53.Dançando com o seu fantasma

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Após terminarmos, tirei um tempo para fumar nos fundos da casa, enquanto Anthony explorava cada cômodo. Assim que entro novamente, subo as escadas e passando pelo corredor avisto o mesmo dentro do antigo quarto de Hanna. Ele segurava um dos quadros em sua mão e permanecia em silêncio, apenas observando a foto.

— Nessa época ela odiava quando eu jogava pedras na sua janela no meio da noite, mas no fim sempre acabava saindo comigo

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— Nessa época ela odiava quando eu jogava pedras na sua janela no meio da noite, mas no fim sempre acabava saindo comigo. - Conto em risos.

— Você a levou pro mal caminho. - Ele ri.

— Ela gostava. - Gargalho.

— Pai. - Coloca o quadro no lugar.

— Hum? - Arqueo a sobrancelha.

— Se eu... - Fala com receio. - Se eu sinto alguma coisa por uma mulher, significa que é com ela que eu devo me casar? - Me olha com atenção.

— Não necessariamente Anthony, precisa saber se o que sente é apenas atração. - Explico. - Ou é amor, amor é maior do que qualquer outro tipo de sentimento passageiro ou físico.

— E como eu posso saber se realmente é amor? - Parece confuso.

— É fácil, o que você diria se ela estivesse aqui nesse exato momento. - Cruzo os braços.

Ele permaneceu calado e com o olhar longe, como se seus pensamentos viajassem no tempo, o que fez um leve sorriso se formar em seus lábios.

— Você é o objeto do meu desejo e afeto, você e só você é quem tem as chaves do meu coração. - Fala com entonação e sinceridade. - Sempre foi e sempre será você.

Como um velho bobo, meus olhos se encheram de lágrimas ao o ver se declarar daquela maneira, tive um deja-vu da ultima vez que eu e Hanna estivemos aqui. Naquele momento tive a total certeza de que Anthony havia se tornado um homem e possivelmente tinha conhecido o seu primeiro amor, suas palavras estavam vindo do coração e isso era nítido.

— Eu não sei quem é ela, mas com certeza é uma garota de sorte. - Sorrio orgulhoso.

Ele sorriu envergonhado e desviou o olhar, eu não podia acreditar que meu garoto estava vivendo o seu primeiro amor, como pai eu deveria o orientar e dizer como deveria tratar uma mulher, mas eu sabia que ele era um cavalheiro.

— Precisamos conversar sobre a sua irmã. - Me sento na cama.

— O tio Tommy te contou. - Suspira.

— Eu não quero ver vocês assim, precisam ficar unidos, ainda mais nesse momento. - O advirto.

— Foi só uma briguinha, vamos nos resolver. - Ele assente. - Mas...você falou com ela? Ela tá bem?

— Está preocupado com ela. - Caio na risada. - Ela sente sua falta, vocês sempre foram inseparáveis, não deve estar sendo fácil.

— Eu sei disso, também não está sendo fácil ficar afastado dela, mas nós dois somos muito orgulhosos. - Diz olhando pro chão. - Eu amo aquela chata, sempre fiz e vou continuar fazendo tudo pra a manter feliz e segura.

Legados - Meu Eterno Shelby IIOnde histórias criam vida. Descubra agora