O Crime Quase Perfeito

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Boa leitura!

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Em um dia de inverno de 1967, em Yokohama, houve um assassinato em uma família nobre. O irmão de Chuuya, Paul Verlaine, fora assassinado a facadas. Toda a família ficara em choque com o que acontecera.

Chuuya, um homem ruivo de 22 anos, era muito próximo de seu irmão, então ele mais do que nunca queria saber quem fora o culpado de seu assassinato. Foi aí que se lembrou de sua amiga de infância, Yuuna Mimura, que iria se tornar detetive. O homem entrou em contato com ela, e descobriu que estava trabalhando como ajudante do detetive Dazai Osamu, conhecido por solucionar crimes "perfeitos". Os dois, então, vieram à mansão do ruivo para solucionar o mistério por trás da morte de Verlaine.

"Meu querido Chuu, meus sentimentos" diz Yuuna. Suas roupas eram simples, mas seus cabelos rosa eram muito bem cuidados."

"Oi, Yuu. Uma pena nos encontrarmos num momento triste como este. E este deve ser o detetive Dazai. Muito prazer."

"O prazer é todo meu, senhor Nakahara. Meus sentimentos." dissera o detetive. Ele era um homem moreno, com uma presença tão marcante quanto como era descrito.

"Vou pedir aos mordomos para que levem seus pertences aos seus quartos. Agora, por favor, me sigam, irei levá-los à cena do crime." Chuuya fez um sinal para segui-lo.

Chegando na cena do crime, Nakahara explica a eles tudo que aconteceu.

"Bom, meu irmão foi assassinado a facadas neste quintal, na tarde de ontem. Seu corpo, já sem vida, fora encontrado por volta das 17h por um dos mordomos. E desde então, não mexemos em nada."

"Muito bem. Yuuna, vamos começar as investigações."

Passada uma semana desde o início das investigações, que por sinal não foram encontradas muitas pistas, Osamu é acordado por uma gritaria na casa. O detetive se trocou às pressas e desceu as escadas para o térreo.

"O senhor Chuuya sumiu! O senhor Chuuya sumiu!" gritava desesperada uma das criadas.

"Como assim o senhor Chuuya sumiu? Alguém sequestrou ele?" perguntou o detetive, estranhando a situação.

"Eu não sei! Eu fui ao quarto dele acordá-lo, mas ele não estava lá!"

"Irei procurá-lo. Mas onde está Yuuna?"

"Perdão, Dazai. Estou aqui." disse a de cabelos rosa, indo ao seu encontro.

"Ótimo. Vamos investigar duas coisas agora. O sumiço de Chuuya e a morte de Verlaine. Mas por que você está coberta de neve? Estava no quintal?"

"Sim… Estava no quintal, procurando pistas sobre a morte do senhor Verlaine." falou, em meio aos gaguejos e um tom preocupado.

O detetive desconfiou um pouco de sua ajudante. Ela dizia tudo isso com uma cara preocupada e um tom de voz incerto, mas deixou isso passar.

Os dois começaram a procurar por pistas, como impressões digitais, pegadas, marcas de mãos, etc. Eles também interrogaram os mordomos, mas não conseguiram muitas informações.

As investigações perduraram por 3 semanas, mas Dazai não conseguia achar nenhuma pista relevante. Achava somente algumas marcas, como arranhões, mas que aparentavam ser causadas por um gato. Ele então decidiu tirar uma tarde de descanso, para arrumar todas as informações que coletara.

Mimura acabara de sair de casa. Disse que iria dar uma volta para esfriar a cabeça, já que estava preocupada com seu amigo de infância.

"Yuuna está agindo muito estranha desde que viemos para cá… Acho que não custa nada dar uma olhada nas coisas dela." pensou o moreno, se levantando do sofá em que estava sentado.

O detetive se dirigiu até o quarto da mulher. Ao abrir a porta, viu alguns objetos que poderiam ter ajudado na busca, mas que não foram apresentados a ele. Isso aumentou ainda mais sua suspeita.

