Amor é amor! (extra)

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Em Seul, os casos de violência física, mortes e ameaças contra pessoas daa comunidade LGBTQIA+ vem aumentando cada vez mais. Segundo um jornal uma gangue declarou que irá invadir todas as manifestações do mês de Junho... — A TV foi desligada.

— Você viu que absurdo?! A gente tem que fazer alguma coisa — Hanni resmungava inconformada com o noticiário que passava na TV.

— Hã? O quê pretende fazer? — A mulher aranha a questionou.

— Não sei... — A jovem tentava pensar em alguma possibilidade — Vamos arregaçar essa gangue na porrada!

— Você quis dizer eu, né? — Ela deu risada — No primeiro soco você desmontaria.

Alguns minutos em silêncio se passaram, quando de repente, Pham levantou do sofá e puxou a mulher aranha consigo.

— Vamos pra parada gay! — Gritou de felicidade e a super heroína arregalou seus olhos.

— Do nada, assim?

— Sim, você vai me levar.

— Como?

— Nas suas costas, ué.

Hanni nunca tinha sanidade mental quando se tratava de assuntos que ela considerava sério.

-— Você sabe que se você cair, você morre, né? — A mulher aranha tentou intervir a ideia maluca de sua fã.

— Só fica quieta e me leva logo — A menor deu um pulo e se apertou contra a garota, abraçando ela o mais forte que podia.

Para manter a segurança de Pham, ela fez uma espécie de "sinto-de-segurança" com suas teias em volta das duas, e partiu em busca dessa tal parada gay.

— Isso é irado! — Hanni se contorcia de felicidade, sentindo o vento bater contra seu rosto. Mas sua alegria acabou, assim que ela sentiu uma sensação esquisita — PARA AGORA, EU VOU VOMITAR.

A mulher aranha se desesperou e começou a gritar enquanto descia suas teias para que elas chegassem ao chão. Assim que aterrissaram, Hanni sentiu uma forte ânsia.

— Que nojo, que nojo! Saia de perto de mim.

— Não dá, a gente ta grudada com essa teia — Pham disse baixo.

— Segura aí, pelo amor — As duas tentavam cortar as teias o mais rápido o possível, mas ouviram um barulho suspeito no beco em que estavam.

— É! Isso mesmo — Uma voz masculina disse — Vamos bater em todos aqueles viadinhos!

As duas entenderam na hora. Com certeza era aquela tal de gangue!

— Eu preciso pegar eles antes que algo ruim aconteça! — A aranha finalmente conseguiu se desgrudar da Hanni, e começou a correr em direção às vozes.

— Ei! Me espera ai — Correu também.

Quando perceberam, já estavam no meio da multidão, que celebrava com músicas e carreatas.

— Aqui, achei eles! — Hanni gritou assim que viu homens reunidos em uma rodinha, aparentemente batendo em outras pessoas — São muitos... Você dá conta?

— Não me faça perguntas idiotas — A mulher aranha que continha uma voz brava caminhou até a rodinha.

Hanni a achou super descolada naquele momento, ainda mais quando ela cutucou um dos caras, e assim que ele virou ela deu um super soco nele!

Ela começou a lutar com eles um por um, os desmaiando e fazendo isso com maestria.

— Meu Deus! A mulher aranha tá batendo no homofóbico! — As pessoas em volta dalí olhavam curiosas, e começaram a vibrar o nome da heroina enquanto ela enfiava os encrenqueiros dentro dos grandes lixos.

— Quando eles acordaram, não deixem com que saiam daí de dentro! Acionem a polícia o mais rápido possível — A mesma conscientizou os demais presentes.

— Chama a mulher aranha e a namorada dela pra subir aqui em cima — Uma cantora que estava na carreata pediu, falando no microfone.

Então, as pessoas começaram a arrastar as duas para a escada.

— Eu não sou a namorada dela! — Pham gritou envergonhada — E não quero subir lá.

— Vai logo, é só acenar — A aranha empurrou Hanni.

Assim que subiu, a Pham achou que iria desmaiar con tantos olhares sobre si, porém, quando lembrou por qual motivo estava lá, se encorajou e pediu o microfone para a cantora.

— É... Eu sei que vocês não me conhecem, mas eu queria falar algo importante — coçou a garganta — Eu sei que é difícil, todos os dias aguentar a pressão... Sei que muitos aqui são odiados pela sua própria família, desprezado pelos pais. Porém queria falar pra vocês que... Não desistam! Jamais desistam de conseguir seus direitos. Cada um deve amar como quiser, amor é amor, independente de gênero! Não devem ter vergonha de quem vocês são, mas sim orgulho! Todas essas mortes causadas pela homofobia, realmente assusta, mas somos mais forte do que imaginamos, e juntos, iremos ganhar nossos direitos. Eu amo vocês, e amo a nossa causa.

Assim que terminou seu discurso, pode ouvir gritos e palmas, todos a aplaudiam. Hanni não conseguiu conter seu sorriso.

O resto da tarde seguiu energizante, Pham comprou uma bandeira bi, e a mulher aranha comprou uma lésbica para segurar durante a carreara, então as duas foram dançar e cantar junto a várias outras pessoas.

Fizeram um vídeo do discurso da Hanni, e colocaram em todas as plataformas sociais: YouTube, Instagram e Twitter. Como esperado, viralizou e todos a elogiaram por meio de comentários positivos.

Já em casa, a mulher aranha exausta de tanto andar, desabou no sofá.

— Quem fez o trabalho duro foi eu, então por quê só você levou os crédito? — Ela falava incompreendida.










Eai, gostaram do extra?
Feliz mês do orgulho.

Spider Girl | BbangsazOnde histórias criam vida. Descubra agora