O começo de um novo tempo - parte 2

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2 meses depois



  Madara não recordava que era tão cansativo cuidar de um lugar cheio de pessoas. Aquilo se assemelhava a seus dias como líder do clã em sua primeira vida. Tinha de lidar com inúmeras questões das mais diversas. O povo que se abrigava em seu território passou a chamar o lugar de fortaleza Uchiha. Mas Madara não gostou disso, ele considerou um nome arriscado, e um claro chamarisco para inimigos dele e de Uchihas. Então Taichi sugeriu com sabedoria, que se chamasse Fortaleza do Fogo. Ao que parece agradou a todos e se deu por encerrada essa questão. 

  No último mês, mais um grupo com 33 pessoas chegou ao território, entre Shinobis e civis, todos da aldeia da chuva. Totalizando no local 94 pessoas, contando com Madara, Sakura, Kai e Natsumi. Com essa debandada de pequenos grupos para seu território, Madara achou por bem começar a construir um muro alto em torno da propriedade, que teve de ser expandida amplamente. Para que pudesse comportar mais casas e alojamentos maiores. Além de terem de expandir as plantações, já que mais pessoas implicaria em mais comida.

  Mas ele já havia conseguido melhorar a segurança, e aliviar seu próprio fardo de sempre manter vários clones em torno. Ele e os demais shinobis instalaram armadilhas em pontos estratégicos, para impedir invasores. Além de camadas de genjutsus por alguns quilômetros em torno deles. Turnos melhores de vigias, patrulhas ao redor e pelas fronteiras, e batedores. Mais Shinobis e vigilância constante.

  Sakura também teve de aumentar o número de aulas, já que recebeu mais aprendizes. Mas os demais Jounins ajudavam nas aulas com as crianças e nos treinos. Eles praticamente não paravam o dia inteiro, o local tinha sempre trabalho a se fazer. E só conseguiam se ver com calma a noite, quando deixavam suas atividades para descansar. 

  Como Madara era experiente tanto em batalhas, guerras e treinamentos, ele conseguia manter a ordem de tudo. Acompanhando o máximo possível do treino de todos. Mas ultimamente ele vinha tentando bolar algo com relação a questão financeira, essa parte também precisava manter sob controle. Já que os rumores da fortaleza que abrigava desertores que se aliaram a Madara se espalhou facilmente.

  Com tantas responsabilidades, ele teve de fazer um cronograma para treinar Kai e Natsumi. Apesar de ambos terem treinos e aulas com os demais shinobis, ele fazia questão de treiná-los no estilo do clã Uchiha. E ensinava a eles os fundamentos e história do clã, em algumas noites após o jantar. Hoje em especial era um dia que ele aproveitava a tarde para treiná-los juntos, o inverno havia chegado no dia anterior, e iria nevar logo. Depois de ensinar um pouco de ninjutsu aos dois, ele treinava Taijutsu com ambos. Mas hoje estava treinando pontaria e controle de chakra.

  Kai conseguiu depois de duas horas chegar ao topo da árvore, o controle de chakra, não foi tão preciso no início, mas o garoto era teimoso e persistente. Ele logo entendeu a mecânica de quantidade e força exatos, e começou a melhorar. Natsumi não conseguiu passar da metade, ela conseguia controlar a quantidade certa, mas não conseguia ainda manter o controle por muito tempo. As emoções volúveis a tiravam de concentração. Então Madara resolveu fazê-la treinar alvos. Ela precisava melhorar a pontaria mesmo.

  Após 1 hora e meia, ela finalmente acertou a primeira Kunai no centro. E gritou de alegria. Madara observou ela puxando o ar com força e preparando mais três kunais, duas na mão direita e uma na mão esquerda, antes de soltar o ar devagar e lançar uma após a outra. Acertando todas no alvo. Madara sorriu impressionado, nem mesmo Kai havia atingido aquele nível de precisão contínua, e além do mais, Kai era destro, mas Natsumi se mostrou talentosa com ambas as mãos, o que claramente significava que ela era ambidestra. Uma vantagem espetacular para se ter em uma luta.

  — Muito bem, Natsumi! Você conseguiu, e com ambas as mãos! Realmente bom. Ele disse sincero, a garotinha sorriu animada e correu, pulando em seu colo, para surpresa de Madara, que não teve opção a não ser segurar a menina. Ela riu alegremente e o abraçou em volta do pescoço.

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