Jeon Jungkook
Aquela palavra novamente, tímida e sincera.
Obrigado.
Como se eu tivesse feito algo mais do que o meu trabalho, como se tivesse cumprido algo mais do que as minhas obrigações. Agora que eu sabia que ele é meu companheiro predestinado, e que sempre foi nosso destino nos encontrarmos, eu também sabia que salvá-lo naquela noite tinha sido um dever do qual eu não poderia escapar. Eu tinha feito a coisa certa e, por isso, não precisava me agradecer.
Acariciei sua bochecha com a mão e olhei diretamente em seus olhos.
— Jimin, você é meu esposo e minha razão de ser, como seu companheiro meu dever é atendê-lo, servi-lo e enaltecer.
Ele mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, como sempre fazia quando se sentia nervoso.
— Isso significa que tenho que servir você também. — disse ele. — Mas não sei como. Se você me contar, eu farei isso.
Eu sorri. — A única coisa que você precisa fazer para me deixar feliz é cuidar da casa, embora Namjoon e Jin já conheçam bem o seu trabalho. Você é livre para fazer alterações, se desejar. Se você quiser, decore-o para que pareça um lar, qualquer coisa pergunte à Jin e, ele irá ajudá-lo.
— Tudo bem. — Disse assistindo com a cabeça.
— E o que espero é que um dia você passe a me amar. — continuei. — Eu quero começar uma família. Quero ter filhotinhos com você, mas não vou pressioná-lo ou fazer exigências. Talvez seja melhor você nem pensar nisso agora.
— Amor... — ele sussurrou.
Ele me olhou nos olhos, franzindo as sobrancelhas, como se estivesse levando essa conversa muito a sério.
— Jungkook, infelizmente não sei o que é amor. Se pensar bem, acho que nunca senti amor por ninguém ou talvez tenha sentido, por meus amigos, como Taehyung, e por algumas das outras crianças com quem estive. Eu cresci no orfanato, mas como posso saber se foi amor o que senti quando...nunca me senti amado.
— Você nunca conheceu seus pais?
Ele negou com a cabeça.
Eu queria segurá-lo em meus braços e sufocá-lo com minha adoração, mas me lembrei de ir com calma. Principalmente porque ele estava vulnerável comigo naquele momento, o que eu tinha que respeitar, em vez de focar em mim mesmo e no que queria mostrar a ele e fazê-lo sentir. Haveria tempo para isso.
— Eu prometo a você, você sabe o que é amor. — disse. — Você sabe disso, instintivamente. Confie em si mesmo, Jimin. Você é puro de coração e o amor virá facilmente para você.
— Você realmente acredita nisso?
— Acredito. — Inclinei-me para ele e beijei sua testa, senti ele se inclinar em minha direção e sorri. — Vamos comer. — murmurei.
Como se nada tivesse acontecido, Namjoon flutuou até a sala de jantar e começou a servir o jantar. Meus dois amigos já estavam acostumados comigo. Eles quase podiam ler minha mente, então não fiquei surpreso que Namjoon soubesse quando esperar e quando aparecer.
— Ah, comi muito bem no almoço. Jin é um cozinheiro muito talentoso.
Eu o ignorei e coloquei comida no prato dele. Enchi sua taça, esperando que o vinho o ajudasse a relaxar e a ser mais aberto na minha presença. Jantamos e conversamos, descobri que meu coração ficava leve quando estava com ele. Aos poucos fui redescobrindo a alegria de viver, de compartilhar pensamentos e experiências, de fazer piadas e arrancar risadas de alguém que tanto significava para mim. Foi melhor do que eu jamais imaginei. Quando decidi experimentar o templo do casamento, não esperava por isso. Eu não estava esperando por Jimin.
Ele terminou de comer, bebeu o vinho e olhou para mim com curiosidade nos olhos.
— Sabe... Se você está disposto a me mostrar o que é o amor, então estou disposto a tentar. — disse ele.
Meu coração pulou uma batida. Foi mais como se aquilo subisse pela minha garganta e eu tive que parar um momento para engolir e me recompor.
Tomei um gole de vinho e tentei acalmar a fera que se agitava sob a superfície.
Jimin não sabia o que estava fazendo comigo ao dizer essas palavras. – meu lobo – não era perigoso, mas podia ser intenso.
Levantei-me e ofereci-lhe a mão, ele pegou e mais uma vez senti seus dedos tremerem levemente. Eu apertei suavemente. Ele se levantou também e, por alguns segundos, nos olhamos nos olhos e aproveitamos a energia que circulava entre nossos corpos. Apenas nossas mãos se tocavam mas, foi o suficiente para sentir a conexão entre nós.
Eu queria mais.
— Jimin, você confia em mim?
Ele assentiu, mas mesmo que confiasse em mim, percebi que ele não confiava em sua voz. Então ele permaneceu em silêncio.
Eu o puxei para mim e passei meus braços em volta de sua cintura fina. Ele colocou as mãos no meu peito largo, nunca quebrando o contato visual. Ele era tão tentador que estava ficando cada vez mais difícil para mim conter a paixão que sentia por ele.
O que eu sentia por Jihyun, apesar de estarmos juntos há dois anos, não era nada comparado aquilo. Agora eu estava realmente convencido de que Jimin sempre foi o único, desde antes de eu saber de sua existência, desde sempre.
Antes que ele percebesse o que estava acontecendo, eu o peguei no colo, ele gritou, riu e passou os braços em volta do meu pescoço. Seus dedos se enroscaram em meus cabelos e gostei de como ele começou a me acariciar suavemente, como se não tivesse consciência do que estava fazendo.
Foi um gesto simpático.
Levei-o para o segundo andar, pelo longo corredor, até chegarmos ao nosso quarto. Quando ele me viu carregando-o para a cama, ele corou e escondeu o rosto no meu pescoço. Senti sua testa pressionada contra minha pele quente e mais uma vez o lobo dentro de mim se mexeu, impaciente.
— Iremos devagar, eu prometo. —sussurrei. — Serei gentil.
— Tudo bem.
Deitei-o na cama e olhei para ele. Foi a criatura mais linda que eu já vi. Ele estava usando uma calça que acentuada ao longo das pernas e uma blusa de ceda que eu estava morrendo de vontade de tirar e, seu cabelo branco estava espalhado no travesseiro. À luz da lareira, seus olhos pareciam mais brilhantes e verdes.
Subi em cima dele e ele seguiu cada movimento meu com interesse. De quatro, pairei sobre ele, ainda sem tocá-lo. Era inebriante o suficiente para que eu pudesse inalar seu aroma e finalmente ficar bêbado. Ele cheirava a óleo de rosa e grama, e seu corpo irradiava calor.
— Posso te beijar? — perguntei-lhe.
— Você pode fazer o que quiser...
— disse ele. — Afinal, eu sou seu esposo.🐺
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meu querido companheiro lobo | Jikook
RomantizmConcluída | clichê que te tira da ressaca literária O ômega que pensei ser meu companheiro fugiu com outro no meio da noite. Agora sou a piada da matilha, o homem lobo que não consegue controlar seu parceiro. Não quero controlar meu homen, quero q...