Capítulo 27

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Jennie

ELE NUNCA CONTOU A OLIVER O QUE ACONTECEU NA NOITE EM QUE FOMOS AO BLUESFEST

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ELE NUNCA CONTOU A OLIVER O QUE ACONTECEU NA NOITE EM QUE FOMOS AO BLUESFEST. Aquela semana com meu irmão foi um descanso mental, sem pressão, sem ninguém no meu calcanhar a cada passo que eu dava. Taehyung estava me sufocando. Era como se todas as emoções que eu me esforçava tanto para manter sob controle viessem à tona quando ele estava por perto, e eu não sabia mais como lidar com isso. Cada vez que dava um passo atrás, Taehyung me empurrava para a frente.

— Estava pensando — disse meu irmão no sábado, um dia antes de ir embora de novo, enquanto secava o cabelo com uma toalha. — Quer sair para almoçar? Podíamos dar uma volta.

— Vamos, sim.

— Uau, não estava esperando essa resposta.

— Então por que perguntou?

Oliver deu uma risada e senti um aperto no peito. Meu irmão era... ele era incrível. Tão leal. Tão dono de si mesmo. Quando o nó na garganta ficou mais forte, eu me obriguei a manter os sentimentos sob controle. E consegui. Porque ele não era Taehyung. Não ficava me pressionando até eu chegar no meu limite, ele me dava o espaço de que tanto precisava para não sufocar.

Passeamos em silêncio pelas ruas de Byron Bay e acabamos em frente ao Miss Margarita, um restaurante mexicano pequeno e agradável aonde íamos às vezes com nossos pais. Oliver pegou na minha mão quando fiquei ali paralisada, hesitante.

—Vem, Jennie. O Taehyung deve estar te matando de fome com essa merda de ser vegetariano. Me fala se você não fica com a boca cheia d’água só de pensar em um taco de carne?

Sentamos em uma mesa na área externa. De onde estávamos podíamos ver, no final daquela rua cheia de lojas, o azul do mar.

Pedimos tacos e burritos para dividir.

— Humm, puta merda, isso vale cada centavo — disse meu irmão enquanto lambia os lábios depois de dar uma mordida. — Você não imagina como é ruim o mexicano que tem ao lado do meu trabalho. Na primeira vez quase pedi meu dinheiro de volta, mas, sabe como é, eu era o novato do grupo e não queria fazer uma cena na frente dos outros. — Lambeu os dedos. — Eu adoro esse molho.

— Está tudo bem por lá?

Eu não ficava perguntando muito sobre o trabalho dele. Não porque não me interessava, mas porque me sentia tão culpada, tão mal...
Saber que meu irmão estava desperdiçando sua vida fazendo tudo que nunca quis fazer para cuidar de mim...

— Sim, tudo bem, claro.

— Eu te conheço, Oliver.

— Bem… tem dias e dias. Não é como Byron Bay, nada é como Byron Bay, você sabe. — Suspirou e me passou a metade do burrito. — E tem uma mulher que às vezes me complica as coisas.

Tudo o que nunca fomos  𑁯 𝐉𝐍𝐊 + 𝐊𝐓𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora