17. Botaram nosso amor numa estante

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Ele saiu em direção ao grupo que estava dominando o palco da festa com danças cada vez mais intensas e eu só o segui com o olhar, enquanto ele me encarava por cima do ombro mordendo o lábio, me obrigando a controlar meus movimentos para não deixar a saliva que se formava em minha boca vazar, assim como meu pau já vazava só de olhar ele rebolando diretamente pra mim.

Meu bem, pra tu eu sou problema

Acabo contigo e tu gosta nesse esquema

E eu te canso, canso

E o mundo se acabando

Se virou de frente, levantou uma sobrancelha num olhar extremamente mandão e sexy, fez um sinal com os dedos apontados pra mim e gesticulou com a boca um "é pra você" e me limitei apenas a levantar a long neck verde piscando o olho direito, em sinal de "entendido".

Atenção, no chão, no chão

Bota a palma da mão no chão

No chão, no chão

Bota a palma da mão no chão

No chão, no chão

Ele encenou a coreografia perfeitamente, primeiro descendo metade do tronco enquanto rebolava da forma mais insana e me cortava a respiração, fazendo com que eu esquecesse completamente onde a gente estava e quem poderia estar observando a gente naquele momento. Ele dançava pra mim e eu sabia, era apenas isso que importava naquele momento e se alguém estivesse percebendo, meu mais sincero foda-se.

Em um ato seu corpo inteiro desceu pro chão, apoiado pelos braços deliciosos em uma posição de prancha e sua cintura iniciou um rebolado que me fez engolir a cerveja inteira de uma vez, na tentativa de umedecer minha boca que agora estava seca de tesão por devorar aquele corpo pronto pra ser meu por toda madrugada.

A música acabou e eu seguia ofegante, na tentativa de recuperar meu ar e esconder a ereção que se formava entre as minhas pernas. Enquanto ele voltava em minha direção, também ofegante pela coreografia e com o olhar mais filha da puta possível.

- Já deu 15 minutos? - sussurrou no meu ouvido, se apoiando em meu ombro

- Foda-se os 15 minutos, vamos embora! - agarrei sua mão e fui atravessando a multidão completamente cego pelo meu objetivo de chegar em casa

- Não vamos nos despedir? - ele falou mais alto, me vendo ir em direção a saída

-Semana que vem vamos ver todos de novo, então, se você não quiser que eu te coma aqui mesmo na frente de todo mundo, melhor a gente ir - parei bruscamente despejando as palavras nele enquanto voltava a salivar só de ver seu lábio em minha frente

-puta que pariu, você é uma delícia! - mordeu o lábio e revirou os olhos, me empurrando para que voltássemos a nos mover

| DIEGO POV

Nossos corpos não tremiam, eles vibravam, era algo além de sentir os músculos tremerem, era como se o tesão fosse algo palpável e estivesse localizado entre a pele e o músculo, fazendo assim tudo vibrar a cada milímetro do corpo. Ele roçava as pontas dos dedos pela minha cintura, ainda por cima da roupa e assim que o carro parou na nossa frente, ele me puxou pelo cós da calça e eu achei que minhas pernas iriam falhar ali mesmo.

Entramos no carro em um silêncio descomunal, com a respiração presa e sem permitir que nossos olhares se encontrassem, porque seria o fim daquela distância segura para que nada acontecesse de forma que poderíamos nos arrepender.

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⏰ Última atualização: May 29 ⏰

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O que tinha de ser | DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora