Cabeça de bode

Capítulo sem título

No bairro onde vivo existe uma lenda de que durante a noite, uma criatura humanoide ronda uma casa abandonada numa mata aqui perto.

As pessoas de cá odeiam tanto aquela casa que mal falam dela, só costumam abrir exceções para novos moradores ou pessoas que cá venham passar um tempo para que tenham cuidado.

Eu nunca acreditei nestas coisas sobrenaturais nem criaturas estranhas então até fui eu que me voluntariei para ir lá de vez em quando cortar as ervas para não atrair muitos bichos, porem, ontem tudo mudou.

Aconteceu um imprevisto e eu tive de sair de casa durante a noite, o que é de loucos para a maioria das pessoas aqui devido a criatura, mas não tinha mesmo como evitar.

Enquanto seguia o caminho normal apercebi-me de que não ia chegar onde eu precisava a horas então decidi cortar caminho pela estrada mais perto da casa, a medida que me ia aproximando da casa o clima ficava mais estranho, um clima pesado e uma aragem mais fria do que o que costuma estar nesta altura.

Estava a sentir arrepios por todo o meu corpo, mas quando me afastei um pouco mais começou tudo a voltar mais ou menos ao normal então tentei ignorar o máximo que pude.

Acabei o que tinha a fazer e rapidamente voltei para casa pelo mesmo caminho para ser mais rápido, ao me aproximar novamente da casa os arrepios e as sensações estranhas voltaram, mas desta vez mais fortes, parecia que estava a ser observada.

Quando olhei para o lado vi uma sombra a janela, queria seguir caminho, mas a curiosidade foi mais forte então parei o carro perto da mata e fui ver o que era, aproximei me mais, agora a pé, e a sombra tinha desaparecido então fui dar uma olhadela lá dentro.

A porta estava trancada, mas já era bastante velha e a madeira estava completamente podre então foi fácil de a arrombar com pontapés, eu entrei, era uma salinha minúscula completamente vazia e escura com uma porta de cada lado, uma delas estava fechada, fui entrando mais e subitamente uma luz vermelha da porta da direita que estava aberta.

A cada passo que dou em direção a luz sinto um calor estranho a ficar cada vez mais forte, quando cheguei a porta havia um corpo sem cabeça coberto de sangue dentro de um pentagrama rodeado de velas que iluminavam aquela cena, em frente lá estava ele, um corpo humanoide com uma cabeça de bode, a segurar a cabeça da vítima no ar enquanto dizia umas palavras bem estranhas.

Quando vi aquilo comecei a correr o mais rápido que consegui para o carro e saí dali sem exitar.

Lembro-me das imagens daquilo que vi como se tivesse sido hoje e eu nunca mais irei passar ali na minha vida.