• Capitulo um

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O capítulo está curtinho, mas espero que gostem 🫶🏼
Comentem se quiserem uma playlist da fic.

☆ Jeon Jungkook

Relaxo meu corpo na cadeira e suspiro soltando o máximo de ar que posso. O dia não foi dos piores, mas ainda assim foi cansativo, eu amo a profissão que exerço, mas como tudo tem um porém, não estou cem por cento satisfeito com tudo, o salário não é um dos melhores e nem sempre é fácil como parece — lidar com pessoas nunca é fácil. — 

Passei todos os meus anos de faculdade escutando coisas como: você vai se arrepender de ter cursado isso, psicologia não tem futuro, o salário é uma merreca, você não aguentará. As pessoas que falavam baboseira não me atingiam e ainda não me atingem, eu realmente não me dediquei anos a essa profissão pelo dinheiro, muito menos me importava com o arrependimento ou "futuro". Nunca almejei poder, todos ao meu redor falavam sobre ter um futuro brilhante, com uma profissão bem-sucedida e coisas luxuosas, já eu, só queria fazer aquilo que amava. A complexidade da mente humana sempre me encantou e poder entendê-la fazia eu me fascinar mais ainda, o fato de uma pequena ação mudar vastamente tudo o que acontecia dentro de um simples órgão era e é incrível para mim e também era incrível para Yoongi, desde jovens queríamos trabalhar juntos. Ele se tornou psiquiatra e abrimos um consultório, o que fez eu amar mais ainda esse trabalho.

— Jungkook! — ouço a voz abafada de Yoongi do outro lado da porta e logo após duas batidas.
— Pode entrar, está aberta! — a porta é aberta vagarosamente e Min entra em passos curtos e lentos.
— Eai, Jeon. —  Yoongi senta na cadeira à minha frente. — Como foi o dia de trabalho hoje?
— Foi cansativo e não faço a menor ideia do porquê. — Passo uma das mãos sobre o rosto e suspiro.
Um silêncio se pôs presente logo após eu terminar de falar, Yoongi olhava fixamente para a mesa e eu estou com o olhar perdido, observando nada, esperando que a minha vida mude do nada.

— Jeon, você está feliz com o seu trabalho? — a pergunta me pega de surpresa, eu abro a boca e as palavras não saem, então a fecho novamente. — seja realista.
— Sim, com meu trabalho sim... As coisas só estão complicadas, o salário não é um dos melhores, como você sabe. Mas eu amo o que faço.
— Eu já te disse que eu posso te...
—  Não! Eu não quero te incomodar com isso, eu sei que você ganha bem mais que eu, mas não precisa. — Min suspira e levanta, sem me falar mais nada e por fim deixa à sala fechando a porta atrás de si.

Finalmente me levanto da cadeira, o relógio já marca as nove da noite, passou um pouco do meu horário de trabalho, porém, eu nunca deixo o consultório sem antes organizar os atendidos do outro dia, o que às vezes leva um tempinho longo. Pego minha mochila que deixo pendurada em um cabide atrás da porta da minha sala e saio do cômodo trancando a porta, quando finalmente chego na saída do consultório vejo que está chovendo, o que não é muito raro aqui em Seul nos últimos dias, tem chovido bastante e sempre é a mesma coisa, Yoongi sai mais cedo para buscar o namorado no trabalho e eu sempre recuso quando ele pergunta se quero que ele espere, ele não tem obrigação e o namoro dele é mais importante. Coloco a mochila nas costas e saio do prédio, tranco a porta da frente e sigo meu caminho, a chuva é forte, mas não chega a ser uma tempestade.

Após longos 35 minutos caminhando na chuva chego em casa, entrei o mais rápido que pude e pego meu celular na bolsa e o coloco em cima de um balcão, a bolsa era impermeável, me custou caro, mas meu celular custaria mais caro ainda. A bolsa foi de encontro com o chão após eu jogá-la no canto da minha pequena sala de estar, a iluminação dentro do cômodo é mínima e contém apenas um sofá um tanto velho, a sala e a cozinha são dividas por um balcão, a cozinha também não tem muita coisa, só uma geladeira e um fogão de quatro bocas, minha casa com certeza não é nada reconfortante e receptiva. Vou em direção o banheiro e tiro todas as minhas roupas, coloco no cesto em baixo da pia e enrolo uma toalha na cintura, um banho quente seria ótimo no momento, porém, a exaustão do meu corpo fala mais alto. Consigo caminhar até meu quarto com um pouco de dificuldade, meu corpo está pesado igual minhas pálpebras, sem muita enrolação vou logo em direção ao meu guarda-roupa e abro a primeira gaveta — o guarda-roupa só contém uma porta e meia, e logo abaixo da meia porta duas gavetas — pego a primeira bóxer que vejo e a visto. Me jogo na cama de casal de madeira e me estico, o sono se faz cem por centro presente, não tenho tempo nem de achar uma posição confortável e logo apago.

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⏰ Última atualização: May 31 ⏰

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