Bardo Tagarela

6 0 0
                                    

NOTAS INCIAIS

Olá a todos! Esse é o primeiro de muitos contos sobre minha bardo tagarela Natali e a ladina carruncuda da akire_user Esmeralda (Meri)
Espero que gostem e boa leitura a todos 💖

••~~~•~~~•••

  Meri entra em uma velha taverna, uma das clássicas, a elfa apenas desejava comprar algo para comer e, com sorte, conseguir uma ou outra informação útil. Mas, ao adentrar o lugar, notou uma comoção perto do palco e decidiu se aproximar para ver oque acontecia, logo ouviu um instrumento tocar e avistou uma bela moça, uma mulher alta com roupas com cores estravagantes que dominava o palco e roubava todos os olhares para si, logo a moça começou a acompanhar a melodia do violino que tocava com sua bela voz.
A elfa percebe ter ficado tempo demais encarando a jovem bardo e logo fecha a cara e se volta para a bancada.

–Um peixe assado por favor.
–É para já madame– O velho taberneiro diz animado e se vira.

Meri observou o local notando que qualquer um poderia ser roubado com muita facilidade, ninguém estava prestando atenção em suas bebidas e comidas, em suas coisas ou em suas próprias conversas, todos os olhares estavam para ela, a tal bardo que dominava o palco.
Depois de alguns minutos apreciando sua refeição, o som da voz da bardo e do violino foi substituído por conversas e risadas e logo uma voz familiar se fez presente atrás da elfa.

–Um copo bem grande de cerveja, por gentileza Ronaldo!– A bardo de longos cabelos brancos disse com um grande sorriso na face– Esse sai por conta da casa né?
–Você anda bem folgadinha Natali– O taberneiro entrega o copo para a albina– Toque mais umas duas músicas que essa sai por conta
–No fim, você que está se aproveitando do meu talento.
–Você está se aproveitando do seu talento para beber de graça.

A bardo ri bebendo um gole de sua cerveja até que um grupo se aproxima do balcão, grupo este formado por três homens altos, os três bem musculosos e carregando muitos equipamentos.

–Natali Cruz– O mais alto dentro os três chama pela bardo.
–Eu mesma, sãos meus fãs?
–Não, somos uma equipe de aventureiros muito famosos e respeitados por essas bandas.
–Jura? Acho que nunca vi o rosto de vocês antes– Natali toma mais um gole de sua cerveja enquanto olha para o rapaz.
–Vimos sua apresentação, e você é uma bardo talentosa, não gostaria de se juntar a nós? Nós somos feras em Dungeons e sempre conseguimos muita grana, então você será muito bem paga. Além de ser muito bom para nós ter uma companhia de uma bela dama como a senhorita– O homem se aproxima fazendo Natali inclinar a cabeça para cima para encara-lo nos olhos.
–Se vocês são tão feras assim, não precisam da minha ajuda, garanhão– A Albina dedilha o tórax armadurado do homem e sorri para ele– Além disso, nenhum do trio de homens musculosos aprendeu a esconder o sorriso de cafajeste não? Assim, tô sentindo os olhos de vocês me devorarem, corta essa!
–Você tá se achando demais, não acha?– O homem fecha a cara cruzando os braços.
–Você nega?– Natali usa um sorriso maldoso e coloca o copo sobre a bancada andando com leveza até atrás do homem que a seguia com o olhar– Seu silêncio é uma afirmativa que não estou errada meu querido, mas não rola, sabe, sou uma bardo mulherenga– A Albina mostra a língua fazendo um sinal de "paz" com os dedos– E recuso sua oferta de "equipe" não estou interessada em "feras em Dungeons".
–Escuta aqui pirralha!

O homem segura Natali pelo braço a puxando para perto e encarando seus olhos heterocromaticos, neste momento, Meri direciona o olhar para a Albina e o trio que começava a cerca-la

–Deveria medir as suas palavras para debochar de quem não conhece.
–Ta' tão ofendido por eu ter te recusado? Coisa de bebê chorão, não, na verdade...– A albina sorri– Coisa de virjão.

Quando as palavras saíram da boca da bardo, o mais alto direcionou um soco em seu rosto. Natali até tentou desviar, mas o outro rapaz ao seu lado a atrapalhou juntamente da força no aperto de seu braço, a pele branca da albina ficou em um tom vermelho na mesma hora e o som do impacto trouxe olhares curiosos para o trio de brutamontes.

–FECHA A MATRACA PIRANHA!– O homem ergueu o punho para socar o rosto da albina novamente– Agh!

Uma adaga atravessou as costas do homem o fazendo perder a postura e olhar para a retaguarda atrás do maldito vendo uma elfa carrancuda de cabelos brancos curtos.

–Solta ela– Meri disse ríspida forçando a faca de sua luva contra o homem.

Natali observava a cena com um sorriso, sempre se metia em encrenca, mas ninguém nunca tinha se metido para ajuda-la

–Ta bom, o show acabou rapaziada– A bardo se livra do aperto do homem e logo da um chute nos países baixos do outro que estava em sua frente– Obrigado pela ajuda, gracinha–Natali da uma piscadela para Meri.

Oque se estende disso é uma caótica e tosca briga de bar, todos saíram com hematomas aqui e ali, mas certamente a facada que o homem levou de Meri mais cedo foi o ferimento mais grave que essa briga causou. Logo os três homens decidem sair da taberna desferindo insultos a bardo que dá um tchauzinho com um sorriso sarcástico.

–Oh, você está bem?– Natali se aproxima da elfa.
–Estou.
–Tem hematomas, não acredito que aqueles sem classe bateram no seu rostinho bonito! Hmf!– A albina fez bico colocando as mãos na cintura para logo tirar uma velha lira de suas coisas.

Natali começa a dedilhar a lira, o som suave e angelical do instrumento tomou conta do lugar trazendo o silêncio novamente, logo a bela voz da bardo preenchia o silêncio ao mesmo ritmo da lira. Meri observava interessada e sentiu que as dores em seu corpo iam diminuindo e Meri também notou que o hematoma na bochecha da albina estava desaparecendo.

–Prontinho!– A albina guarda sua lira e se aproxima mais da ladina– Agora podemos andar juntas por aí.
–Como é que é?– Meri deu um passo para trás para se afastar da bardo a encarando incrédula.
–Tô' te devendo uma por ter me ajudado na briga, então podemos andar juntas até eu achar uma forma de te retribuir, gata!– Natali diz sorrindo gesticulando muito, sua voz era alta e espalhafatosa, assim como tudo na albina.
–Você curou a gente, já tá o suficiente.
–Nãaaaao, não é o suficiente não, sou um bardo, é o mínimo que eu poderia fazer após uma luta– A albina faz bico colocando as mãos na cintura– Vamos! Eu posso te ajudar nas suas jornadas, vai ser legal!
–Não.
–Sim!
–Não...
–SIM!
–Puta merda...– Meri coloca os dedos na ponte do nariz respirando fundo.

A Albina parecia um cachorro pidão atormentando a elfa para que a mesma aceitasse sua companhia, por fim, Meri apenas se conformou que a bardo não a deixaria em paz de qualquer maneira e assim ambas se tornaram uma dupla desfuncional.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 09 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Acordes e CadeiasOnde histórias criam vida. Descubra agora