O Fim da Estrada

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A estrada continua como se ele tivesse correndo em círculos. O fim nunca chega. Lágrimas correm pelo seu rosto assim como ele corre esperando se encontrar, afinal quem é ele?

Ji-hoon.

Como um sopro em resposta a sua pergunta, seu nome é dito.

Ele para, os cabelos colados em seu rosto, misturado a suor e lágrimas. Suas pernas ardem como efeito da corrida, então se senta esperando ser encontrado por aquela voz.

— Você já chegou no fim da estrada, Ji-hoon. - ele ergue os olhos e encontra o olhar gentil da Doutora Eun-ji.

Ji-hoon acorda assustado, aquele sonho parecia tão real, como se ele tivesse em coma novamente.

— O que houve? - Eun-ji acordou com o sobressalto de Ji-hoon. — Teve um pesadelo?

Ji-hoon leva alguns segundos para responder enquanto processa o sonho, Eun-ji acaricia suas costas enquanto espera a resposta.

— Acho que não foi um pesadelo. - ele diz finalmente — Acho que era alguma memória inconsciente de quando eu estava em coma.

...

— Quem sou eu? - a risada de Lee Sun ecoa pelo recinto. — Eu sempre fui eu, eu sempre fui o amigo que estaria em todos os momentos por você. Eu só queria que você me amasse como eu amei você.

— Isso não justifica nada, Lee Sun. Nada disso.

Da-yun saiu pelo cômodo tirando todos as fotos que tinha pela casa, ela nem sequer acreditava que ele tinha um outro apartamento para guardar aquelas coisas.

Lee Sun se sentou no apoio do sofá, tudo já estava perdido, a estrada dele havia acabado e a única chance que ele achava que um dia teria, tinha ido pelo ralo. Nada mais importava para ele. Ele tinha perdido novamente.

Enquanto vasculhava o apartamento Da-yun sentia seu corpo se arrepiar, todo aquele tempo ela estava sendo observada. A ruiva entrou em um quarto onde tinha um computador ligado a sistema de câmeras de segurança, e as imagens vinha de uma casa em frente a casa da diretora. A rua estava deserta exceto por uma SUV preta. Jin.

Ela colocou a mão nos bolsos a procura do telefone, mas não estava com ela, havia deixado na varanda. Ela sentiu um breve desespero tomar conta de si, Jin de alguma forma estava certo.

Quando se deu conta o computador estava no chão, com todos os outros aparelhos que ela havia derrubado da mesa. Ela queria gritar e chorar, mas a raiva que tinha de Lee Sun era maior.

Ela voltou para a pequena sala. Lee Sun encarava as próprias mãos.

— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO? - ela bateu nele que não tinha reação alguma — O QUANTO VOCÊ VASCULHOU MINHA VIDA... MINHA... VOCÊ É DOENTE LEE SUN.

Ele apenas riu e se levantou olhando nos olhos da ruiva.

— Eu não sou um psicopata Da-yun, mas te dou o direito de pensar assim. Eu nunca pensei dessa forma, quer dizer na minha cabeça eu queria cuidar de você e te proteger. E para mim estava tudo bem lidar com a rejeição, quer dizer você nunca saberia por escolha minha, então não era culpa sua. Mas então Jin chegou, e tudo se tornou um inferno na minha cabeça, eu estava perdendo você...

— Você nunca me teve, Lee Sun. - ela respirou fundo — Na verdade você tinha meu amor e minha admiração, mas agora só consigo sentir pena e repulsa.

Aquelas palavras caíram como pedra no coração do homem, mas de fato, o que mais ela poderia sentir?

Nunca seria ele. Mas também nunca seria Seokjin.

Através dos seus olhos [ Kim Seokjin ]Onde histórias criam vida. Descubra agora