Os sonhos são trilhas luminosas traçadas na escuridão, com velas solitárias que o destino acende com promessas ardentes, guiando os corações.
— A Dama do DestinoAdrian se encontrava sem forças, suas mãos falhando perante a dor latente dos golpes bloqueados. Sua armadura estava gasta e batida após o combate. Ao seu redor, apenas cinzas e sangue; todos aqueles que ele um dia se importou, caídos sem vida no chão. À sua frente, um oponente impossível. Todo seu esforço, toda sua luta, resumiriam-se a um fim trágico sem causar ao menos um arranhão ao rival, que se preparava para mais um golpe – um corte vindo na vertical, como se quisesse dividir Adrian ao meio. Ele bloqueou, erguendo sua lâmina em direção à lâmina rival, desviando-a efetivamente. Porém, ao som de metal contra metal, sentiu suas mãos leves: sua lâmina havia se partido. As faíscas causadas pelo impacto rebatem em seu cabelo outrora castanho claro, agora manchado das cinzas da batalha.
Junto com sua lâmina, sua motivação foi ao chão. Adrian nunca teve chance. Seus joelhos encontraram o chão em um estrondo que ecoou por todo o campo de batalha silencioso. Os olhos de Adrian se encontraram com os de seu oponente, ardentes como a própria chama. Naquele momento, Adrian se sentiu minúsculo, uma formiga.
A lâmina sibilava em direção ao seu pescoço, e quando o encontrou, uma batida ecoou por toda a mente de Adrian, como se algo estivesse o chamando.
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Adrian se levanta aos pulos da cama, suado, apesar do frio daquela época do ano – fim do outono, início do inverno. Seu cobertor de pele de carneiro estava jogado ao canto do quarto, e sua respiração era ofegante. "Que tipo de pesadelo foi esse?" Adrian nunca havia tido um sonho tão vívido. Isso o fez questionar se era apenas um sonho. Sem tempo para devaneios, seu pai continuava batendo em sua porta, chamando-o para ajudar com as tarefas da fazenda.
Adrian se vestiu com suas vestes simples, uma camisa de linho desbotada e calças de algodão remendadas, e saiu de seu quarto. Seus olhos cansados percorreram o modesto ambiente: uma pequena janela deixava entrar a luz pálida da manhã, iluminando a mobília de madeira gasta e o chão de tábuas rangentes. Ao descer as escadas de madeira, encontrou os olhos preocupados de seu pai.
Elric VentoForte, um homem de ombros largos e mãos calejadas pelo trabalho na fazenda, aguardava na cozinha. Seu cabelo castanho começava a mostrar fios de grisalho, e suas rugas profundas refletiam anos de labuta sob o sol. Ele segurava uma caneca de café fumegante, mas sua atenção estava completamente voltada para o filho.
"Está com uma cara péssima, filho. Não dormiu direito?" perguntou Elric, sua voz grave carregada de preocupação.
Adrian, de estatura média, com cabelo castanho claro que caía sobre seus olhos verdes, tentou esboçar um sorriso tranquilizador. "Apenas um pesadelo," respondeu ele, esforçando-se para acreditar que fosse apenas isso.
Elric era um homem simples, valorizava a vida na fazenda e, acima de tudo, sua família. A cozinha ao seu redor era modesta mas acolhedora, com paredes de pedra e um fogão a lenha que sempre mantinha o ambiente aquecido. No entanto, quando se tratava de seus filhos, ele era extremamente atento. Esse não era o primeiro pesadelo que deixava Adrian dessa forma.
"Estão se tornando mais frequentes, Adrian," disse Elric, seu olhar fixo no rosto do filho, observando os sinais de fadiga e tensão.
Antes que Adrian pudesse responder, uma voz suave e animada interrompeu a conversa. "Bom dia, pai! Bom dia, Adrian!" Era sua irmã mais nova, Elara. Ela entrou na cozinha com um sorriso radiante, seus cabelos castanhos ondulados balançando enquanto se movia. Seus olhos verdes, cheios de curiosidade e energia juvenil, brilhavam de entusiasmo.
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A mitologia de Karmus - A primeira chama
AdventureAdrian, um jovem habitante da pacata cidade de Larian, vive uma rotina dividida na fazenda da família. Quando pesadelos perturbadores começam a assombrá-lo e um mensageiro misterioso traz notícias de uma ameaça iminente, Adrian é lançado em uma jorn...