29| Satisfação Destrutiva

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— Você prometeu que não tocaria em mim, lembra? — Tento fazê-lo lembrar de sua promessa, a de que não me tocaria, pelo menos não de forma sexual

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— Você prometeu que não tocaria em mim, lembra? — Tento fazê-lo lembrar de sua promessa, a de que não me tocaria, pelo menos não de forma sexual.

Cruzei os braços de forma defensiva, dando um passo para trás. Ele permaneceu em silêncio, apenas inclinando levemente a cabeça para indicar que me ouviu.

— Posso estar aceitando seus joguinhos, mas saiba que tudo tem um limite e se você encostar um dedo em mim, Vance, eu juro que-...

— Não se preocupe. — Ele me corta, sua voz grave se elevando sobre a minha. — Sou um homem de palavra e não sou um maldito maníaco abusador de mulheres, se é isso o que está pensando.

Ainda alerta, respirei fundo, tentando acalmar meu coração que começou a bater de maneira descompassada por um momento.

— E saiba que meu interesse sexual por você é... — Ele uniu seu dedo indicador com o polegar, formando um círculo com os dedos. — Zero.

Não era isso o que parecia quando estávamos na sala de jogos, mas não me atrevo dizer isso em voz alta.

— Então, o que significa isso? — Abro os braços, indicando o quarto, e depois aponto para ele e para mim. — O que quis dizer com ter que passar uma noite inteira aqui com você?

— Tenho alguns assuntos pra discutir com você, Sable. — Ele responde. — E como tenho certeza que estar na minha presença é extremamente desconfortável pra você, não há melhor punição que ter que passar algumas horas aqui comigo, não acha?

Exalo uma risada e dou um aceno de cabeça, concordando com a sua lógica.

— E o que pretende? — Encolho os ombros. — O que farei aqui durante todas essas horas?

Vance se aproximou mais alguns passos, sua figura alta e imponente lançando uma sombra sobre mim. O sorriso discreto que ele mantinha nos lábios me deu arrepios de um jeito estranho, como se meu corpo estivesse me alertando de um perigo iminente.

Sinto uma pontada daquela emoção estranha.

— Eu disse a você que seria castigada, mas não em público. E este é o lugar perfeito para isso e para discipliná-la, longe daqueles três que te defenderiam bravamente. — Sua voz adquiriu um tom de deboche, me fazendo franzir a testa, desconfiada. — Só você e eu, como havia prometido.

O que ele queria afinal?

Ele iria me espancar? Me agredir?

Minhas mãos se fecharam em punhos involuntariamente, a incerteza me corroendo por dentro.

Eu sabia lutar, mas Vance era grande, com quase dois metros de altura. Nunca lutei com alguém do seu tamanho. Conseguiria medir forças com ele ou fracassaria?

Se o castigo não envolvia nada sexual, nem agressão física, então... o que ele pretendia?

Mais humilhação? Acredito que sim, mas tinha dúvidas em relação a isso, já que Vance era o tipo de pessoa que gostava de humilhar os outros em público e estávamos sozinhos aqui.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora