Capítulo 16

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Os últimos três dias no hospital passaram em um borrão de exames, fisioterapia leve e muitas visitas dos médicos. Becky sentia-se cada vez mais forte a cada dia, mas também estava ansiosa para deixar aquele lugar para trás. 

As paredes brancas e o cheiro de antisséptico a lembravam constantemente do tempo perdido.

Freen esteve ao seu lado em todos os momentos, ajudando-a com tudo, desde comer até caminhar pelos corredores. A presença dela era um alívio constante, uma fonte de força e conforto que Becky nunca soubera que precisava tanto.

Finalmente, o dia de sua alta chegou. Becky estava sentada na beira da cama, vestida com roupas confortáveis que Freen trouxera de casa. Ela olhou em volta pela última vez, pronta para sair.

-Está pronta?- perguntou, entrando no quarto com um sorriso caloroso.

Becky respirou fundo e assentiu. 

-Mais do que pronta.

Freen não sabia mas esta frase carregava mais significado do que o que ela julgava que tinha.

Com a ajuda de Freen, ela se levantou. Embora ainda se sentisse um pouco fraca, a excitação de voltar para casa e começar sua de novo a sua vida dava-lhe energia, ela precisava de salvar Freen. Elas caminharam lentamente até a saída do hospital, onde o carro de Poolsak as esperava.

O caminho para casa foi tranquilo, com Poolsak dirigindo, Freen e Becky observando a paisagem passar pela janela de mãos entrelaçadas. 

Becky sentia cada árvore, cada prédio parecia mais vibrante, como se o mundo tivesse ganhado novas cores durante o tempo em que ela esteve ausente.

-Finalmente indo para casa.- Becky disse, quebrando o silêncio.

Ao chegarem ao apartamento de Becky, Freen sentiu que a apartamento ganhou vida com a entrada de Becky, sentiu uma onda de emoções. 


REBECCA ARMSTRONG ON


-Bem-vinda ao lar- Freen lhe disse com um sorriso.

Olhei ao redor, absorvendo o conforto familiar do espaço. Me sentei no sofá, aliviada por finalmente estar fora do ambiente clínico do hospital.

-Você fez um ótimo trabalho mantendo tudo em ordem- comentei, apreciando o cuidado com que Freen havia preparado tudo para sua chegada.

Freen sorriu com o elogio.

-Agora, o que você quer fazer primeiro?

Pensei por um momento.

-Eu quero tomar um banho de verdade e depois talvez assistir a um filme? Algo leve. Comédia romântica?

-Perfeito! Vou preparar tudo para você, vou te ajudar! -Freen disse, levantando-se para preparar o banheiro.

-FREEN!- gritei me levantando para ir atrás dela.

Freen parou e olhou para mim.

Senti o meu rosto corar e olho para ela num pedido silencioso para ela compreender o meu ponto de vista. Mas ela continuava confusa.

-Haaam...eu..bem--eu acho que consigo..tu sabes..tomar o banho sozinha..que é que me entendes..

Vi Freen corar, e levar o seu olhar tímido para o chão.

-Ahm eu não estava...tu sabes a falar nesse sentido... Eu ia apenas ligar a água no quente para apenas...tu sebes...tomares banho.....sozinha.... 

Um silencio constrangedor preencheu o corredor do apartamento e na esperança de termina-lo decidi dizer qualquer coisa.

-Eu....vou tomar banho...

-Eh eu também...deveria ir ali...no outro banheiro tomar também...

-Adeus?

-Sim isso mesmo..a-adeus!

Sai a correr em direção ao banheiro e me senti uma idiota!


~Quebra de tempo~


Quando acabei de tomar banho e regressei á sala me deparei com Freen a fazer pipocas para o filme. O apartamento estava acolhedor, com luzes suaves e uma manta quentinha sobre o sofá. Sentei-me ao seu lado vendo a introdução do filme na tela da televisão, lado a lado, eu tentava me concentrar no filme, mas os meus pensamentos outro lugar.

Durante os dias que tinha passado com Freen senti um sentimento diferenciado, como uma necessidade de estar sempre perto dela, o meu coração acelerava sempre que ela se aproximava ou sorria quando acordava, eu sei exatamente o que sinto por ela, amor, porém, ainda existia ele .

Sinto que o amor que estou a sentir tinha de ser bem cuidado, por isso ainda não irei dizer a Freen o que sinto, o amor tem de ser algo lindo, puro, e o ambiente onde tem de florescer tem de ser belo e harmonioso. 

Por isso acho que o meu amor por ela veio num mau momento, não posso a amar.

Ainda não.

Apesar de ter a necessidade de dizer tudo o que sinto, tenho de fazer este amor crescer quando for o momento certo.

Enquanto o filme avançava, sentia meu coração bater mais forte toda vez que Freen se aproximava um pouco mais. Os nossos dedos se tocavam ocasionalmente ao pegar a pipoca, provocando um arrepio gostoso. Os meus olhos desviavam da tela para admirar o perfil de Freen, iluminado pela luz do filme.

Ela está linda, ela é linda.

De repente, uma cena romântica no filme fez com que ambas suspirassem simultaneamente, o que as fez rir. Olhei para Freen, e nossos olhos se encontraram por um segundo a mais do que o habitual. Foi um momento carregado de tensão, cheio de palavras não ditas.

-Freen, eu...- comecei a falar, mas parei, hesitando.

-O que foi, Becky?- Freen perguntou suavemente, e o meu coração acelerou.

Olhei nos seus olhos e vi que ela estava tão feliz, tão leve....tão linda...

-Vamos continuar o filme?- disse me aproximando e puxando o seu corpo para perto do meu.

-Vamos...

Sinto que isto tudo foi um sonho de tão lindo que foi o resto da noite.


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Estamos a entrar num clima de turbulência...

Cuidado, o Joker está a entrar em ação.

Publiquei ag porque andam a gostar, estou tão contente!


Tudo por causa de um café (freenbecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora