O CORDEIRO || 16 ||

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Ao abrir meus olhos eu tomo um susto dos grandes ao ver que estava em um quarto enorme em cima de uma cama enorme, o quarto parecia um compartimento de um castelo, era enorme e fiquei repetindo para várias vezes a mesma palavra  "não não não", me levantei da cama e me olhei no espelho estava com uma camisola de tecido refinado com suas bordas de renda então caminhei até a enorme janela que ainda estava fechada mais as cortinas estavam abertas.

Ao me aproximar vejo ele ali em baixo com aquele pose de sempre, seus braços cruzados altura do peito, com suas mangas arregaçadas na altura do cotovelo, e aquelas tatuagens estranhas cobrindo sua pele, e sua calça preta social com aqueles cabelos loiros tão sedosos e brilhante e aqueles lábios que se curvarem em um lindo sorriso e porra porque ele tem que ser tão gostoso talvez se fosse feio seria mais fácil de odiá-lo.

E então a cena que não queria lembrar vem na minha cabeça, nós dois dentro daquele carro, suas expressões de prazer, suas ordem , sua língua, seu beijo, fecho os olhos tocando suavemente os meus lábios ainda podendo sentir o gosto e sabor do seu beijo querendo muito outra vez balancei minha cabeça fugindo daqueles pensamentos tentadores que fui fraca em cair, não posso deixar que ele tenha tamanha intimidade de novo.

Tirei aquela camisola colocando uma calça jeans e uma blusa preta de alças finas e fiz um rabo de cavalo e desci para sair desse lugar porque nem morta vou ficar aqui nessa casa junto com ele.

— Indo à algum lugar bruxinha ? — Aquela maldita voz me fez para no meio do corredor que levava as portas do fundo, apertei forte meu punho e me vireo ficando um sorriso para ele .

— Porque? Vai me jogar numa grade de novo ? — Ele rir um riso debochando de mim se como estivesse sendo uma tola em dizer isso na sua cara .

Ele caminha em minha direção com passos calmos e em segundos ele estava atrás de mim colocando meu cabelo de lado e podia sentir seu hálito quente contra minha pele me deixando como um furacão por dentro.

— Até que não seria uma má  ideia — Ele sussura no meu ouvido e aquela voz grave e rouca me faz arrepiar dos pés a cabeça, viro minha cabeça para poder olhar para ele, nossos lábios tão perto que sentia a ponta deles contra os meus e seus olhos cinzentos se encontravam com os meus e logo desciam para nossa boca e tudo ao redor parou ficando apenas eu e ele onde só podíamos ouvir nossa respiração ofegante.

Sua mão desceu por minha clavícula até parar em cima do meu peito e molhei os lábios tentando mostrar confiança.

— Seu coração está acelerado, eu posso ouvir ele quase saltando para fora, assim como sua respiração que não regula isso é uma tentação para um vampiro não acha ? .

— Eu tomo verbena vai precisar mais que isso pra conseguir minha morte .

— Eu posso conseguir te deixar ainda mais  ofegante bruxinha — Ele diz isso e se afasta se sentando na sua cadeira como um rei e não aguentei vê-lo se achar superior e que pode me diminuir ou me intimidar por mais que ultimamente ele tenha me feito sentir coisas estranhas mais não vou ficar fraca ou vulnerável na sua frente.

Peguei minha faca que senta anda comigo colada na minha cabeça por debaixo da minha calça e jogo na sua direção mais o desgraçado pega antes que enfie no seu olho e sorrir sem humor e minha raiva só cresce.

— Pensei que depois de ontem essa rivalidade idiota tinha acabado .

— Um dia de transa e já acha que somos amigos? Como consegue ser tão ingênuo rei ? — Sorrir e andei em sua direção e peguei a faca pelo cabo e deslizei propositadamente meus dedos pelos seus e pisquei para ele me afastando.

O Mundo Sombrio de AdeleOnde histórias criam vida. Descubra agora