23 - Ciúmes?

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Maraisa:

— Maraisa... — eu olho pra trás, chocada — Desculpa eu não queria atrapalhar.

Eu fiquei olhando pra trás bem surpresa e como sempre assustada.

— Ma-Marilia.

Olho pro Juliano, ele me olha, olha pra ela e depois fala:

— É... eu vou ver... acho que os cavalos, Isa qualquer só me chamar.

— Isa? — Marília murmura.

— Como... como soube que eu tava aqui?

Nesse momento eu já estava de pé.

— Eu acho que no fundo eu já sabia, só estava tomando coragem de vir ou que você quisesse que eu viesse.

Eu estava sentindo uma vontade absurda de chorar. Marília estava mais magra, mais pálida que o normal e abatida.

Eu queria me jogar nos braços dela e dizer o quanto eu sinto muito, acho que por esse motivo eu quis me manter afastada.

— Eu não queria atrapalhar vocês, desculpa.

— Não atrapalhou.

— Não foi o que pareceu.

Ciúmes?

— Juliano é um amigo, apenas um amigo.

Silêncio.

— Eu senti muito a sua falta, Maraisa.

Só Deus sabe o quanto eu também senti. Eu queria dizer, será? O que eu faço meu Deus?

Eu não irei mentir.

— Eu também senti Lila, eu também senti. — As lágrimas que tinham cessado, voltam.

— Ei... não choro. — Marília se aproxima um pouco, minha mente já entra em pânico junto do meu corpo.

— Me desculpa Marília, eu tô tão confusa e perdida, não queria ter deixado todos ao meu redor mal também.

Marília me abraça, eu começo a tremer, fecho meus olhos com força tentando me concentrar que é a Marília ali.

Minhas mãos começam a suar, minha mente não estava me ajudando.

Eu me solto do abraço.

— Eu ainda não consigo.

Marília parece me entender.

— Me desculpa.

— Vem, vamos entrar...

Seguimos pra dentro de casa.

Entramos na sala eu me sento no sofá e coloco as mãos sobre o rosto e desabo.

Sinto Marília se ajoelhar na minha frente, e pegar minhas mãos abaixado-as. Eu chorava muito, ela se senta ao meu lado e me puxa em um abraço, eu coloco minha cabeça em seu peito e aí que eu realmente desabo.

Eu chorava de soluçar.

Marília me fazia um carinho no cabelo, não dizia nada, apenas deixava que eu chorasse tudo que eu tinha pra chorar. Como eu senti falta do cheiro dela, ele tinha o poder de ir me acalmando.

— Eu não sei o que te dizer Lila, me desculpa em estar te fazendo mal também, eu não queria isso — Digo entre soluços, agora olhando pra ela.

— Você queria que eu fosse ir ser feliz. Como eu poderia ir ser feliz se a minha felicidade está bem aqui na minha frente? Maraisa eu te amo.

Através da música - Malila | GpOnde histórias criam vida. Descubra agora