Todos nós temos nossas máquinas do tempo. Algumas nos levam pra trás, são chamadas de memórias. Outras nos levam para frente, são chamadas sonhos.
➞𝘑𝘦𝘳𝘦𝘮𝘺 𝘐𝘳𝘰𝘯𝘴Quando os bons tempos eram bons tempos, papai, Rick e eu íamos visitar o vovô na casa dele. Lembro-me vagamente do dia em que nosso avô contou-me sobre a guerra em que lutou, eu era criança e Rick estava tão animado com aquela história que daquele dia em diante ele quis ser militar, mas problemas surgiram, nós crescemos e meu irmão acabou de tornando policial, com seu melhor amigo, Shane.
—Fiz natal!
A luz invadiu meu quanto e penetrou meus olhos com força, me despertando junto a uma voz que eu já não ouvia a meses.
—RICK!!!
Saltei em seus braços e abracei meu irmão com tanta força que ele gemeu de dor e me deu pequenos tapas nas costas.
—Eu senti tanto a sua falta.
—Baixinha, você vai me estrangular...
Soltei meu irmão e saltitei na cama, nosso natal seria como nos velhos tempos, eu e meu irmão passaríamos mais tempo juntos e poderíamos falar sobre a vida, era claro que dessa vez seria diferente, seria nosso primeiro natal com Lori.
—Temos um anúncio a fazer a família...
Rick começou enquanto Lori se enroscava nele como uma cobra.
—Lori e eu teremos...
—Eu estou grávida!
Lori cortou Rick e meu pai e eu nos entre olhamos com um olhar não muito amigável. Aquele foi o último Natal em família, alguns meses depois meu pai morreu e eu precisei ir pra casa de Rick até completar a maior idade.
Lori era aquele tipo de mulher duas caras que me tratava bem com a presença de Rick, mas quando ele não estava, ela fazia o que vem queria e nada poderia ser feito, afinal, estávamos na casa dela.
Os anos se passaram e eu consegui uma bolsa na faculdade de gastronomia e mudei de estado para me dar bem, acabei em Atlanta, dividia meu apartamento com um coreano que entregava pizza e estava feliz, fazendo a minha vida.
Acordei com Glenn anunciando meu aniversário de forma extravagante, nas suas mãos havia uma bandeja com torrada e um achocolatado em caixinha, meu favorito, havia uma florzinha roubada e um cartão.
—Parabéns para Maya, que hoje o dia é só dela, parabéns para a Maya, essa bela donzela!!
Sentitei de alegria e peguei a bandeja e botei no meu colo, Glenn se sentou do meu lado e eu dei-lhe um abraço. Glenn tirou do bolso um envelope pequeno e mal feito que mostrava ser caseiro.
—Achei que vocês do ocidente eram bons dobrando papéis.
—Xenofobica, e se chama origami, agora abre!!
Sorri e abri o envelope, retirando de dentro um colar com um pingente com algum símbolo ou palavra em coreano, o encarei e sorriu com um grande ponto de interrogação no rosto.
—Significa "Persistência".
Era realmente lindo e delicado, fiz Glenn o fechar em meu pescoço e prometi a mim mesma que nunca o retiraria do pescoço. Quando fui devorar meu café da manhã, meu celular tocou e Glenn deitou, revirando os olhos.
—Shane? Mas ele nunca me liga...
—May...
—Ele está vivo?
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Blood Moon The Walking dead
FanfictionMaya Grimes e caçula de Rick, um policial do interior que acabou sofrendo um acidente. Loira com os olhos azuis com rostinho inocente que engana qualquer um, mas não o caipira com uma besta que é capaz de desvendar cada parte de Maya. "O mundo acab...