as nossas manias e costumes. O quero por inteiro.

— Estou me sentindo fraca, acho que preciso comer — sussurrei, saindo de seu abraço para fitá-lo.

Nós havíamos acabado de ter um sexo incrível, o meu corpo ainda flutuava, em completa plenitude e êxtase. Eu me sentia leve, com um sorriso bobo em lábios e uma sensação transbordante em meu peito.

Pedro segurou as minhas bochechas, os olhos brilhavam, cheios de um amor que se tornava palpável a cada novo dia. E sempre que as palavras estavam na ponta da minha língua, alguma coisa me fazia voltar atrás.

— Vamos te alimentar então, meu amor — Sua boca pousou em meu nariz. O gesto aqueceu o meu corpo, como sempre acontecia.

— Gosto quando me chama assim.

O anjo riu, suas írises se fixando nas minhas profundamente, fizeram a minha pele toda se arrepiar.

— Eu poderia inventar uma desculpa qualquer e fugir disso, mas não quero, Tati — começou, acariciando o meu rosto. — Não quero fingir que não sofro com a nossa distância, ou parecer feliz toda vez que eu penso em como, em um instante, vou perder tudo isso que estamos construindo — sua voz carregava um tom cansado. — Não quero fingir que não acessou o meu coração e trouxe à tona meus sonhos ocultos... — suspirou, dessa vez, me olhando com devoção. — Estou dizendo tudo isso para que saiba que te chamar de amor expressa apenas uma fração do que eu realmente sinto. Você é o azul que traz vida a cada parte cinzenta dentro de mim, é a borboleta que enfeita o meu jardim vazio. É a sereia que me envolve com seu canto e me fascina. Você é bem mais do que eu mereço, pequena, e eu seria um grande idiota se não te amasse — lágrimas encheram os meus olhos, ele sorriu lindamente. — Porque é isso o que te chamar de amor significa. Eu encontrei o meu lar e descobri que ele é o lugar mais perfeito e aconchegante. Encontrei você, Tati, e não quero que saia da minha vida. Não quero que me deixe, mesmo sabendo que é o certo a se fazer, porque eu não te mereço. Nunca merecerei.

Primeiro, eu chorei, sem conseguir acreditar que aquela confissão era real. Depois, me joguei em seus braços e o apertei com força, sabendo que também havia encontrado o meu lar. O meu porto seguro.

E quando voltei a olhá-lo, com um sorriso imenso em meus lábios, sabia que nada mais importava. A distância ou toda a saudade. Nada. Apenas nós dois, a confirmação de nossos sentimentos.

— Você apareceu na minha vida tão de repente, anjo, e foi a minha direção quando deixei de acreditar em mim. Você foi o meu abrigo e o amigo mais incrível que se pode pedir a Deus. — Foi a minha vez de segurar seu rosto. — Mas além de tudo isso, você foi um namorado de verdade. Fez da sua missão cumprir todos os itens da minha lista e roubar o meu coração para si, pois desde o princípio percebeu que eu merecia um oceano. Eu o encontrei, anjo. Finalmente o encontrei — mais lágrimas vazaram por minha bochecha. — É você o meu oceano, a minha outra metade, o arco-íris após a tempestade. Você é tudo, Pedro, e eu também seria idiota se não te amasse. Seria idiota se o perdesse para uma pessoa que nunca valeu a pena lutar, então não diga que não merece. — Arrastei os dedos em seu rosto. — Cada sorriso e cada plano meu o envolvem. Cada segundo do meu dia e todos os meus sonhos te pertencem. Eu quero que sejamos para sempre, quero te olhar daqui a dois meses e me sentir feliz porque não acabou, Pedro. Nós nos pertencemos e, além do nosso amor, essa é a maior certeza que temos. Como não seria digno disso, se tudo aconteceu por mérito seu?

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