II-YOU BELONG TO ME

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  Akaashi por vezes se pegava pensando no porquê da sua vida ter tomado esse rumo, ele chegou à conclusão que foi a oportunidade que o mundo lhe ofereceu e ele—sem escolhas e jovem demais—aceitou. Os arrependimentos vem conforme a insônia se apossa do seu corpo nas noites em que Bokuto não a faz, mas não há como voltar atrás.

  Akaashi também não conseguiria voltar atrás, não depois de ter se apaixonado.

  Após o seu trabalho ter sido designado, o moreno voltou para o complexo onde morava e preparou apenas uma mochila para ir a Osaka, ele pretendia passar o menor tempo possível lá.

  Da primeira vez que Akaashi havia sido mandado para Osaka pelo outro chefe, ele não sabia qual era o problema até chegar la e por isso ficou cerca de um mês na cidade. Agora, sabendo que o problema pode ser possivelmente o mesmo, ele espera que saiba como resolver certo dessa vez.

  Akaashi optou por pegar o último trem do dia, viajaria sozinho e encontraria os subordinados da região que foram postos para o ajudarem, ele esperava que fossem os mesmos para não se dar o trabalho de se apresentar.

  Já dentro do trem Akaashi faz o uso de uma máscara, ele sabe que não haveria problemas caso não usasse, mas ele prefere passar despercebido.

[...]

  Quando Akaashi chega a Osaka está quase de madrugada, as ruas estão pouco movimentadas e a frente fria se aproxima.

  Ele sai da estação e pode reconhecer os outros subordinados, os mesmos com quem havia trabalhado antes e então um suspiro sai pela boca o fazendo relaxar os ombros, Akaashi caminha até os gêmeos e se curva como respeito.

—Fez uma boa viagem Akaashi-san? —O loiro sorri educado.

—Agradável, obrigado Miya.

O outro não fez mais do que acenar com a cabeça levemente, Akaashi não se ofenderia com isso até porquê ele prefere assim.

—Então, vamos para nossa casa lá você pode descansar e podemos deixar para trabalhar amanhã!

—Na verdade, eu prefiro que começamos hoje.

  Os gêmeos param subitamente de andarem e Akaashi por estar atrás de ambos para também confuso quando pelo olhar que recebeu dos gêmeos.

—Certo —Osamu diz e então volta a caminhar junto com Atsumu que está com um leve bico nos lábios.

Quando entram no carro, Osamu é o motorista e não demora muito para que cheguem a casa. Atsumu sai junto do moreno enquanto o irmão estaciona o carro. Os dois caminham para um escritório que os gêmeos tem na casa, lá-até onde Akaashi lembrava-era onde ficava o computador e as anotações das atividades feitas no porto, o porto não era responsabilidade exclusiva dos dois, porém, dentre todos os responsáveis eles eram até certo ponto os mais organizados.

Atsumu abre a porta e acende a luz, enquanto Akaashi põe sua mochila no sofá de canto.

—O que exatamente ocorreu para precisarem de mim? —Ele toma para si a frente de iniciar o diálogo.

—Se lembra quando esteve aqui? Tivemos que descobrir o problema especificamente e isso nos tomou muito tempo. Para poupar tempo, fizemos essa parte de ir atrás do problema e tentamos lidar com ele sozinho...

—Imagino que não deu certo.

—Pois é, não deu certo. O problema é maior do que achávamos que era e Akaashi-san, não será fácil.

—Diga de uma vez Miya.

Osamu entra atrapalhando a continuidade do diálogo, ele oferece chá quente aos outros que aceitam e então depois de servi-los, ele responde:

—Diferente da primeira vez, não é alguém vendendo nossas informações para a polícia acho que isso se dá pela lição que demos em quem ousasse trair a organização. Porém, o problema da vez vem de fora, como uma doença, um vírus e está infectando aos nossos aos poucos.

Infectando?

—O que está acontecendo com o pedaço da organização em Osaka, logo mais estará acontecendo nos outros lugares, das outras cidades comandadas por nós em todo o maldito Japão. Não podemos confiar nem nas sombras das pessoas aqui —O jeito que Osamu fala e olha para Akaashi o faz tensionar novamente os ombros.

Uma risada fraca sopra os lábios do moreno antes que sua língua os umedeça, mesmo com o chá quente, seus lábios e sua boca conseguiram ficar secos.

—Então presumo que  o problema não seja no porto...—Ele se senta no sofá ao lado da bolsa.

Akaashi pensa por segundos agora o quão inocente ele foi de achar que somente uma mochila com poucas roupas seria suficiente para passar uns dias em Osaka. Já que agora ele sequer imagina quando voltará para Bokuto, ou, sua casa.

—O problema se iniciou no porto, quer dizer, o descobrimos a partir de lá, mas não, não é no porto —Atsumu o responde, sua voz demonstrando seu estresse.

—Mesmo que resolvemos o problema do porto, Akaashi-san, mesmo que paguemos o ronceirismo da polícia, mesmo que desviemos da fiscalização, mesmo se matarmos os traidores e queimá-los e o problema no porto de Osaka parecer resolvido, essa merda irá aparecer em outro lugar, e achamos que esse lugar será Yokohama.

—O outro porto que a organização utiliza...—Akaashi murmura, seus pensamentos agora se tornam estressantes e ele novamente se martiriza pela sua inocência de decidir tratar do problema antes de descansar devidamente—Miyas, me digam, qual é a porra do vírus?

Os Miyas se olham e aquilo faz Akaashi pensar se ele realmente quer ouvir, sua cabeça começa a doer agudamente e uma súbita vontade de quebrar a xícara e enfia um dos pedaços da porcelana no pescoço cresce em seu peito.

Enlouquecido.

Oikawa é a fonte do problema.

Definitivamente Enlouquecido.













Ignorem os erros caso tenha.

Oikawa is back.

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⏰ Última atualização: Aug 21 ⏰

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