Lisa sempre soube que há diversas maneiras de um destino se enlaçar a outro, no entanto ela jamais se preparou para a perda da sua melhor amiga e logo depois a obrigatoriedade de seguir o tratamento com um médico recluso, babaca, mau humorado, fecha...
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Você só vai saber o que é se sentir estilhaçado no momento que perder a razão da sua felicidade.
WASHINGTON - 9 ANOS ATRÁS
Caminho pela cozinha bebericando o meu café e sorrio quando escuto passos apressados descendo as escadas, como sempre minha esposa estava atrasada, eu já havia dito que ela passava tempo demais no hospital, porém a Lillian era muito gananciosa quando o assunto era a sua carreira e não me escutava direito.
Nem eu que administro várias redes de hospitais trabalho como ela e era cansativo chegar quando ela saía, mal estávamos nos encontrando direito, é praticamente um entrando e outro saindo e não quero continuar assim. Éramos recém casados, mas vivíamos nessa rotina por seis longos anos desde de quando saímos da casa dos nossos pais e pedi que ela viesse morar comigo.
Quando Lillian aparece na cozinha, um sorriso de alívio aparece em seu rosto quando vê seu café pronto, minha pequena era maníaca por trabalho, mesmo!
— Desse jeito vou pensar que a minha esposa não está feliz em me ver. — Informo e ela sorri caminhando em minha direção. Abro os meus braços e ela se encaixa lentamente entre eles deixando um suspiro escapar e fechando os seus olhos brevemente.
— Você sabe que eu senti sua falta. — Afirma e a puxo para cima do balcão, Lillian deixa um suspiro escapar e logo depois uma risadinha, encaro seus belos olhos verdes e a mesma me fita com um sorriso lindo, o mais perfeito do mundo.
— Acho que você vai ter que me mostrar o quanto. — Enfatizo e ela morde os lábios com interesse e quando nossos lábios estão próximos de se juntarem em um só, a porra do seu celular começa a tocar com um alarme, já conhecido por mim.
— Merda! — Exclamou e dou um passo para trás. — Estou atrasada, amor! — Alega e me afasto um pouco mais deixando a minha esposa descer do balcão.
— Você está trabalhando demais, Lillian. — Começo e ela franze a testa me encarando de volta, já havíamos discutido sobre isso antes do casamento e ela jurou em diminuir a carga horária, assim como fiz com a minha.
Eu amo ver o sucesso dela e a acho brilhante, mas se matar de trabalhar? Não é preciso disso quando tínhamos uma renda estável e eu não queria que ela parasse, só queria ter um dia para conversar com ela, fazer algo legal com a mulher que eu amo, com a minha esposa.
— Passamos um mês de lua de mel viajando, Damon. — Enfatizou bebendo o café em gole rápidos. — Eu tenho pacientes em recuperação que precisam de mim, será que você não pode entender isso? — Indaga com uma expressão triste e com os seus olhos verdes voltados em minha direção. — Poxa! — Exclamou fazendo um bico com os seus lábios e eu não conseguia resistir quando aquela mulher fazia aquilo. Em passos longos, a puxo de volta para os meus braços.
— Eu sei que você gosta muito de trabalhar, mas eu também preciso de você, nos casamos há dois meses e durante o último mês estamos enfrentando o mesmo embate e eu não quero discutir Lillian. — Comunico e ela dá um passo para trás e me fita silenciosamente.