Vasculhando suas bagagens, o homem encontrou um mapa da cidade. Havia um "X" em dois locais. No primeiro, era a localização da mansão em que estavam. No segundo, era uma casinha abandonada no meio de um campo, não muito longe daqui.

Decidiu então investigar esse local. Pegou um sobretudo preto e foi caminhando em direção à saída da mansão. A caminho, viu que sua "ajudante" havia chegado. Osamu não contou para onde iria, já que tinha quase certeza que a de cabelos rosa era a culpada por trás de tudo isso.

O detetive saiu de casa e foi até o local marcado no mapa. Foi um tanto quanto difícil chegar lá, pois havia nevado na noite passada. Chegando no lugar, viu que a casinha estava trancada com uma fechadura antiga e havia tábuas de madeira cobrindo tudo. O investigador viu que tinha um machado na parte de trás da casa, então usou-o para tirar as tábuas da frente e quebrar a maçaneta, assim revelando Chuuya, amarrado em uma cadeira. Desamarrou-o, mas ao sair da casa, um alarme foi acionado.

Os dois tentaram correr, mas o ruivo estava um pouco tonto, pois estava numa casa escura, e essa luz que veio em seus olhos de uma hora para outra o deixou desse jeito. Enquanto o detetive o ajudava, Yuuna chegou ao local, com uma arma na mão.

"Finalmente apareceu, Yuuna! Você é a culpada por trás de tudo! Você vai pagar por isso!" gritou Dazai.

"Sou a culpada mesmo! Mas eu fiz tudo isso por amor ao Chuuya!"

"Como assim?" perguntou Chuuya, confuso.

"Seu irmão não gostava de mim, então ele seria um "obstáculo" para o nosso casamento. Por isso eu matei ele. E eu te sequestrei pra ter você só pra mim. Entende o motivo agora?"

"Otimo. Já que você se confessou, eu já posso te prender."

"Isso é o que vamos ver!" disse apontando a arma para o detetive, se distanciando aos poucos.

"Pode atirar. Quero ver você acertar de onde está."

Mimura atirou, e acertou no pé de Osamu. Isso o impossibilitou de correr atrás dele. Aproveitou esse momento para poder fugir, mas Chuuya começou a correr atrás da culpada.
Os dois começaram a correr. O ruivo ainda estava meio tonto, mas conseguia correr bem rápido. Eles foram até uma rodovia, mas Mimura parou e olhou para trás, para poder ver Nakahara correndo até ele.

"Meu querido Chuu, as coisas que fazemos por amor são incríveis, não é? Virei até assassina por você!"

"Saiba que você nunca me terá!"

"Eu posso até ter perdido agora, mas quando eu sair da prisão-"

E foi neste momento que Yuuna fora morta. O motorista do caminhão havia perdido o controle, pois a estrada estava escorregadia, e acabou atropelando a mulher.

"Acho que esse é o meu fim…" pensou o assassino antes de finalmente morrer.

Essa foi uma cena chocante para Chuuya. Ele ficou de joelhos, espantado com a situação que ocorrera na sua frente. Mas então se lembrou do detetive Dazai, que havia levado um tiro no pé. Ele correu até o local onde estava, e o ajudou a se levantar.

"O que aconteceu com Yuuna? Ela fugiu?"

"Morreu. Ela foi atropelada por um caminhão. Mas isso não vem ao caso agora. Você está ferido. Vamos para o hospital,"

Os dois foram ao hospital mais próximo e, como o ferimento não foi tão grave, ele só enfaixou o pé e teve que ficar de repouso até cicatrizar a ferida.

No fim, esse caso apareceu nos jornais e revistas, e Dazai e Chuuya viraram donos de uma empresa de casos não solucionados, desvendando casos juntos pelo mundo todo.

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Essa história foi feita com a ajuda de algumas amigas minhas, e teve uma inspiração de Tokyo Revengers.

One Shots SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora