+18| Fake dating| Strangers to friends to lovers| Slow burn| Gravidez inesperada
TATIANE é apaixonada por seu melhor amigo desde a adolescência, e quando finalmente cria coragem para se declarar, se depara com uma verdade que a fere muito: ele a vê...
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Ele reproduziu a cena do meu filme favorito.
Pedro me deu dez motivos. Dez motivos de coisas que o faziam odiar a nossa distância.
Por um momento, até pensei que não fosse intencional, mas aquele homem me conhece. Ele sabia que me amoleceria com uma declaração especial, pensada apenas para mim.
E se eu fosse uma idiota por achar a coisa mais linda e romântica deste mundo, tudo bem, lidaria com os julgamentos. Só não podia fingir que não foi um momento lindo, cheio de significados que apenas nós dois entendíamos.
Agora, eu tinha em mãos uma foto minha sorrindo, segurando a barriga meio inchada, começando a crescer de verdade. Ficou perfeita, assim como imaginei que ficaria quando Pedro pediu que eu fizesse uma pose dentro do quartinho do nosso filho.
Fazia algum tempo que ele e Nicolas haviam ido embora para algum hotel. Mamãe até ofereceu o quarto de hospedes, mas nenhum dos dois quis.
Então, me restava ficar ansiosa pelo dia de amanhã, quando voltaríamos a nos ver, para esclarecer toda a confusão que houve. Para que eu decidisse se valia a pena me arriscar novamente.
Não vou mentir, quero muito, no entanto, preciso ter certeza que ele confiará em mim quando algum problema surgir. Preciso ter certeza que seremos uma dupla.
Anjo e borboleta.
Eu quero estar lá para ele em seus momentos de aflição, assim como esteve para mim em todos os meus. Pedro disse que está pronto, preciso comprovar isso, porque, infelizmente, só o amor não é o suficiente.
Três batidinhas na porta me tiraram da divagação, suspirei, deixando a foto de lado e pedindo para entrarem. Era o Vini, e ele parecia mais tranquilo enquanto caminhava até mim.
Meu irmão se sentou na cama, o silêncio nos cercou por longos segundos, até que o dramático tivesse coragem de dizer algo. Eu via o arrependimento em seus olhos por nossa primeira discussão.
Não que eu estivesse ressentida, entendi os motivos dele, só não esperava que ignorasse os meus, que deveriam ser priorizados acima de tudo, porque a situação dizia respeito somente a duas pessoas. Eu e Pedro.
— Me desculpa, pirralha — uma lufada de ar escapou por seus lábios. — Não queria ter sido um idiota.
— Não estou brava por tentar me defender — confidenciei. — Apenas me irrita que me trate como se eu fosse uma criança, Bini. Eu já tenho vinte e três, sei decidir por mim mesma.
Ele passou a mão por seu rosto, olhando-me com um pequeno sorriso em sua boca. Parecia tenso.
— É tão estranho perceber que cresceu — balbuciou. — Eu juro que não faço por mal, Tati. É que para mim, sempre será a minha irmãzinha. Só preciso me acostumar com a ideia de te ver sendo uma mulher e não mais uma pirralha intrometida.