Capitulo 167.

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Votem e comentem, conto com vocês!!
Paola.

Confesso que eu estava um pouco tensa, né? Sei lá, tô com uma sensação estranha, mas não quero bater cabeça com isso agora...

Sinceramente, só quero ter paz, cara. Voltei com o bofe pra isso, por amor, pra viver uma vida com ele e com nosso filho. Mesmo no meio disso tudo, pô. No meio do crime, baile, favela. Coisa que não é o que de fato eu queria para o meu futuro. Mas tô aqui, por amor.

Bofe pediu um combo de gin pra mim, só que eu tava sem vontade de beber real. Só fiquei tirando foto, gravando uns stories que no final eu nem vou postar, rsrs.

Chegou uns dois casais, que o Nicolas falou que eram de outra favela. Me apresentou as mulheres e tudo, pô. No início, eu fiquei meio assim né? Sabe como eu sou... Mas depois até gostei delas, me trataram super bem.

Eram do PPG, irmãs e casadas com os bandido lá amigos do NC. Uma era bem novinha, disse que tinha dezenove e a outra da mesma facha etária do que eu.

Luana: Cara, amei teu look. Papo reto... Bem diferente do que se ver por aí.

Paola: Aí, obrigado!

Yslane: Vou te seguir no insta, quero mudar meu estilo. LBM já saiu de moda né? Cansei... Se sacudir uma árvore lá na favela cai dez com a mesma roupa do que eu.

Cara, não aguentei... Essa Yslane é terrível, mona fala abeça e o pior que é achei ela super engraçada né? Disse que tava com saudades de vim na Penha, que já foi casada com um bofe daqui e tudo. Ahh, ri demais com ela.

Mas elas estavam certas, eu odiei me vestir igual a todo mundo. Sou chatíssima com essas coisas, sabe? Por isso prefiro ir no shopping compra, ou até mandar fazer minhas roupas pois se eu me bate com alguém que se vestia igual a mim, fico pra morrer.

Pagode começou, Nicolas já grudou em mim né? Eu nem tava com muita graça pra ele não, papo reto, esse bofe me estressa muito! Mas o pior é que sou doidinha por ele, vai tomar no cú!

Me pegou por trás e ficou cantando no meu ouvido. Dizendo que me amava, que eu era o amor da vida dele e aquele papo de sempre. Maior sete um, cara. Não sei se acredito, só sei que amo ouvir isso.

Farrat: Te amo, filha da puta! — apertou meu pescoço.— Faço tudo por você!

Paola: Faz, é? — encarei ele.

Farrat: Faço, pô! Por tu eu mato e morro preta, tu sabe disso... Capaz de fazer qualquer bagulho pra te ver feliz. Papo é esse, sem curva.

Sinceramente, eu não sei o pq essas palavras não estavam me dando segurança. Sei lá, provavelmente seja algo sobre mim, ou eu esteja sentindo que no fundo não estava tudo tão bem como eu achei que estaria depois que a gente voltasse.

Ficamos ali, no maior love do mundo até o funk voltar. Aí deu mais ânimo de beber, e aproveitei que as monas estavam comigo e curtimos juntas.

Camarote tinha só os bandidos e as esposas, ninguém a mais. Eles não aceitaram nem amiga de ninguém, só as fiéis mesmo, sabe????

Gravei muito, papo reto! Álcool subiu pra mente maneiro, pô. Coisa de filme, nunca tinha feito isso na minha vida...

O camarote que a gente estava era bem de frente para o palco, porém a visão para trás era nítida e ora ou outra eu olhava pra ver se via aquela infeliz lá perto. Não por nada, eu só queria saber se ela tinha a audácia de aparecer e não é que apareceu? Pois é.

Estava lá atrás, mas dava pra ver aquela branca azeda de longe... E o pior é que foi impossível não reparar na roupa que ela estava vestido. E papo reto, só faltei me matar de ódio!

Não estava igual a mim, mas estava com uma roupa idêntica a que eu vestir essa semana. Cara, era iguaaaal, pô. E o pior, eu não comprei o caralho do vestido, tendeu? Mandei fazer, criei na minha cabeça e só passei para a costureira. Ou seja, a bonita copiou e fez igual. Até a cor!!!!

Sério, fiquei pra morrer, pra morrer mesmo. Só estava faltando enterrar, de tanto ódio...

Nisso já era de manhã, e pra não dizer que eu estava olhando muito, taquei o óculos na cara e fiquei lá no catiço.

Pô, eu não mexo com ninguém. Sou super na minha e desses anos todo que tive aqui, mesmo sendo odiada por geral, nunca quis briga nem problema com ninguém! Me coloco no meu lugar sempre, e jamais ficaria nessa de cair na porrada tendeu??? Só que puta que pariu, eu tava com sede dessa mona, com sede...

Olha que nem sei brigar, não me garanto. Mas preciso descontar esse ódio nela, preciso!

Eu só não vou começar, pra não sair de maluca nem de errada na história né? Vou fazer a sonsa, mas vou pegar ela e não vai passar de hoje.

Fiquei lá, até que mentir dizendo que queria ir no banheiro. O plano era ir sozinha né? Mas a Yslane se ofereceu a ir comigo e eu não tinha como dizer que não. Mona também queria ir ao banheiro.

Yslane: Pera aí, pô! Calma... Tú quer pegar aquela branquinha ali né? — olhei confusa.— Percebi tu inquieta, aí reparei na tua. Foi mal, mas sou muito observadora!

Paola: Aí cara, tô com um puta ódio no coração. Preciso botar pra fora se não vou enlouquecer!

Yslane: Relaxa pô, vou te ajudar.— falou rindo.— Vou me bater com ela e começar uma discussão, e depois tu se mete.

Encarei ela meio confusa, tava sem entender nada mas ao mesmo tempo não queria entender. A adrenalina que estava com meu corpo era grande o suficiente pra eu não conseguir pensar direito. Só queria agir!

Confirmei com a cabeça, e a mona saiu andando e eu do lado na direção da infeliz da Lorena. Acho que de hoje não passa...

Destino Implacável. [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora