VIKTOR CASTILO

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Desde o momento que levantei essa manhã soube que o dia não iria terminar bem, e a intuição dos El Castilo nunca falha. No entanto, ignorei todos os sinais que mostravam que o dia não seria bom. Um deles foi o humor de Lizbeth, a ausência do Delgado, meu braço direito e aliado a anos no Cartel e principalmente a morte inesperada de Guilhermo Castilo, meu pai.

Ao contrario dos demais homens a minha volta, seus leis escudeiros e a minha irmã eu não estava sentido com a morte do homem. A anos o seu legado foi passado para mim, e convenhamos que nos da Máfia Mexicana conseguimos nos manter vivos caso houvesse saúde, mas não podemos dizer o mesmo quando uma doença maldita nos come de dentro para fora. Guilhermo sempre foi refém do álcool, assim como todos os outros fodidos dessa hierarquia, ter sido comido vivo pelo câncer no fígado foi apenas o resultado da suas noites de bebedeiras.

—­ Pare de chorar, está atrapalhando a voz do padre. —­ Solicito que Lizbeth cale a maldita boca, nem ao menos sabe chorar baixo.

—­ Ele é o meu pai. —­ Ela diz em meio ao choro

—­ Ele também era o meu pai, mas nem por isso estou chorando. Não estrague o ultimo momento dele querendo a atenção pra você. —­ Percebo que Delgado me observa após as palavras rudes com a minha irmã mas pouco me importa o que ele acha nesse momento.

Encaro o caixão revestido em aço inoxidável onde Guilhermo está, a escolha do matéria mostra a todos a riqueza absoluta que a família Castilo adquiriu desde que eu tomei o seu legado como meu. Ter transformado toda a nossa riqueza em grandes investimentos pelo pais foi algo que nenhum dos antigos Don teve e capacidade de fazer, além de ter mantido a DEA longe da nossa cola por anos nos criamos grande alianças com governadores, políticos e ate mesmo o presidente está na minha folha de pagamento desde que assumi os negócios no México, e eu posso dizer que em parte a educação financeira veio de Guilhermo e dos bons professores que pagou, mas toda a pratica vem de mim, assim como o mérito de ter triplicado a nossa fortuna.

Ao meu lado observo Delgado em sua posição como os meus demais seguidores, meu consigliere está proximo a minha irmã e a nossa volta meus soldados fazem a nossa segurança. Não é porque somos os maiores que não devemos temer o ataque de qualquer inimigo que se ache a nossa altura.

—­ Aqui Jaz Guilhermo Castilo. Um minuto de silencio por favor.

Olho para Lizbeth após o pedido do padre mas ela não consegue se conter, se afasta e mesmo de longe ouço seu choro irritante, Oscar meu consigliere, pede autorização para ir até ela e eu concedo porque esse é o seu papel como conselheiro da família. Abaixo meu olhar em respeito ao seu corpo e permaneço assim até voltar ouvir a voz do padre da nossa família, em seguida autorizo que o corpo seja enterrado e aguardo a sepultura sem sentir absolutamente nada. Lizbeth diz que sou insensível, que não um coração e que não amo nem a mim mesmo mas ela não entende que pra ela nascer eu precisei preparar todo esse luxo que ela vive com lado do nosso pai, ela não precisou passar pela infância fodida, pelos abusos físicos e nem a pressão psicológica que eu passei, ela só precisava ser a garotinha perfeita para um dia se casar com um homem renomado de um cartel aliado ao nosso.

—­ Viktor. —­ O chamado de Delgado no meio da sepultura me faz olhar feio pra ele, ele engole em seco e continua —­ O responsável por o motivo da morte do Sr Guilhermo foi encontrado.

—­ Demoraram demais, o que me faz questionar se seriam capazes de encontrar um inimigo a altura mas rápido do que demoraram para encontrar uma pessoa normal.

—­ Nossos agentes estavam ocupados cuidando do caso Ortega. —­ Menciona o fodido responsável por foder com o nosso contrabando de imigrantes

A perdição do mafioso: A rainha do MéxicoOnde histórias criam vida. Descubra agora