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Notas
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No raiar do sol, os primeiros raios de luz se infiltravam timidamente pela janela do quarto que não era seu. Wooyoung abriu os olhos lentamente, apenas para sentir a pressão incessante de um martelo estridente na sua cabeça. Uma ressaca moral abraçava seu ser, trazendo consigo um turbilhão de arrependimentos e reflexões dolorosas.

A lembrança da noite anterior emergiu lentamente, como uma sombra sombria tomando forma. As risadas e brindes inebriantes ecoavam em sua mente, mas agora acompanhadas pela náusea e pelo desgosto. As palavras ditas, as ações impulsivas, tudo isso se aglutinava em um emaranhado de remorso.

Cada batida do coração parecia ecoar o peso de suas escolhas. As máscaras caíam, revelando a vulnerabilidade e os erros cometidos na escuridão da embriaguez. Wooyoung sentia-se exposto diante do espelho de sua própria consciência, encarando os olhos cansados e arrependidos refletidos.

As lágrimas teimosamente brotavam, um misto de frustração e autodesprezo. Ele prometia a si mesmo que aprenderia com aquela noite, que buscaria a redenção e a reparação das relações abaladas. Por mais árduo que fosse o caminho, Wooyoung sabia que era chegada a hora de confrontar suas ações e superar as consequências da sua bebedeira desenfreada.

Como um estalo, o coração passou a palpitar descompassadamente diante à uma memória que ele se esforçava para afundar em uma das gavetas de sua mente, ainda sob o impacto do beijo que compartilhou com San naquela noite turbulenta. As imagens do momento se entrelaçavam em sua mente, como fragmentos de um quebra-cabeça confuso e emocionante.

As emoções se misturavam, formando um caleidoscópio de sentimentos complexos. O sabor dos lábios de San ainda ecoava em seus próprios, despertando uma intensa atração que o consumia por dentro. No entanto, uma angústia incerta também emergia, envolvendo seus pensamentos em uma névoa de dúvida e receio.

A ambivalência entre o desejo e o temor o levava a questionar as consequências de seus atos. Ele se via confrontado com o peso de suas próprias expectativas e a incerteza do desconhecido. Seria possível preservar o que tinham sem que tudo se desmoronasse em uma colisão de sentimentos mal administrados? Quer dizer, San era um idiota, um palmeirense fodido, por que estava pensando tanto nele?

Enquanto Wooyoung se levantava da cama, sentia o peso das decisões iminentes sobre seus ombros. Sabia que teria que enfrentar a tempestade interna e que o mais recomendado era dialogar com San sobre o que havia acontecido. Mas ele não iria fazer isso, ou ainda não decidiu se iria fazer isso porque era simplesmente estranho pensar em si como alguém que tem interesse por um espectro oposto ao seu, e pior: um palmeirense.

Na moral, San era um cara. Ele era um homem com gostos particularmente parecidos com os de Wooyoung. Os dois gostavam de meninas e eram chave. Qual era o problema agora?

Wooyoung se encontrava em um estado de reflexão profunda, enquanto sua mente mergulhava em um turbilhão de pensamentos e emoções. A descoberta de sua atração por San, um rapaz com quem sempre acreditara ser apenas mais um moleque que iria trombar em um rolê ou outro, abalava as bases de sua identidade.

Por anos, eles haviam sido induzidos pela cultura brasileira a acreditar que sua sexualidade era restrita a uma norma heterossexual. No entanto, aquele beijo compartilhado havia desencadeado uma cascata de sentimentos desconhecidos e um despertar para uma parte de si mesmo que fora mantida adormecida.

Wooyoung revivia o momento do beijo em sua mente, a sensação dos lábios de San contra os seus. Cada detalhe daquele momento intenso era como uma lente de aumento, ampliando suas emoções e questionamentos.

REVOADA | ATEEZ 💯🇧🇷Onde histórias criam vida. Descubra agora