Capítulo 14

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Narrador on

Hospital - Sala de Espera

Freen estava sentada, as pernas inquietas, na sala de espera do hospital. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto ela aguardava notícias sobre Becky. A sala estava cheia de vozes abafadas e o som distante de máquinas hospitalares. Freen apertava as mãos, tentando acalmar-se.

O médico saiu da sala de cirurgia, seu semblante grave, mas com um toque de alívio.

-Parentes de Rebecca Armstrong?- ele chamou.

Freen se levantou imediatamente, correndo até ele para saber noticias, logo atrás vinha Orntara.

-Eu sou irmã.

-A cirurgia foi complicada, mas conseguimos retirar a bala. Ela está na UTI agora, mas estável. Precisamos monitorar sua recuperação nas próximas 24 horas-, explicou o médico- se quiserem entrar só pode entrar um de cada vez.

Freen olhou para Orntara que abanou a cabeça em concordância. 

-Posso vê-la?- perguntou Freen, com lágrimas nos olhos.

-Posso saber quem é a senhorita?

- É a minha futura cunhada.- diz na esperança de deixar o clima mais calmo e tranquilo.

-Certo, mas tenha em conta que só pode por alguns minutos. Ela ainda está sedada-, respondeu o médico, colocando a mão no ombro de Freen. -Vai ser um processo difícil, mas Rebecca é uma cliente frequente logo é forte.

Freen entrou na UTI e viu Becky, deitada na cama com vários tubos e monitores ao seu redor. O bip constante do monitor cardíaco preenchia a sala. Freen se aproximou devagar, segurando a mão de Becky com cuidado, tentando não chorar.

-Você vai ficar bem, Becky. Eu estou aqui com você- sussurrou Freen, acariciando a mão de Becky. Suas lágrimas caíam silenciosamente, uma mistura de alívio e medo.

Freen tentava pensar que não passava de um pesadelo e que a Becky estava bem e que nada aconteceu por sua culpa, mas olhando para o rosto pálido de Beky e sentindo as suas mãos geladas estava difícil acreditar em qualquer coisa que fosse.

Instantaneamente lembrou-se dos momentos de passaram juntas durante estes dias.

Quando o sol de inverno iluminava suavemente a cozinha enquanto Becky preparava café da manhã. O cheiro de panquecas frescas e café quente enchia o ar. Freen, ainda se sentia um pouco sonolenta, mas bastou ver Becky para sentir-se pronta para continuar o dia 

Quando decidiam sair para uma caminhada no parque, esse lugar ficou marcado na história de ambas. As árvores estavam cobertas de neve, e o ar frio fazia suas bochechas corarem. Foi a primeira vez que Freen sentiu-se confortável para segurar na sua mão. Fazendo ambos os corações aquecer.

Ou quando Becky ia sempre ao seu quarto saber se ela estava pronta e confortável para dormir. 

Freen lembrava-se disso como uma prova de como poderia ser feliz, mas com Becky adormecia na cama de hospital sentiu que tudo não passou de uma mentira. 

Depois de uns minutos a olhar para Becky foi interrompida por uma enfermeira.

-É hora de ir, senhora. Precisamos cuidar dela agora.

-Certo. Vou esperar lá fora- respondeu Freen, relutante. Ela se inclinou e beijou a testa de Becky antes de sair.- Eu volto logo, prometo- murmurou já no lado de fora.

Fora do quarto Irin e Orntara estavam á sua espera. 

Quando ela se aproximou, Orntara a colheu-lhe num abraço, onde voltou a chorar em silencio.

-Não te preocupes ela vai ficar bem...

Ficamos mais uns tempos no hospital, mais tarde Irin teve de sair por causa do trabalho, eu e Orntara ficamos nos hospital tivemos para entrar no quarto algumas vezes. 

 Quarto de Recuperação (Dez Dias Depois)

Becky estava acordando lentamente. Freen estava sentada ao lado da cama, segurando a mão dela, visivelmente exausta, por passar tanto tempo no hospital.

-Freen...?-murmurou quase sem forças Becky.

-Sim, Bec. Estou aqui- respondeu Freen, sorrindo. Ela apertou a mão de Becky, lágrimas de alívio nos olhos.

-O que aconteceu?- perguntou Becky.

-Você foi baleada e levou uma pancada com força na cabeça mas a cirurgia foi um sucesso- explicou Freen, passando a mão pelo cabelo de Becky, tentando acalmá-la.

-Oh então está explicado as dores de cabeça...

-Não te preocupes vou chamar o médico.- disse se levantando.

Depois de algumas minutos de Becky acordar um grupo de pessoas, juntamente de Irin, passaram reto entrando no quarto de Becky.

Passado algumas horas vimos Irin apressada chamar os médicos e os a única coisa que ouvi foi: "-TRAGAM O DESFIGURADOR! PACIENTE 120 EM PARAGEM CARDIECA!"

E então o meu mundo girou e os meus joelhos foram contra o chão com tudo.

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d:

Tudo por causa de um café (freenbecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora