The Archer

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Olá, boa noite, minhas leitoras e leitores, hoje os avisos serão curtos, estou muito feliz pela estória ter alcançado mais de 2k de visualizações e ter atingido mais de 150 votos. Espero que vocês continuem comigo e não desistam de mim. E por favor  se estiverem gostando ou tiver alguma critica construtiva deixe seu comentário, por favor. 

Playlist da Fanfic vou postar o link nos avisos do wattpadd

Agradecer à minha coautora querida Jaqueline (@fearntjihyo), que me ajuda a elaborar o roteiro e revisar os capítulos. Por favor, comentem, reclamem, deixem suas sugestões e o votinho também lá no final do Cap, por favor.

À disposição no twitter @Stupid_TB Boa leitura!!!

LAÇOS DE ANGÚSTIA

POV FREEN

— Saia daqui! — ordenou. — Eu vou acioná-la judicialmente por isso. Você vai pagar pelo que fez.

A dor e o desespero que senti ao ouvir aquelas palavras foram esmagadoras. Queria explicar, queria pedir perdão, mas não havia espaço para isso. O médico interveio, tentando acalmar aquele senhor, lembrando-o que estávamos em um hospital e que sua filha precisava de cuidados intensivos. Mas as palavras do médico eram apenas um ruído distante para mim enquanto saía do quarto devastada.

Ao cruzar a porta, lancei um último olhar para Rebecca. Seus olhos, inundados de súplica e tristeza, encontraram os meus. Uma parte de mim ansiava por voltar correndo, segurar suas mãos e assegurar que, de alguma forma, tudo se resolveria. Mas estava paralisada; a angústia e a culpa me consumiam tanto que me sentia desmoronar por dentro. O corredor do hospital estendia-se à minha frente como um abismo sem fim, e cada passo que eu dava parecia carregar o peso do mundo.

Eu precisava voltar, precisava estar ao lado dela para explicar, para que ela ouvisse a minha versão dos fatos, para entender como tudo se desenrolou até aquele fatídico momento. Queria que ela soubesse que, apesar das circunstâncias terríveis, nunca foi minha intenção causar-lhe mal. A necessidade de me expressar, de tentar remediar o irremediável, era uma chama que ardia em meu peito, mas eu estava presa em minha própria inércia, incapaz de agir conforme meu coração desejava.

Desmoronei no primeiro banco que vi à minha frente, incapaz de conter as lágrimas que agora escorriam sem controle. Às últimas horas foram um redemoinho de sentimentos conflitantes, uma sequência desenfreada de culpa, medo e uma tênue esperança. Eu havia me tornado a protagonista de um acidente horrível, ferindo alguém que ansiava tanto encontrar e havia passado pela minha vida apenas uma vez. Observar a dor refletida nos olhos dela, perceber seu anseio por respostas e alívio, enquanto eu permanecia impotente, era mais do que eu podia suportar. Com os olhos fechados, busquei em vão por alguma força interior, mas só encontrei um vazio avassalador.

Por que o destino teve que ser tão cruel, colocando-nos frente a frente em uma situação tão terrível? Aquela mulher desconhecida que eu tinha visto apenas uma vez e que agora tinha um nome, Rebecca, a garota da chuva, estava ali, ferida por minha causa. A culpa me consumia, cada pensamento era um tormento.

E se ela tivesse morrido? O que eu faria? Como eu viveria com isso? As perguntas se repetiam incessantemente na minha mente, cada uma mais dolorosa do que a anterior. Eu me martirizava a todo momento, imaginando os piores cenários, sentindo o peso da responsabilidade pelo que aconteceu.

Olhei ao redor tentando encontrar algum alívio, mas o vazio apenas intensificava a solidão que eu sentia. Cada detalhe do hospital, cada rosto desconhecido, tudo parecia uma lembrança constante do que eu tinha causado. As lágrimas continuavam a cair, e eu me perguntava se algum dia poderia me perdoar.

Midnight RainOnde histórias criam vida. Descubra agora