A vida é um sopro, e eu sou a vela

Ruas vazias, mas cheias de memórias

Um rapaz anda pelas ruas, com sua linda garota ao lado dando boas risadas contando piadas de baixo nível e de um humor duvidoso saído de plataformas de internet, tudo estava ocorrendo bem naquela noite e Alex estava contente que não havia mais nenhuma preocupação naquele momento, a não ser apenas deixá-la tão alegre e feliz com o tempo de qualidade que estara passando naquela noite. Um momento eles foram para um restaurante para jantar com Júlia que termina de comer a comida que consistia em alimentos leves para a sua dieta e ele comia apenas alimentos de muita proteína para seu processo de malhar e ter um corpo forte e saudável. Júlia coloca os talheres em cima dos pratos e coloca a mãos juntas em cima da outra e diz:

- Alex, precisamos conversar - Ela olha para baixo um pouco desapontada no que irá dizer

- Pois diga meu amor! - Ele contente e não percebendo o olhar triste dela

- Eu terei que me mudar para outra cidade, depois de amanhã... - Alex, como é deficiente auditivo, não escutou direito e pediu para repetir - Eu vou me mudar depois de amanhã, meu amor...

- M-mas - Suas mãos começam a ficar molhadas de suor - E a gente?! - As mãos começam a ficar trêmulas e tenta chegar perto dos dela - O que vamos fazer?!

Júlia olha em seus olhos, mas Alex não olha para os seus, ela então entendeu que aquilo seria melhor para ambos pois ele não conseguia entender o que significava aquilo, então ela não deixa ele tocar em suas mãos e afasta um pouco:

- A gente precisa se separar, isso não está dando mais certo desde que você começou a agir assim - Ela encara a situação com a coragem que resta

- AGIR COMO? - Ele então começa a levantar um pouco da voz para ela, ela então levanta e pega em seus braços e leva para fora

A noite, se passou, resumiu em uma briga entre eles e muitos desentendimento a parte e muitos erros do passado que ambos cometeram, Júlia pede um Uber para casa pois estava ficando tarde e a casa de Alex era perto, então era só andar um pouco que já estaria em sua residência. Alex chegou em casa e sua mãe o pergunta como foi com a namorada, e recebe um silêncio como resposta e a mãe não resolve ir atrás dele, pois resolve dar espaço para o filho ir em seu quarto e o padrasto entra em uma conversa com ela sobre um assunto que não tinha coerência com o momento dele mas que era para apenas passar tempo e ignorar o filho dela.
Ele vai ao quarto, deita na cama e começa a sentir a agonia de uma perda, de um sentimento de luto que sempre existiu em sua carne, suas lágrimas caem, ele abraçava seu travesseiro como se ela estivesse ali, era como se não aguentasse a dor que sentia naquele momento e então sentindo cada gosto do seus erros que cometeu no passado, não só com ela, e se contorcendo de raiva, tristeza, incompreensão, nasce dúvidas em sua cabeça, neblinas surgem ao redor de seus pensamentos como se privasse de entender a lógica e resposta que estava sempre lá, um corpo vazio naquele quarto mas na sua cabeça tinha memórias que não haviam sido enterradas junto com o corpo.

Alex desenvolveu depressão naquela noite.